Gênero: Ação/Aventura
Plataforma: Playstation 2
Ano de Lançamento: 2003, 2005
Produtora: SquareEnix
DRAKENGARD:
Revisão: você certamente já deve ter
ouvido a frase "Não é só de Final Fantasy que a Square vive" em
alguma discussão sobre videogames por ai, não é mesmo? Pois bem: quando o
assunto é Drakengard, talvez fosse melhor se a Square de fato vivesse apenas de
Final Fantasy. Talvez eu esteja exagerando, mas em meio a tantos títulos memoráveis
da produtora, é no mínimo estranho saber que esse também veio dela. Drakengard
utilizou em seu sistema de Gameplay os mesmos de dois grandes clássicos: Dynasty
Warriors e Panzer Dragon (clássico de Sega Saturn).
O resultado foi um dos games mais repetitivos do estilo Ação, de qualidade no mínimo
duvidável, mesmo que divida opiniões. Mas veremos isso logo abaixo. Agora vamos
com o enredo (que alias, pode ser facilmente visto
como uma salvação para o titulo): Drakengard contará a historia de dois
grandes povos que estavam em guerra: o Império e a União. Em meio a uma grande
invasão do Império, um poderoso e destemido guerreiro entra em cena para tentar
salvar a Deusa protetora do Selo Sagrado (justamente
a quem o Império procurava). O guerreiro se chama Caim. Após derrotar
muitos homens dos exércitos inimigos, Caim consegue chegar ao centro do
castelo, em uma grande arena, onde um enorme Dragão gravemente ferido se
encontrava. Então, uma oportunidade surge diante dos olhos de Caim: a chance de
ganhar um poder imenso através de um pacto com o Dragão, que salvaria a vida do
monstro e daria a força que Caim precisava para salvar sua amada irmã Furiae, a
Deusa protetora do Selo que protegia o mundo de uma enorme catástrofe. Caim
aceita o pacto, mas em troca fica mudo. Porém, com toda a força que lhe foi
dada e com a companhia do Dragão Angelus, Caim terá uma importante missão pela
frente!
Jogabilidade: as missões de Drakengard se
dividem em dois tipos: 1) as missões em terra; 2) as missões aéreas.
Nas primeiras, você assumirá o controle de Caim, que terá muitas armas a sua
disposição, com as quais poderá executar uma sequência de ataques simples e
algumas magias, que são definidas pelas próprias armas. Como eu havia dito
antes, essa parte do gameplay tem como base o game Dynasty Warriors: você terá
de enfrentar uma quantidade enorme de inimigos ao mesmo tempo! Já nas missões aéreas,
você assumirá o controle do Dragão, sendo que a criatura tem um ataque simples
e um ataque carregado (que normalmente atinge mais
de um inimigo ou varias vezes o mesmo), além de um poderosíssimo
especial que destrói tudo que estiver em seu caminho. Vale lembra que nas
missões de terra também é possivel chamar o Dragão, para ajudar nos combates.
Porém, para isso você deverá estar em um lugar aberto, sem obstáculos, ou o
Dragão não conseguirá chegar até Caim. Além de Caim, alguns outros personagens
poderão ser controlados ao longo do game, sendo que você poderá adquirir até três
personagens diferentes, mas para isso algumas Side-Quests se fazem necessárias (tais personagens e Side-Quests irão também definir
diferentes finais no game, todos muito interessantes). Além das missões
de historia, você poderá também retornar a alguns locais para fazer as missões
chamadas de Free Expeditions (que podem ser
terrestres ou aéreas), onde você poderá derrotar mais inimigos para ganhar
Level e facilitar sua aventura.
Pros: a
história é interessante, com um tom bizarro e psicodélico em diversos pontos,
conseguindo fugir bastante de sua proposta inicial; as músicas cumprem com o
que se espera de um game medieval; a ideia de intercalar entre Caim e Dragão
nos combates é realmente muito boa; as diversas armas encontradas ao longo do
game dão possibilidades para todos os gostos, sendo que as armas evoluem em um
processo independente do personagem, o que também é interessante; existem diversos finais que
definem chefes finais diferentes, dependendo dos personagens que você adquirir (e fazendo todas as Quests relacionadas a ele); as
CutScenes apresentam gráficos excelentes.
