Gênero: RPG
Plataforma: Playstation 2
Ano de Lançamento: 2001
Produtora: SquareSoft
Revisão: "listen to my story. This... may be our last chance". Com esta frase inicia Final Fantasy X, o primeiro RPG da série lançado para o Playstation 2. Contando com uma equipe composta pelos grandes nomes da Square como Tetsuya Nomura na arte e Nobuo Uematsu na trilha sonora, o jogo se manteve fiel ao universo Final Fantasy, no entanto apresentando muitas diferenças em relação aos anteriores, mais do que qualquer outro até então. Mas isso será discutido mais adiante. O jogo se passa no mundo de Spira e inicia na futurista cidade de Zanarkand. O evento mais popular nesta cidade é o Blitzball, um tipo de futebol jogado totalmente embaixo d'água. O maior craque do momento é Tidus, filho do ex-jogador e ídolo Jetch. Após mais uma boa partida, Tidus vê a cidade sendo atacada por um monstro gigantesco. Enquanto foge, Tidus encontra Auron, grande amigo de seu pai e seu tutor. Após algumas batalhas com os peões do monstro, Tidus se separa de Auron e acaba caindo inconsciente no Oceano. Após algum tempo desacordado ele é resgatado por uma estranha garota loira que fala uma língua estrangeira. Ao se separar dela, Tidus acaba em uma praia, onde encontra Wakka e seu time de Blitzball. Descobre que está em Besaid (um local que jamais ouvira falar) e que a cidade de Zanarkand não passa de ruínas. Descobre ainda que o monstro que viu se chama Sin, uma criatura destinada a destruir cidades para fazer os humanos pagarem por seus pecados. Em cada geração existe um guerreiro com habilidade de evocar criaturas que será capaz de vencer Sin, o Summoner. No entanto, o preço pela vitória é a vida do Summoner, que garantirá alguns anos de paz até que a criatura renasça. Assim se mantém um ciclo de vida e morte em Spira. A atual Summoner é Yuna Braska, a bela filha do High Summoner Braska que venceu Sin 10 anos atrás. Sem saber onde está e encantado pela jovem Yuna, Tidus decide segui-la em sua peregrinação para conseguir os Aeons e vencer o monstro. Seguem junto os guardiões de Yuna, o jogador Wakka, a maga Lulu e o Guerreiro Ronso Kimahri, protetor dela desde a morte do pai. Conforme avança pelas cidades, Tidus reencontra Auron e descobre que ele e seu pai foram guardiões de Braska e o auxiliaram na batalha de 10 anos atrás. Sem entender onde está e qual a relação de seu pai nestes eventos, Tidus segue em frente buscando sua origem ao mesmo tempo que tenta ficar ao lado de sua amada Yuna na busca pelo Aeon final e pelas ruínas da cidade de Zanarkand. Mantendo o clima medieval/futurista, Final Fantasy X conseguiu criar um clima obscuro e pesado inédito até o momento na série. Os personagens tiveram um design realista e os ambientes saíram daquele ar europeu tradicional e tiveram inspiração do leste asiático, especialmente as regiões litorâneas. É um jogo exclusivo de ps2 e recentemente foi relançado para ps3 e ps vita através da Playstation Network.
Jogabilidade: mudou bastante em comparação aos anteriors. Primeiro, em relação aos combates, o jogo voltou a forma baseada em turnos, abandonando a barra de ataque que existia desde FFV. Além disso, todos os personagens podem participar de uma mesma batalha e é possível realizar quantas substituições quiser sem penalidades. Isso é especialmente útil na hora do treinamento. Os cenários foram integrados e não há mais um mapa do mundo, todas as cidades se ligam por estradas. A clássica nave está presente mas serve apenas para "teleportar" os personagens de um lugar a outro, não dá mais para viajar pelo mundo pilotando ela. As classes novamente foram extintas e foi criado o Sphere Grid, um enorme círculo que permite que se aprenda os golpes quando se passa por ele (similar a um jogo de tabuleiro). Cada level permite andar "uma casa" e aprender a técnica presente nela. A localização dos golpes é dividida pelo tipo e cada personagem começa em determinado ponto, então pelo menos no início Yuna será a curandeira, Lulu a maga negra, Auron o Knight e por aí vai. É meio difícil explicar, mas fica simples quando se joga. Os Aeons (antigos Summons ou GFs) também foram reformulados. Agora ao evocá-los eles assumem o lugar do grupo na batalha, não mais apenas dando um golpe e indo embora. O nível deles depende do nível de Yuna. Os gráficos foram totalmente produzidos em sistema 3D, com direito a belíssimos CGs. Os golpes especiais dos personagens, antigos limit breaks, foram substuídos pelos Overdrive, mantendo a mesma lógica de variação de acordo com o personagem. Os Overdrives são utilizados conforme uma barra é completada e é possível acumular para usar em batalhas especiais, como contra os chefes. Este foi também o primeiro jogo da série a ser dublado. Para quem gosta de desafios terá um prato cheio com a versão internacional. Os chefes opcionais, Dark Aeons e Penance, dão muito trabalho, me arriscaria a dizer que mais do que qualquer outro que eu já vi (precisei de 70 horas de treinamento para vencê-los). Por último, o jogo é repleto de sidequests e puzzles, garantindo ainda mais tempo de gameplay.
