Escrito e editado por: Mr.Gameworld
Gênero: Ação/Aventura
Plataforma: Playstation 2, Wii, XBox360 e PC (Scholarship Edition)
Ano de Lançamento: 2006, 2008
Produtora: RockStar Games
Revisão: GTA foi uma das séries mais famosas de todos os tempos. E como uma obra da RockStar, obviamente após seu sucesso, a produtora decidiu investir em peso na criação de outros títulos que se utilizaram dos conceitos de "mundo aberto" ou "mundo livre", com ampla exploração e um ar de simulação da vida real (ainda que os exemplos dados não sejam lá os melhores... hehehe). Entre todos esses investimentos estava Bully, que conseguiu dar um tapa na cara da midia, que logo que o game foi anunciado se manifestou com acusações de que esse seria um "GTA com uniforme de colegial". Pois eles estavam totalmente enganados, pois Bully se mostrou uma produção bastante a parte de GTA (os motivos veremos mais além). Trazendo aos jogadores uma simulação da época do colegial com o clima já peculiar da RockStar, o game causou muitas polêmicas, ganhando restrições de vendas em todo o mundo e sendo quase proibido aqui pelo Brasil (pra variar, não é?), o que só não aconteceu por fortes discussões quanto ao assunto. Mais polêmica ainda veio por parte dos nossos "amigos" da Gamespot, que trouxeram a notícia da possível proibição com uma irônica manchete que dizia algo como "Com suas enormes festas, praias de Topless e favelas sem lei, o Brasil tem fama de lugar onde pode tudo... ou quase tudo", o que irritou alguns leitores Brasileiros (que feio, Gamespot...). Mas deixando as polêmicas de lado, vamos ao enredo do game: tudo se inicia quando o jovem Jimmy Hopkins é transferido para o famoso e respeitado colégio interno, Bullworth Academy. Contrariado com a ideia de morar no colégio por algum tempo até alcançar seu diploma, Jimmy chega ao local já arrumando confusões. O diretor da instituição alerta o garoto para ficar longe de problemas, afirmando que se fizesse o contrário, teria de se ver com ele. Após conhecer um pouco da escola, a mando do próprio diretor, Hopkins acaba brigando com os metidos do grupo de alunos conhecidos como "Bullies". Após ser pego por um dos inspetores, Hopkins é mandado para o dormitório para trocar suas roupas pelo uniforme. Lá, Jimmy conhece o estranho, prepotente e megalomaníaco Gary Smith, que se oferece como amigo, avisando que o Bullworth era um local onde amigos eram algo importante (e os motivos eram mais do que obvios). Assim, Jimmy se une a Gary! Juntos eles irão arranjar confusões com todos os grupos do colégio, em busca de serem os mais respeitados estudantes do local! E é assim que você começa nessa divertida aventura, que além do inicial lançamento para Playstation 2, ainda teve relançamento para Wii, Xbox360 e PC, em uma versão chamada de Scholarship Edition, que trazia algumas missões extras, assim como outros conteúdos não encontrados na primeira versão (aulas extras, roupas novas, novos alunos, etc).