Contras:
você não precisará mais do que 30 minutos de jogo para saber o que você deverá
fazer até o final do game. Tudo se repete, sem variação alguma (o que torna o game muito tedioso); as dublagens
são ruins, deixando a desejar em vários aspectos, sendo que o mais grave é o
exagero de emoção para absolutamente tudo; os golpes das sequências de Caim são
lentos e parecem não se encaixarem, tornando a jogabilidade bastante irritante
contra muitos inimigos fortes. Acha que os outros personagens melhoram essa
situação? Não! Eles não melhoram, pois são praticamente a mesma coisa que Caim;
a câmera não tem um ajuste muito funcional, o que atrapalha muito nos combates;
algumas (quase todas, na verdade) missões são
enormes, sendo que elas se tornam enormes por um único motivo: a desnecessária
quantidade de inimigos que simplesmente não deixam você avançar muitos passos!
Screenshots:
Trailer:
Considerações Finais: O primeiro Drakengard é um game estranho. Prefiro o considerar um enredo mal utilizado. De verdade, o enredo é muito bom. Mas os grandes problemas (que acabam por prejudicar até mesmo o enredo) vêm com as dublagens mal feitas, os personagens pouco carismáticos e a jogabilidade repetitiva e sem sentido. Um game que poderia ser bem melhor, mas que acabou me decepcionando. Afinal, o que você esperaria de um jogo onde você pode voar nos campos de batalha nas costas de um Dragão, cuspindo fogo em exércitos como se fossem compostos de formigas? O mínimo que poderia se esperar seria algo sensacional... mas que passou muito longe disso.
DRAKENGARD 2:
Revisão: depois dos resultados nada satisfatórios
de Drakengard, em 2005 a
SquareEnix decidiu lançar uma continuação para o game, que tinha a quase
obrigação de "abafar" os resultados negativos de seu antecessor. Quer
saber o que aconteceu? Drakengard 2 ficou estacionado no mesmo ponto, tendo
ainda piorado em alguns aspectos (veja em Contras),
sendo para muitos uma decepção ainda maior do que a já sentida no primeiro
game. Em Drakengard 2 você terá como personagem principal um jovem chamado
Nowe, que foi criado por um poderoso Dragão chamado Legna desde criança. Já em
sua juventude, Nowe se une a uma importante organização militar chamada Knights
Of The Seal, que tinha como objetivo fundamental proteger o Selo Divino para
evitar que o mundo inteiro entrasse em desordem. Após
algum tempo seguindo a ordem dos Knights Of The Seal, o jovem passa a duvidar
da bondade do grupo, desertando logo em seguida. A partir desse ponto a história irá se desenrolar
de uma maneira bem diferente, pois Nowe passará a ser caçado pelos cavaleiros
da Ordem. Algumas surpresas serão encontradas ao longo do Storyline, seguindo
uma linha muito semelhante a do primeiro game (com
diversas mudanças no tema inicial). Nowe contará ainda com a ajuda de
outros três personagens em sua aventura, além do Dragão Legna, obviamente!
Jogabilidade: tratando-se de jogabilidade,
Drakengard 2 não apresenta praticamente nada de novo em relação ao primeiro
game: assim como em seu antecessor, as missões serão divididas em missões de
terra (onde você controlará Nowe ou os demais personagens)
e as missões aéreas com o Dragão Legna. A grande mudança que poderia ser citada
é o fato das magias terem sido aprimoradas, sendo que agora elas poderão ser
carregadas, gerando assim um resultado muito mais devastador! Assim como em
Drakengard, aqui também haverá uma quantidade muito grande de armas para todos
os personagens, sendo que elas poderão também ser evoluídas, assim aumentando
seus danos e o poder de suas magias correspondentes. Os personagens estão
mais variados entre si no aspecto ataque, não sendo uma copia exata do
protagonista, com os mesmos combos, como eram os personagens do primeiro
jogo. As já conhecidas Free Expeditions continuam também presentes nesse
titulo, dando a você a possibilidade de evoluir tanto seu personagens quanto o
seu Dragão. Além disso, algumas lojas de armas serão encontradas ao longo do caminho
entre uma missão e outra, onde você poderá adquirir armas únicas.