Pros: a maior vantagem do jogo é a qualidade de seu roteiro, que consegue reunir um bom enredo, personagens cativantes, romance, humor, surpresas e um clima sombrio, tudo isso muito bem balanceado. O roteiro principal do jogo é bem grande e a enorme quantidade de extras e sidequests garantem pelo menos umas 120 horas de jogo para quem quiser fazer tudo e enfrentar os chefes opcionais. Aliás, falando em extras, não há como deixar de falar do Blitzball, o jogo inventado no game que pode ser jogado em campeonatos mais tarde e é incrivelmente viciante. E os referidos chefes opcionais garantem muito desafio, especialmente Penance e seus 10.000.000 de HP. O clima de destruição e o ciclo de morte causado por Sin colabora ainda mais para a profundidade do roteiro. A possibilidade de todos os membros entrar em batalha é muito legal (e pouco utilizada em outros jogos infelizmente) por dar uma ideia de união do time, além é claro de facilitar muito os treinamentos. Por fim cabe ressaltar que a trilha sonora de Nobuo Uematsu está novamente sensacional e que a ideia de controlar diretamente os Aeons ficou muito legal. Afinal quem nunca pensou em controlar o Bahamut em uma luta?
Contras: honestamente pra mim é difícil falar em contras neste jogo. Acho que o principal é que os chefes opcionais são muito difíceis, será necessário 50+ horas apenas em treinamento. E após vencê-los, os últimos chefes morrerão com 3 ou 4 golpes (sem exagero). Conseguir as armas celestiais, praticamente obrigatório para vencer Penance, é um verdadeiro teste à paciência, impossível dizer qual o teste mais difícil de ser feito.
Screenshots:
Trailer:
Considerações Finais: recomendo a todos que leram a review que olhem também o trailer, ele consegue ilustrar bem coisas importantes do jogo. Este é um dia especial pra mim porque este jogo representa muito, talvez o roteiro mais emocionante que eu já joguei. Todos os personagens são importantes, o enredo não comete erros graves, os cenários são marcantes e os extras, como um todo, são muito divertidos. O jogo fez muito sucesso, foi o jogo mais vendido do ano no ps2 e é o oitavo geral hoje conforme lista recente. Foi também o primeiro Final Fantasy a ganhar uma continuação direta, Final Fantasy X-2, que conta melhor a história de Yuna. Um RPG marcante e inesquecível em todos os sentidos, justificando as grandes notas que recebeu tanto do público quanto dos criticos. Recomendo com veemência a todos os fãs de grandes RPGs.
Foi meio tenso a maneira como comecei a jogar o FF X. Pra começar - errado -, primeiro joguei X-2. Na época nem era muito ligado em rpg e eu nem liguei pro X xD. Fiquei curioso depois pra saber como rolava mesmo a história do X e conhecer os personagens. Um dos meus amigos tinha o X e tava travado num dos templos, mais ou menos no meio do jogo ou menos que isso. Pedi emprestado e a condição foi tirar da onde tava. Fiz a bobagem de continuar mesmo a gravação dele e peguei o jogo do meio, com chars muito mal trabalhados, eu sem entender direito como funcionava o sistema. Peguei chars noobs, prossegui o jogo como noob e zerei praticamente na cagada porque sinceramente, estavam horríveis as distribuições de habilidades, atributos e etc. E eu aqui também não ajudei muito a melhorar as coisas kk. Acabei nunca devolvendo o game, larguei um meu lá com ele e depois recomecei do zero e ai sim fiz tudo de um jeito melhor e vi como sofri a toa pra passar tudo kk.
ResponderExcluirMas esse jogo é realmente maravilhoso. Difícil não gostar e se envolver com a história de Tidus e Yuna, a atmosfera muitas vezes pesada em certos acontecimentos, batalhas divertidas, poder controlar os Aeon's diretamente - uma das coisas que mais curto nesse -, várias horas pra gastar, se divertir, se irritar morrendo pra um Malboro fdp - acho que morri mais pros Malboros do que pros bosses normais e opcionais kkk -, entre várias outras coisas. Simplesmente não consigo jogar esse e passar a abertura com a bela música em piano, tenho que ouvir até o fim sempre. Assim como acho muito boas as ost's do X em geral, principalmente o battle theme padrão e outra música tocado em piano que era da Via Purifico. Sinceramente não consegui gostar de maneira nenhuma do Blitzball, só joguei quando precisava. De início eu não curti também o Sphere Grid, até por ver como tava ruim os chars
na primeira vez que joguei. Mas quando peguei do zero, já tava acostumado e depois fiquei mais a vontade e foi natural. Ponto negativo mesmo é o vício que esse jogo dá e o tempo que precisa pra sustentar o vício, haha.
Valeu pela review Edu, mais uma vez o blog me trazendo boas lembranças com as reviews, hehe. Abraço.