Jogabilidade: deixando de lado o clima mais urbano de briga de gangues visto em GTA (pelo menos até certo ponto), Bully apresenta uma jogabilidade 100% focada na vida escolar, com diversos elementos de "simulação da vida real", sendo possível fazer amigos, arranjar namoradas, trabalhar, e obviamente, estudar. Ainda que muitos desses elementos não sejam exatamente uma novidade para os mais experientes nos games da Rockstar, eles foram trabalhados de uma maneira tão característica que conseguem se distanciar bastante de suas origens. Podemos perceber isso, por exemplo, no fato de que é possível literalmente interagir com qualquer aluno da escola (e por vezes até mesmo algumas pessoas das ruas, a partir do momento que os portões da escola se abrem), comunicando-se com eles de forma positiva ou negativa, o que pode gerar amizades ou brigas. Isso ajuda a dar uma impressão de que todo mundo está ali por um motivo, o que é muito interessante, chamando a atenção logo nos primeiros momentos. No topo da tela, você terá um mini-mapa, que lhe ajudará a encontrar suas missões ou avisar sobre as aulas disponíveis no momento (caso não ouça o alarme). Alias, as aulas são muito importantes para a customização do personagem e avanço no game. Ainda que até certo ponto não seja obrigatório completar 100% das aulas com as melhores notas possíveis, os benefícios por tal feito compensam muito! Cada uma das aulas trás certos "Upgrades" para Jimmy, como por exemplo, as de artes, que o ensinam a conquistar as garotas com mais facilidade (chegando ao ponto em que qualquer garota da escola pode ser uma namorada), assim como as aulas de química dão alguns novos itens, como bombas, muito úteis ao decorrer do jogo. Além dessas, outras serão visitadas, cada uma com seus benefícios. Como em diversos games da Rockstar, aqui você também terá um meio de transporte para facilitar suas buscas pela grande cidade do game. Esse será a bicicleta, que poderá ser customizada com o passar do jogo graças as aulas de mecânica. Vale lembrar também que existem lojas espalhadas pelo mapa, o que inclui as famosas lojas de roupas. O dinheiro pode ser adquirido nas missões, mas em maiores quantias por meio do trabalho. Alguns NPCs do jogo oferecem trabalhos para Jimmy, sendo os mais comuns o de entregador de jornal e o de cortador de grama (sendo esse último feito também como punição por maus modos na escola). Jimmy terá uma boa quantidade de "armas" ao seu dispor, como dinamites, bombas de mal cheiro, ovos e um estilingue. Além delas, terá também um Skate, que na ausência de uma bicicleta, ajuda bastante em longos percursos. Mas fique de olho: brigar, andar de Skate ou namorar nas dependências da escola não é permitido. Se um monitor lhe pegar fazendo alguma dessas coisas, ele tentará levá-lo para o diretor. É ai que entram os armários e as lixeiras (ou melhor... você entra nelas), que servem como esconderijos infalíveis!
Pros: os gráficos são ótimos, por muitos considerados um Top dentro da Rockstar da era PS2, com um estilo diferente do tradicional e bastante detalhado; as lutas são muito interessantes, com muitos elementos mais realistas e comandos mais intuitivos, menos automatizados, o que agrada aqueles que procuram um game com um foco bem grande em tal quesito (fora as possibilidades de uso do ambiente à seu favor, como jogar seus inimigos nas lixeiras!); a simulação da vida escolar ficou perfeita, com inúmeras possibilidades de zuar os colegas, aulas interessantes, jogos e grupo bem distribuídos de alunos, todos com suas "rixas" e características de aparência e personalidade (coisa típica nas escolas dos tempos modernos); no aspecto NPCs, Bully ganha de muitas outras produções de seu gênero. Nenhum aluno é um "Zé Ninguém", pois como já foi dito, a interação com eles é muito bem produzida; o enredo, ainda que simples, é muito agradável, lembrando o cinema americano no estilo colegial; as missões (e especialmente os combates contra os chefes) são muito variadas, impedindo o game de cair na monotonia.
Pros: os gráficos são ótimos, por muitos considerados um Top dentro da Rockstar da era PS2, com um estilo diferente do tradicional e bastante detalhado; as lutas são muito interessantes, com muitos elementos mais realistas e comandos mais intuitivos, menos automatizados, o que agrada aqueles que procuram um game com um foco bem grande em tal quesito (fora as possibilidades de uso do ambiente à seu favor, como jogar seus inimigos nas lixeiras!); a simulação da vida escolar ficou perfeita, com inúmeras possibilidades de zuar os colegas, aulas interessantes, jogos e grupo bem distribuídos de alunos, todos com suas "rixas" e características de aparência e personalidade (coisa típica nas escolas dos tempos modernos); no aspecto NPCs, Bully ganha de muitas outras produções de seu gênero. Nenhum aluno é um "Zé Ninguém", pois como já foi dito, a interação com eles é muito bem produzida; o enredo, ainda que simples, é muito agradável, lembrando o cinema americano no estilo colegial; as missões (e especialmente os combates contra os chefes) são muito variadas, impedindo o game de cair na monotonia.
