Gênero: Cinematic Plataformer
Plataforma: Super Nintendo, Sega Genesis, Amiga, Atari Jaguar, MS-DOS, 3DO
Ano de Lançamento: 1992
Produtora: Tiertex Ltd, U.S. Gold e Delphine Software
Revisão: hoje trago um dos maiores
clássicos do SNES, também sendo um dos games mais a frente de seu tempo já
lançados: Flashback (conhecido em alguns lugares do
mundo com o subtítulo "Quest For Identity"). Juntamente
com o ainda mais obscuro e também produzido pela Delphine, Another World,
Flashback foi um dos poucos Cinematic Plataformers lançado ao longo de todas as
gerações de videogames. O gênero acabou nunca saindo do anonimato, justamente
por sua jogabilidade mais complexa e realista, de certa forma a frente do que
se esperava na época (fora dos padrões dos 2D
Side-Scrolling/Plataformers mais comuns). O enredo de Flashback gira em torno de
Conrad B. Hart, um agente da Galáxia Bureau, designado a investigar um terrível
plano pensado por alienígenas que estavam vivendo em meio aos humanos. Porem,
em uma de suas missões, Conrad acaba sendo capturado, tornando-se um prisioneiro
na nave dos opositores. Algum tempo depois, Conrad consegue escapar (a bordo de uma moto espacial), mas é atingido por
um dos raios disparados pela nave que o seguia. Conrad cai em uma enorme
floresta da atmosfera de Titan. Sem encontrar sinal de vida do jovem agente, os
inimigos abandonam a perseguição. Em meio à floresta, Conrad deixa cair o Holocubo
(um tecnológico aparelho capaz de gerar hologramas
de memórias nele gravadas) em um grande penhasco. Ao ouvir um
"Pib" vindo do cubo, Conrad facilmente o encontra, onde consegue
importantes informações sobre como recuperar suas memórias, que foram quase que
inteiramente apagadas pelos inimigos que o capturaram! Agora você deve guiar
Conrad em duas missões de extrema importância: recuperar suas memórias (sendo
que a chave para isso se encontra em New Washigton) e continuar as grandes
investigações, pois Conrad será uma peça importante para a salvação da galáxia,
que estará em serio risco! Sente-se em seu sofá, ligue seu SNES e prepare-se
para uma obra prima dos 16Bits, que agradará 100% todos aqueles que apreciam as
mais puras obras do Sci-Fi Cyber-Punk, com uma ar totalmente 80's (com direito a muita psicodelia, andróides Replicantes,
teorias de conspiração e tudo mais)!
Jogabilidade: como um Cinematic
Plataformer, Fashback segue uma movimentação que se tornou padrão do gênero,
com uma realidade maior. Você poderá se movimentar para trás e para frente como
em qualquer game de 2D/Side-Scrolling. Porém, seu pulo será limitado por apenas
dois eixos: horizontal e vertical (sem movimentos
paralelos nas diagonais). Ou seja: não será possivel saltar livremente
para qualquer lugar, pois você só poderá saltar diretamente para cima ou
diretamente para frente, sem variações. Essa proposta surgiu nos Cinematics
justamente por esses games trazerem os próprios cenários como seus grandes
Puzzles, sendo muitas vezes necessário raciocínio ou habilidade para alcançar
certos locais. Além dos próprios cenários, os Puzzles de Flashback são bastante
variados. Normalmente para passar de uma missão você deverá encontrar diversos
cartões de segurança em certas localidades, que darão acesso à novas conexões
por pontes ou portas, que serão a chave para o progresso na jornada de Conrad.
Por falar no cara, ele levará sempre consigo uma pistola, que será sua única
arma durante a aventura. Enquanto Conrad estiver com sua arma em mãos, não será
possivel pular, somente atirar e rolar (se estiver
abaixado) para esquivar-se de inimigos que usam táticas de aproximação.
A energia de Conrad é medida pelo item chamado Shield. Você pode conferir em
seu menu de itens um numero logo abaixo do Shield, que define exatamente
quantos tiros você pode levar até morrer. Ao longo das missões, você será
presenteado com alguns Passwords, fazendo com que você possa retornar de certos
pontos pré-definidos sem precisar repetir tudo novamente. Alguns outros itens
serão encontrados ao longo de sua jornada, sendo que todos eles devem ser
usados em algum ponto, sendo muitas vezes necessário um pouco de atenção por
parte do jogador, que deverá se certificar se pegou tudo que é necessário para
prosseguir em uma missão. Uma boa análise dos cenários sempre é uma exigência,
pois muitas armadilhas serão encontradas, muito bem escondidas (que alias, definem mais um conceito básico dos Cinematic
Plataformers: as CutScenes em uma visão revolucionária, utilizando cenas em
movimento). Poderia citar outros detalhes adicionais, mas o game fará
isso por mim. Então, esteja preparado para uma aventura única!