Pros: os
gráficos estão melhores; mais armas (e
consequentemente mais magias) estão disponíveis; os personagens
jogáveis são interessantes e apresentam uma variação maior entre si, diferente
do que acontecia no primeiro game; as missões estão mais curtas se comparadas
com as do jogo anterior, tornando-as menos tediosas (o
que não se aplica às missões mais próximas do final do game, que ainda são bem
tediosas); os combos fluem mais naturalmente, dando a impressão de
estarem muito mais agradáveis do que no Drakengard original; as Boss Battles
são mais variadas, não limitando-se apenas aos céus.
Contras: a
jogabilidade extremamente linear do primeiro game permanece a mesma; os diálogos
estão ainda piores, pois os dubladores parecem fazer um drama absurdo por pouca
coisa, passando pouca credibilidade; a câmera continua sendo seu maior inimigo!
Pode tentar ajustá-la o quanto quiser. Nada vai adiantar, pois ela irá te
atrapalhar SEMPRE; certos pontos do roteiro (em
uma tentativa desesperada de trazer o muito bem pensado tom bizarro do primeiro
titulo) parecem completamente forçados e sem sentido.
Screenshots:
Trailer:
Considerações Finais: Meu grande erro foi
esperar demais de Drakengard, sendo que eles não cumpriram nem com metade das
minhas expectativas. O que já não era um título que eu recomendaria no primeiro
game, ficou ainda mais fraco no segundo. Eu juro que tentei gostar, de
verdade! Mas não consegui! Para mim, um game que fica no nível mediano,
pois nesse caso, a jogabilidade EXTREMAMENTE repetitiva esteve prestes a
derrubar todo o resto (além das repetições absurdas
de inimigos e cenários). Mas vale lembrar a todos os leitores que todas
as minhas reviews são na verdade uma visão critica que contam minhas experiências
com os games. Por isso, caso você tenha gostado muito de Drakengard, sinta-se
livre para defendê-lo e, se necessário, criticar negativamente minha review (desde que faça isso com respeito, obviamente).
Abraço a todos! Nos vemos na próxima postagem!
Erro meu ou esse é um segundo post de Drakengard??
ResponderExcluirSó me lembro do vendedor querendo me empurrar o jogo xD Pior que acabei levando por não conhecer o jogo. Ele dizia: "Não..bixo..esse jogo é muuuuito bom, nem acredito que você não conhece". Senta lá Claudia.
Mais uma não recomendação da parte de Time Keeper xD
Eu não recomendo, mas quem não conhece o jogo, pelo menos jogue 20 minutos dele pra poder ver de fato como ele é. Pode ser que até se goste do jogo, porque não?
"pois os dubladores parecem fazer um drama absurdo por pouca coisa, passando pouca credibilidade" -> Eu acho isso muito engraçado xDD Isso acontece em um outro jogo chamado YS Ark of Napishtim, mas é só na 1ª cena do jogo, felizmente.
Sim claro, não é porque também não curti o jogo que sua review cai em qualidade :D Escreveste muito bem mais uma vez o/
ResponderExcluirValeu Time Keeper. E sim, você está errado, pois essa é a primeira review de Drakengard XD HAhHAhHAhHAhHAhHAh. A questão é que conversamos sobre esse game há um tempo atrás, então talvez você tenha associado isso à uma review, pois cheguei a comentar na época que queria fazer uma review desse game. É isso, essa é a primeira e a ultima review de Drakengard... pelo menos eu acho que a Square não pretende lançar mais um. E eu concordo com sua observação: quem quiser, jogue 20 minutos do game (alias, o suficiente para conhecer TUDO que irá acontecer tratando-se de jogabilidade) e tire suas conclusões. Pode ser que gostem, até porque como eu disse, esse game divide opiniões. Mas o fato é que ele deixa a desejar em muita coisa. Mas como tudo nesse Blog, essa é só minha opinião, que no caso, fecha exatamente com a sua: não recomendado, por todos os aspectos citados na review (jogabilidade com ZERO de variação, dublagens mal feitas, etc). Um abraço Time Keeper! Até mais!
ExcluirJurava que tinha visto uma postagem do Drakengard D: Me equivoquei.
ExcluirAaaaaaah pode ter sido isso, porque lembro de nós conversando sobre esse jogo aqui.
Pois é, quem sabe não se identificam com o jogo?:D Isso é uma coisa que gosto muito nesse blog, podemos discutir sobre várias coisas mas sempre parando pra respeitar o que outros pensam.