Bah, cara, o Malboro era tenso. Ainda hoje eu gelo quando leio "Bad Breath", hehehe... A história desse jogo é sensacional, meu segundo favorito entre todos os jogos que já joguei. Um roteiro absurdamente bom que trará boas lembranças sempre que o jogo for citado, como aconteceu contigo, JL Neos. Recomendo a todos, seja pela primeira vez, seja em um replay (o que estou me segurando para não fazer nesse exato momento, hehehe).
ResponderExcluirCaraca existem pessoas no mundo que curtem a OST de FFX :D Eu me maravilho com a múscia da abertura, e da Via Purifico também *uuuuu*
ResponderExcluir"listen to my story. This... may be our last chance"...Cara...Essa frase marca muito. Chega a causar arrepios nos que jogaram o jogo, e conhecem todo o peso que ela carrega.
As vezes eu escrevo sem nexo algum entre paragrafos, mas é que eu não sei o que colocar 1° XD Mas bem, acho que a coisa mais incrível nesse jogo é a temática que critica o jeito de viver de muitas pessoas. Existem muitos que consideram jogos coisas de criança (sem exagero algum, já fui vítima), porém não conhecem o que alguns jogos trazem consigo. Esse carrega um protesto contra formas de viver estipuladas por uma sociedade conservadora, na qual continuar a viver desse jeito é inutil. As vezes rever conceitos que parecem ser a "Verdade" nos coloca em um lugar privilegiado.
Fora todos os momentos em que você ri muito enquanto joga xD E as partidas de Blitz Ball, que eu curti particularmente xD
Esse só não fica como o melhor FF que já joguei, porque Aerith me comove demais no VII.
Um exelente jogo para comentar Edu. Você me fez lembrar de muitas coisas agora.
Pois é, cara, a frase inicial e a música de abertura são espetaculares. Também me deu arrepios quando escrevi. Alias, coloquei o jogo no meu ps2 para ver se me lembrava direito da frase e quando me dei por conta estava em Besaid com o time do Wakka. Esse jogo tem um roteiro muito bom, com uma grande critica politico-religiosa, que alias segue forte no X-2, ainda que o jogo em si perca bastante em qualidade.
ExcluirValeu o comentário, TK, e acredite, tu não é o único que se emociona com a trilha sonora desse jogo. Desnecessário dizer que transformei o blitzball em um tipo de Pro Evolution Soccer, hehehe...
Abraço, cara.
Muito foda xD Tenho que usar essa palavra xD
ResponderExcluirÉ verdade. O X-2 Segue com a grande queda do paradigma, mas começa a focar outras coisas D: Não gosto quando um RPG faz com que o mundo inteiro gire em torno de alguns personagens. No X-2 eu vi um pouco isso. A continuação de Tales of Symphonia tem muito mais disso pra oferecer :P
TK é?XD Me senti parte do anime Angel Beats agora xD
No final a pessoa só precisa invadir pela esquerda, passar a bola pra Tidus e usar a Sphere ou Jecht shot, fazendo o gol sempre xD
Olá, passando aki para ler algunas reviews e comentar. Eu sou super fã de todaa série FF, mas na série principal joguei até o IX apenas, tenho em minha coleção o X, o X-2, o XII e o XIII, mas ainda não consegui jogá-lo, pouco tempo que ta sobrando pros games ultimamente... dos FF que citei aí, esse X é o q mais me atrai, parece muito bom, vou começar por ele...
ResponderExcluirO X é o meu favorito, joguei todos do 1 ao X-2. Tô enrolando com o XII porque ele me lembra de um trauma (Vagrant Story).
ResponderExcluirTu com certeza vai gostar, mas ele demora. Se tu venceu os Weapon do VII e VIII e o Ozma do IX, vai querer enfrentar os Dark Aeons, o que precisa muito mais tempo ainda. Mas mesmo que seja "só" pra jogar a história normal o jogo é sensacional.
Opa, com certeza vou querer matar esses Dark Aeons... estou terminando o FFIV de novo, dessa vez no remake do DS, talvez o FFX seja meu próximo RPG, mas tbm estou com muita vontade de jogar Eternal Sonata (que parece ser o único RPG de verdade do PS3^^). Me explica esse trauma do Vagrant story, um dos meus games preferidos do PS1...
ResponderExcluirPois é, cara, eram outros tempos, eu mal tinha começado nos RPGs, tinha acabado de zerar o FFIX, meu primeiro rpg "de verdade" (adoro Pokémon, mas não conta como rpg, hehehe)e fui para Vagrant Story porque achei a caixinha muito legal. Eu me aventurei pelos calabouços, tentando fazer umas espadas, mas todo mundo me dava uma surra! Além disso as cidades eram todas vazias, começou a bater uma depressão. E tem mais aquele negocio do risco (ou algo assim) que eu nunca entendi. Muita gente de respeito fala bem desse jogo, então tenho certeza que o problema foi comigo, até porque era inexperiente nesses jogos. Mas ai nunca tentei de novo, tenho essa dívida. E o FFXII é muitíssimo semelhante, como tu deve saber, por isso revivi meu trauma, hehehe...
ResponderExcluirE se vai querer enfrentar os dark aeons reserva umas 120 horas na tua agenda, hahaha.
Abraço.