Pros:
Flashback é um game muito a frente de seu tempo, começando pela jogabilidade,
que apesar de seguir as tradições do gênero Cinematic, trouxe muitos detalhes
interessantíssimos (como, por exemplo, algo que
realmente me chama muito a atenção: a grande interação que se tem com alguns
NPCs ao longo do jogo, que dão dicas, pedem ajuda em troca de algum item
importante e coisas desse tipo); as missões são longas, exigem raciocínio
e atenção, sendo perfeitas para quem procura bons desafios; as CutScenes
possivelmente tenham sido o ponto que melhor definiu o game como revolucionário
(juntamente com Another World). Todas as mortes por armadilhas mostram uma cena
em forma de CutScenes, em três dimensões, além de outras várias animações ao
longo do enredo; o Storyline é muito interessante, perfeito para quem curte o
cinema oitentista, com um clima bizarro e psicodélico (com
elementos futuristas, diretamente voltados para o subgênero Cyber-Punk do
Sci-Fi).
Contras:
apesar de por regra o game ser bem divertido, em alguns pontos (mais para o final) os produtores aparentemente
resolveram exagerar na questão do raciocínio. Lembro que as últimas missões da
aventura de Conrad são bastante difíceis, sendo necessário fazer voltas e mais
voltas nos cenários para só então descobrir o que de fato deveria ter sido
feito. Mas isso não é nada que vá fazer você arrancar os cabelos, não se
preocupe!
Screenshots:
Trailer (Introdução e parte de um Gameplay):
Considerações Finais: Flashback pode ser inteiramente resumido com uma palavra: REVOLUÇÃO. Os Cinematic Plataformers já existiam antes de seu lançamento, porem, ele trouxe elementos muito mais avançado para o que já parecia diferente. O game começa trazendo um estilo gráfico que poderia ser visto como um dos primórdios das novas gerações, com um conceito de CutScenes em movimento muito incomum na época dos 16Bits (ou talvez inexistentes, a não ser pelo já citado Another World, a origem de Flashback). O enredo sem duvida ajuda muito, pois é complexo e bizarro, lembrando boas obras do cinema Sci-Fi/Cyber-Punk, como Blade Runner, por exemplo. Apesar de pouco conhecido em uma grande midia, Flashback sem duvida fez historia e virou uma lenda entre os Gamers e pesquisadores do assunto! Deixo apenas um unico conselho para todos que aqui estão, lendo essa review: joguem Flashback! Não importa qual videogame você costuma jogar. Muito da historia geral do que conhecemos ao longo de todos esses anos no tão extenso mundo dos videogames está aqui! Acha um exagero? Jogue e não achará mais! Deixem seus comentários (especialemente os que já tiveram sua experiencia com esse clássico absoluto)! Logo voltarei com mais Cinematic Plataformers para vocês! Até mais pessoal!
A primeira coisa que me chamou átenção foi o seguinte:
ResponderExcluir"Plataforma: Super Nintendo, Sega Genesis, Amiga, Atari Jaguar, MS-DOS, 3DO"
Amiga???? MS-DOS? me sinto em outro mundo aqui D: Não conheço essas plataformas D: Sim, nem o 3DO rsrs
Apesar disso, o jogo parece ser muito interessante, além de ter um bom desenvolvimento de história.
Pelo menos ele reteve a memória de que precisava recuperar suas outras memórias xD
Uma coisa que venho observando a um tempo. Noto que uma coisa que pareces considerar como um ponto negativo é o fato de um jogo seguir o estilo de outros. Seria então o jogo perfeito aquele que fosse 100% inovador?
Fazendo comparações, como poderia alguem criar uma empresa de refrigerantes e compedir com a Coca-Cola? (Perdão se minha metafora ficou muito dispersa pra ligar ao caso dos jogos).
De todo modo, agradeço por mais uma review :D
Muita gente não sabe da existência dessas plataformas. Alias, nem eu sabia antes de começar a pesquisar mais sobre elas por conta do Blog. Agora, não entendi o porquê de você achar que eu considero um ponto negativo um game seguir o estilo de outro e não vejo onde dei a entender isso nessa review. Até mesmo porque eu não acho. Muitos games que seguem o estilo de outros fazem parte da minha gigantesca lista de games favoritos, assim como conheço muitos games muito originais e que são fraquíssimos. A originalidade sempre é um ponto a se observar em um game, mas pra mim, ela não determina muita coisa. Agora, se estivermos falando de games que tentam seguir o estilo de outro e acabam ficando ruins justamente por isso (aqueles que mais parecem "copias baratas" do que "seguidores"), ai sim eu considero isso um ponto negativo. Mas quanto aos games que se influenciam em outros, nunca foi e nunca será um problema pra mim. Abraço Time Keeper! Até mais!
ExcluirEi, sempre é tempo de conhecer algo novo xD Tenho que ver uma foto dessa Amiga xD
ResponderExcluirÉ que eu venho reparando que você geralmente chama àtenção a essas coisas. Um exemplo: "Flashback é um game muito a frente de seu tempo, começando pela jogabilidade, que apesar de seguir as tradições do gênero Cinematic, trouxe muitos detalhes interessantíssimos". Esse "apesar" me chama àtenção.