Só não vi isso na review de God of War, mas não se preocupe, nadas tem haver com esse ocorrido.
Abraço :D
Mas isso é justamente meu objetivo. Como eu sempre digo, esse Blog traz review totalmente pessoais, com opiniões minhas sobre os games. Mas como qualquer opinião, essas também estão abertas à criticas e discussões. Não sou do tipo que recebe criticas e vê isso como algo ruim. Acho que criticas sempre são validas para nos fazer melhorar ou mesmo criar outro ponto de vista em relação a algo. E em God Of War, acho que tivemos 3 pontos de vista diferentes. Não há porque entrar nessa questão aqui de novo XD hehehehehheheheh. Apenas não acho que em algum momento alguém se desrespeitou lá nos comentários. Muito pelo contrário: todos mostraram seus pontos de vista e no final, cada um ficou para um lado, algo que para mim parece natural.
ExcluirContinuem assim , otimas materias!!!! Alias , dois jogos nao muito conhecidos , mas excelentes!!!!
ResponderExcluirOpá! Valeu Gustavo! E valeu por deixar sua opinião em relação aos Drakengard. Um abraço e até mais! Volte sempre!
ExcluirHá uns 2 ans, qdo descobri que era fácil comprar jogo usado no ebay, me deparei com Drakengard por US$4, não conhecia, pensei, é da square é bom...kkkkk. Uma grande piada. E olha que tbm tentei a todo custo gostar do game, pelo menos terminar ele... até q percebi q estava perdendo tempo. Não acho q vale nem pra coleção... uma pena.
ResponderExcluirPois é cara... sou obrigado a concordar com TUDO que você disse nesse comentário. Acho que não há porque defender o game, pois realmente ele foi uma decepção enorme pra mim. Mas como eu disse, tem quem goste. E eu não sou ninguem para dizer que esses estão errados. Apenas expresso minha opinião, que não é nem um pouco favorável a esse game (e vejo que você e muitos outros concordam). Abraço Giovani! Até mais!
ExcluirOla amigo, é a primeira vez que venho aki, gostei muito da sua forma de expressar sua opinião. Mas eu discordo, sou fã de drakengard, ja zerei os dois, e concordo com oque voce diz sobre a jogabilidade ruim e os estágios repetitivos, mas pra mim o enrredo/história compensa, por ser muito atraente, e levar o jogador a continuar jogando até entender a história e descobrir como termina. ( admito que, pode ser que eu pense assim porque eu sou completamente FISSURADO EM DRAGÕES e HISTÓRIAS MEDIEVAIS)
ResponderExcluirE de vez em quando eu jogo denovo , mas não consigo jogar por mais de uma hora, kkkkkkkk, depois de zerar os dois, depois de saber a história, realmente não faz sentido jogar denovo, porque a jogabilidade, como voce disse deixa o jogo ruim(MESMO EU SENDO FISSURADO EM DRAGÕES E HISTÓRIAS MEDIEVAIS)
ResponderExcluirUm Abraço, parabéns pelo blog :)
Opa, seja muito bem vindo por aqui Jonata! Saiba que esse espaço estará sempre aberto para isso que tu acaba de fazer: expressar sua opinião. Isso é importante para nós, mesmo! Quanto ao game, assim como tu respeitou a minha opinião, respeito totalmente a sua. Alias, vejo que concordamos em muitos pontos. Eu mesmo concordo contigo que Drakengard tem um enredo muito bom, porém, para mim, essa afirmação vale somente para o primeiro. O segundo me pareceu uma tentativa forçada demais de reproduzir alguns pontos do primeiro, mas não deu muito certo. Mas enfim cara: novamente, seja muito bem vindo por aqui pelo Blog, sinta-se sempre a vontade para concordar, discordar, sugerir, etc. Esse espaço está sempre aberto a boas conversas entre os Gamers, e comentários sempre serão respondidos pelo respectivos autores de cada review! Um forte abraço para ti e volte sempre que puder! Até mais!
ExcluirDrakengard 1 é uma bosta.
ResponderExcluirConcordo com você em todos os contras mas achei que o enredo compensa a jogabilidae horrivel, vou procurar umas reviews a respeito do 3 para ver se melhoraram nesse quesito.
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