domingo, 9 de setembro de 2012

DRAGON AGE II

Escrito e editado por: Edu-jb

Gênero: Action RPG
Plataforma: Playstation 3, Xbox 360, PC
Ano de Lançamento: 2011
Produtora: Bioware


Revisão: o primeiro jogo da série Dragon Age foi lançado em 2009, elevando ao máximo dos potencial dos RPGs de múltiplos caminhos lançados pela Bioware. O jogo atingiu tamanha popularidade que foi considerado o RPG da década por muitos, sendo garantida sua continuidade. O segundo game foi lançado dois anos depois e se passa novamente em Thedas, um mundo amplamente inspirado na mitologia nórdica e nos contos de Tolkien. Não se trata de uma continuação direta de Origins, mas sim de eventos paralelos. Durante o ataque do Archdemon e dos Darkspawn a Ferelden, muitas famílias fugiram e procuraram abrigo em reinos vizinhos. Para maiores detalhes do enredo por trás do primeiro jogo clique aqui para ler a minha review. Logo no início do jogo, o aventureiro anão Varric é sequestrado por um grupo chamado A Ordem, sendo interrogado sobre o paradeiro do "campeão". O jogo é então narrado retrospectivamente pelo anão. Você assumirá o controle de Hawke, um dos refugiados que tenta desesperadamente deixar Ferelden com sua mãe e com seus irmãos, o cavaleiro Carver e a bela maga Bethany. É possível editar a classe de Hawke (guerreiro, mago ou ladino), sexo e aparência, mas ele obrigatoriamente será humano e começará neste contexto, com possibilidades muito mais limitadas que no primeiro. Durante a escapada, Hawke e sua família encontram a brava Aveline e seu marido Wesley. A partir de então, os eventos serão baseados na escolha da profissão e dos diálogos. Mas obrigatoriamente Hawke acabará na cidade de Kirkwall. Num território  hostil, repleto de corruptos e bandidos prontos a explorar os refugiados, Hawke deve encontrar uma forma de se estabelecer com sua família, além de resolver os problemas da conturbada cidade, dividida entre a ordem religiosa (The Chantry) e a ordem militar (The Templars). No caminho, Hawke contará com apoio de sua família, de sua amiga Aveline, do anão Varric, da pirata Isabela, da elfa Merril, do elfo escravo Fenris e do mago Anders. Dragon Age 2 representou uma tentativa de popularizar ainda mais a série, retirando muito das opções e interação do primeiro jogo para dar lugar a gráficos e efeitos sonoros muito melhorados e uma jogabilidade mais simples, conforme veremos adiante. Além disso, abandonou o "conto do herói" utilizado no jogo anterior, abordando temas como domínio da Igreja sobre o Estado, Militarismo, preconceito de raça e liberdade religiosa, tendo portando uma visão mais adulta.

Jogabilidade: a base do jogo segue sendo o Advanced Dungeons & Dragons, assim como o anterior. A grande inovação de Dragon Age 2 foi no controle dos personagens. Muitos jogadores tiveram dificuldade de adaptação ao primeiro, onde o personagem ficava frente a frente com o inimigo bastante exposto enquanto trocavam golpes. O segundo se transformou em um Action RPG bem característico, exigindo destreza nas alavancas para evitar os golpes dos inimigos. Na verdade, o sistema de batalhas pode ser comparado com o Hack'n'Slash, já que o clássico "smash buttons" está igualmente presente. A Inteligência Artificial também foi simplificada de modo a tornar mais fáceis as táticas programadas. As armas que podem ser equipadas são restritas a classe. Dessa forma, não é possível mesclar as profissões criando, por exemplo, um mago guerreiro. Apenas Hawke pode trocar de armadura, os demais trocarão em pontos específicos do jogo e não podem ser removidos. As opções de habilidade são vinculadas a subespecialidades, podendo ser livremente escolhidas. A cada level up você poderá aumentar os atributos de seus personagens e acrescentar um golpe/habilidade. De resto, a jogabilidade segue as mesmas regras, o grupo pode ter até quatro pessoas, sendo um controlado diretamente pelo jogador e três pela AI. É possível dar comandos aos membros do grupo, assim como definir como deve se portar frente à batalha. Como no anterior, as falas de Hawke devem ser escolhidas pelo jogador, sendo que isso permitirá melhorar ou piorar o relacionamento com o(s) personagem(ns) envolvido(s), variando de rival a aliado, havendo a possibilidade envolvimento romântico em alguns casos.