Contras: o primeiro "problema" do jogo é o cronograma de aulas no inicio da jogatina, que é realmente muito corrido, com uma aula atrás da outra, quase não dando tempo de você se divertir com outras coisas. Mas talvez o ponto mais irritante do game seja a inteligencia artificial, que varia de excelente para péssima em questão de segundos! Digo isso porque por vezes os alunos tem surtos psicóticos, arranjando problemas para você por simplesmente ter esbarrado neles! E alguns segundos depois, passam cumprimentando você como amigos íntimos... vai entender, não é? Acho que faltou uma dosagem correta nesse aspecto.
Considerações Finais: Talvez o game mais polêmico da Rockstar, justamente por abordar uma parte da vida do ser humano onde passar a ideia de educação e bons modos é o grande objetivo daqueles que estão à frente dos grandes grupos de adolescentes e jovens. Mas como costumo dizer, videogames são videogames, vida real é vida real (e quem não sabe diferenciar esses dois mundos, certamente deve procurar algum tipo de tratamento... rápido, agora!). Saindo desse assunto absolutamente ridículo, digo que Bully é um game excelente, fora dos padrões mais comuns de sua produtora. Muitos elementos inovadores podem aqui ser encontrados, proporcionando um gameplay com muita diversão, muita interação com os personagens do game, um excelente sistema de lutas e um tom de humor sarcastíco (tipico das produções da nossa querida Rockstar)! Se ainda não experimentou uma boa jogatina em Bully, corra para fazer isso! Você verá poucas coisas no mundo dos videogames parecidas com ele (ou talvez nenhuma)! Um excelente game, recomendado mesmo! E não se esqueçam crianças: nada de jogar pessoas nas lixeiras, soar os alarmes de incêndio do colégio para assustar os colegas ou trancar os outros nos armários, pois "Bulling" não é legal! Um abraço a todos! Até mais!
Tem um amigo meu que quer porquê quer que eu jogue esse jogo xD O conteúdo não me chama muito sabe? Mas eu aprecio quando tem elementos que tentam condizer com uma realidade, digamos xD Mas, falando sobre isso..euri das aulas de quimica xDDDDDD Muito louco você aprender a fazer bombas e tal xDD
ResponderExcluirA Rockstar parece trabalhar bem seus jogos, mas eles geralmente vão com temas que podem sofrer coersão social, só que estes o sofrem por motivos obvios, são coisas que, se uma pessoa fizesse em vida social, iria ser punida. Como venho estudado, crianças tem uma tendencia de ter aprendizado por meio da imitação. No caso, seria legal obedecer as recomendações de idade do jogo.
BTW, achava que era B de Bullying, nas screenshots xD
Boa postagem :D
Cara, teu amigo tem razão: tu deveria mesmo jogar Bully. Como eu disse na review, ele não é somente um "GTA na escola". Alias, passa longe disso, porque é um game bastante original. Particularmente, meu favorito da Rockstar Games até o momento (ainda que GTA tenha algo de muito especial, difícil de explicar). E de fato, a Rockstar faz seus games com temas polêmicos ou possibilidades num estilo fora da lei justamente para fazer esse oposto a realidade (falamos aqui de pessoas normais, evidentemente... não de ladrões de carros, assassinos ou crianças que batem nos colegas nas escolas). E acima de tudo, a Rockstar luta contra a censura, através de um humor sarcástico e sem limites (pois boa parte dos games da produtora tem um desenrolar do enredo um tanto quanto bem humorado). E eu sou a favor desse tipo de humor, pois sou contra a censura em cima dessas coisas que foram feitas para não serem levadas a sério. E é obvio que o ideal seria mesmo respeitar as restrições de idade, mas isso de criança imitar é muito relativo, porque acima de qualquer influência está a dos pais. Isso é quase um fato: boa parte das "crianças problemas" tem algo de muito errado por parte dos pais no meu disso. Disse que não ia entrar nesse assunto, porque ele é ridículo (culpar o videogame, e não a criação por parte dos pais), mas não me controlei XD heheheheheheheheheheh. Enfim: valeu pelo comentário, Time Keeper! Ate mais cara o/
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