Mas eu trouxe essa questão na forma de uma dúvida justamente pra entender melhor sua posição quanto a isso. Entendo, entendo :D
Está claro pra mim agora xD
Sim, você entendeu perfeitamente o significado do “apesar” que eu utilizei. Eu quis dizer justamente que a primeira vista o game fica nas tradições, mas que se diferencia nos seus detalhes se analisado mais profundamente. Mas como eu disse, ser um game inovador não define um Status de “recomendado” necessariamente. Sempre é um ponto que trás acréscimos para o contexto do game em si, mas não o define como melhor em uma visão geral, de comparações. Muitos games que “seguem tradições”, vamos assim dizer, dão uma surra em games inovadores, pois o que define um bom game é a sua produção. Temos ai uma infinidade de games que parecem seguir tradições, mas são obras tão espetaculares em seu desenvolvimento geral que acabam sendo muito melhores do que os ditos “revolucionários”. Mas enfim: bom você trazer esses questionamentos para cá, sendo que isso é algo que divide opiniões. Muitos procuram games super inovadores, e esquecem do que falei: a produção vale mais que a inovação. Claro que inovações sempre são bem vindas e devem sim ser vistas como um ponto positivo em qualquer game, mas não o determina como superior. E Flashback é um game que, como eu disse, concentra inovações históricas. Mas o que o torna um game excelente é mesmo o fato de ele ser muito bom em diversos detalhes. A revolução só potencializa essa opinião, tornando-o obrigatório para quem procura as inovações que mudaram os rumos de gerações seguintes (no caso de Flashback, as incomuns CutScenes em movimento). Um abraço pra você Time Keeper! Alias, fique a vontade para dar a sua opinião quanto aos games inovadores! Acha que isso é um ponto determinante? Ou somente um acréscimo como eu penso? Até mais cara o/
ExcluirUau XD Na verdade acho que não tenho nada a acrescentar xD
ResponderExcluirExistem justamente esses casos que falaste, acho que qualquer tipo de rolutação é equivocada. Então, realmente prejulgar um jogo uzando como base a questão da inovação ou não-inovação é algo muito errado.
Acredito que posso acrescentar algo. Existe também os jogos que se inovam durante o tempo. O grande problema é que muitos fãs acabam não gostando de algumas mudanças, mas e caso se trate de uma série de jogos que não precisam ser jogados em sequência, e consequêntemente faça com que existam jogadores que "pegaram o bonde andando"? Acho que isso é uma questão polêmica. Essa série de jogos ira ter dois polos de fãs. No final acho que isso remete ao fato de que cada jogo é único e vai agradar a uma parcela de jogadores.
Sim, justamente. Esse caso existe tambem. Eu sinceramente sou um cara muito aberto atualmente para mudanças em series que já existem há um certo tempo, DESDE QUE... essas mudanças sejam bem feitas. Resumindo, voltamos ao que já falei váaaaaaaarias vezes: o que importa é o game ser bom e bem produzido. O resto são fatores que ajudam mas não determinam.
ExcluirCara, um dos games mais fuderosos que joguei na minha infância.
ResponderExcluirLembro que nunca consegui zerar essa desgraça, mas a jogabilidade em si, pra um Snes, é perfeita velh.
O fato de esconder a arma, desativar dispositivos, o uso de tantos outros dispositivos, as viagens, tudo muito booom.
A jogabilidade lembra bastante um game antigão tamein pra PC chama Oddworld: Abe's Odysee, muito bom tamein.
Parabéns por outro grande post. (:
ABraço.
Sei de que jogo você está falando! Oddworld é um clássico. Quanto ao Flashback, certamente é um game (como tu mesmo disse) fuderoso! Esse jogo é muito clássico, daqueles que lembram outras épocas da vida. Esse foi um dos games que meu irmão costumava locar (e depois conseguiu emprestado com uma amigo). E foi através das jogatinas dele que eu conheci o jogo. Mas como ele é dificil para caramba para uma criança (alias... até para um adulto), eu só fui jogar ele anos depois. Enfim: um clássico! Muito obrigado pela visita, pelo comentário e pelo apoio! Um abração pra você Juão! Até mais!
ExcluirNunca mais joguei esse game depois dakela época de assoptrar fitas no SNES, lembro que eu achava esse jogo incrível e muuuuito difícil... na época eu jogava abstante BlackThorne, Out of This World e Flashback, porém só consegui terminar os dois primeiros... quem sabe eu jogue ele no emulador agora... com save state (só assim mesmo, pq o tempo pros games ta curto...)
ResponderExcluirCara, Flashback... Legal.
ResponderExcluirjoguei no primeiro super Nintendo que tive, lá por volta de 1998. Os gráficos, as cores, o clima sombrio... Clássico!
Uma pena que depois de um tempo eu travei no jogo (não sabia o que fazer)e logo fiz a transição para o PS1. Mas até hoje lembro deste jogo como um dos mais legais que já joguei...
Muito bom o texto!
Valeu cara! Fico feliz que tenha gostado da review! Flashback realmente é um game muito marcante. Muitas qualidades gráficas incomuns para a época! Um dos grandes clássicos da era 16 Bits! Valeu pelo comentário! Volte sempre que puder, João Roberto! Até mais!
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