Pros: a jogabilidade foi muito melhorada, de fácil compreensão e adaptação, exigindo precisão e habilidades manuais, além das tradicionais táticas. Novamente todas as falas de Hawke devem ser escolhidas, resultando em diversas opções de diálogos. Mas dessa vez todas elas são dubladas, sendo que o tom de voz depende da opção mais vezes escolhida, podendo ser bondoso, rude ou irônico. Os cenários são amplos e muitas vezes variáveis dependendo do momento em que se entra neles. Como é tradicional neste gênero, o jogo é repleto de side-missions, extras e DLCs, que ampliam ainda mais o já gigantesco mundo de Dragon Age e ajudam a explicar melhor a história de alguns personagens. A temática mais adulta do roteiro, ainda que fuja um pouco do comum neste tipo de conto, ajuda a tornar o jogo mais envolvente e reflexivo.

Contras: acho seguro dizer que quem jogou o primeiro jogo e o achou muito bom terá algumas decepções com sua sequência. Além de um ambiente consideravelmente menor (apenas uma grande cidade), há poucas opções na edição do personagem (obrigatoriamente humano), e as decisões tomadas ao longo do jogo resultam em poucas possibilidades reais no final (4 ou 5 dependendo do ponto de vista). As escolhas de relacionamentos são fracas, muito porque os personagens do jogo são menos complexos e suas relações bem pouco abordadas.

Screenshots:









Trailer:

Considerações Finais: Dragon Age II a meu ver representou uma simplificação desnecessária de Origins. Foi uma provável tentativa de atrair um público mais amplo através de um sistema de jogo menos complexo. O resultado foi a reclamação dos fãs tradicionais do primeiro título, resultando em menor popularidade e sucesso. O roteiro também acabou por desagradar alguns por narrar a história de um refugiado tentando ganhar a vida, diferente do primeiro que fazia o clássico relato do conto do herói (mesmo que não seja lá muito original). Mesmo assim é um jogo divertido e acessível a um amplo número de gamers por suas características de ação. A possibilidade de relacionamentos e os múltiplos caminhos seguem sendo característica da série e da produtora. Assim como ocorreu com Origins, várias DLCs foram lançadas com intuito de ampliar o jogo. Apesar de não ser um épico como o primeiro, é com certeza um bom jogo que merece ser conferido por gamers em geral. Ainda mais neste momento, quando muita expectativa é criada em cima da Bioware pela produção de Dragon Age 3. Aos fãs resta esperar e ver!


5 comentários:

  1. Eu joguei Dragon Age, é um bom jogo, mas acho pouco para explorar, enjoa rapido e quem for jogar Dragon Age comparado a Skyrim, Sacred 2 Fallen Angel "Blood & Ice", e outros, não exija tanto, e além do mais...quanto mais RPG tiver melhor né \o

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    1. Não sei se tu se refere ao primeiro, ao segundo ou a ambos. Concordo que este tem poucas opções, mas pra mim o Origins não deve nada a Skyrim. Uma questão de gosto, claro. E de fato, quanto mais opções neste estilo melhor. Esse Sacred 2, por exemplo, confesso que não conheço. Até a próxima.

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  2. Mencionei o Sacred 2 mas na verdade foi mais como o que eu jogo, não é com jogabilidade Skyrim ou Dragon Age, é um Point click...mas tbm é um otimo RPG

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  3. anunciaram o Dragon age 3 "Inquisition", sendo que não disseram pra qual plataforma nem data de lançamento

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    1. Pois é, Dragon Age tá virando uma novela, hehehe... Mas acho que ainda sai para esta geração. Só esperando para ver.

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