quarta-feira, 12 de setembro de 2012

SOMA BRINGER!

Escrito e editado por: Mr.Gameworld

Gênero: Action RPG
Plataforma: Nintendo DS
Ano de Lançamento: 2008
Produtora: Monolith Soft/Nintendo

Revisão: como alguns já devem saber, recentemente a empresa Monolith foi comprada pela Nintendo, que ajudou financeiramente a produtora a crescer e se manter no mercado, competindo com outras grandes produtoras. Graças a essa parceria temos hoje, por exemplo, o maravilhoso Xenoblade. Mas o game que marcou o início dessa união foi Soma Bringer (lançado em 2008 para Nintendo DS), que foi oficialmente o primeiro game da Monolith com marca também da Nintendo. Como em outros dos games da Monolith (Xenosaga, por exemplo), em Soma Bringer novamente o senhor Tetsuya Takahashi assume o papel de roteirista e diretor, tendo à seu lado mais uma vez seus fiéis parceiros de trabalho, com destaque para Soraya Saga (também roteirista e diretora) e Yasunori Mitsuda (ícone das trilhas sonoras de RPGs). Como um game de Tetsuya Takahashi, Soma Bringer segue uma linha de enredo extremamente complexa, com muitos mistérios, questionamentos filosóficos, profundidade na apresentação dos personagens e temas pouco convencionais, fora dos clichês (características já famosas em suas produções). Porem, dessa vez Tetsuya decidiu deixar um pouco de lado o sistema Turn Based dos RPGs, partindo para um sistema Action bem tradicional (lembrando alguns consagrados títulos do gênero). Soma Bringer tem inicio com uma narrativa sobre o grande continente de Barnea, que recentemente havia sofrido com um ataque devastador de uma desconhecida raça chamada de Visitors (seres parasitários, que tomam o corpo de outros seres vivos para garantirem sua sobrevivência no planeta). Com a chegada de tais seres, a poderosa energia Soma passa a se tornar desequilibrada, causando frequêntes problemas para diversas cidades do continente. Em busca de uma solução para conter as anomalias da Soma (que acima de tudo era uma fonte de energia indispensável para a humanidade e sua tecnologia), a organização Secundady cria uma divisão militar conhecida como Pharzuph, que tem como objetivo manter o equilíbrio da Soma. O novato na equipe é Welt, que parte em sua primeira missão como membro da Pharzuph, onde o objetivo era investigar as causas do surgimento de Visitors na região da floresta de Junel, justamente onde você assumirá o controle dessa aventura e começará a conhecer os mistérios que fazem parte de mais um enredo espetacular de Tetsuya Takahashi, que passará a se desenrolar com diversas perguntas, muitas vindas da misteriosa menina chamada Idea, rodeada de enigmas que nem mesmo ela sabe como desvendar (portanto, prepare-se para muita emoção)! Já aviso que esse é recomendadíssimo!

Jogabilidade: o gameplay segue uma tendência Action RPG, onde seus ataques, magias e uso de itens acontecerão em tempo real, sem a necessidade de abrir menus. Basicamente no inicio da aventura você poderá escolher entre 6 guerreiros diferentes (Welt, Forte,  Jadis, Granada, Einsatz ou Cadenza). Assim que escolher o(a) de sua preferência, você poderá escolher a classe a qual ele(a) pertencerá, sendo que cada classe tem sua características, habilidade e armas. As classes são: Gunners (usam armas de fogo e arcos); Battlers (todos os tipos de espadas); Corps (espada + escudos e lanças); Darks (lanças e machados); Kampfs (dual de espadas e garras); Somas (os magos, que dominam todas as magias dos elementos). Seu personagem jogável será o que você escolheu, e você poderá desenvolver suas habilidade e Status conforme preferir. Digo isso porque existe um sistema interessante de Upgrades das características dos personagens, feitos a partir dos pontos que você ganha ao longo de sua evolução. A cada Level, você ganhará exatos 3 Character Points (CP) e 3 Ability Points (AP). Os CPs servem para aumentar os Status básicos (ATK, DEF, SKL, STR, MAG, VIT). Já os APs servem para adquirir/potencializar as habilidades, sendo que quanto mais alto for o Level dessas, mais eficientes serão. Dentre as habilidades estão as de ataque, de defesa e algumas magias, que variam muito de classe para classe (podendo ser magias de ataque ou que causam Status negativos, ou mesmo magias de suporte, como as de cura ou as que dão Boosts nos Status do grupo). No momento que você tiver suas habilidades adquiridas, você poderá programá-las no menu de batalha, onde cada botão de seu Nintendo DS irá acionar uma delas (A, B, X e Y). Será possivel fazer até 4 menus diferentes, possibilitando a utilização de 4 combinações de habilidades de acesso simples durante os combates. O mesmo poderá ser feito com os itens, que também terão um menu rápido, onde você poderá colocar os que utiliza com mais frequência. Vale lembrar que muitos itens serão encontrados durante o percurso pelas Dungeons. Levando em consideração que o inventário não é muito grande, você deverá retornar algumas vezes para o navio Schildröte (ou para o vilarejo mais próximo) com o objetivo de depositar/vender os itens. Para isso você poderá utilizar os Soma Gates (portais com capacidade de teleporte), encontrados ao longo das missões, que muito facilitam esse processo. Para terminar as explicações, devo lembrar que você poderá levar sempre 2 personagens com você. Eles também poderão ser customizados, porem não da mesma forma: você apenas poderá modificar o estilo de ataque e as táticas que eles utilizarão, sendo que isso também normalmente mudará suas habilidades/magias e equipamentos. Novos estilos serão adquiridos sempre a cada 10 Leveis, fazendo com que você possa optar entre diferentes táticas para seu grupo (melhorando os combates conforme suas preferências).

Pros: graficamente o game é maravilhoso, com cenários bonitos e variados, além de inimigos e personagens muito bem produzidos (tudo isso desenvolvido em um estilo gráfico incomum, misturando elementos de Cell-Shading com o 2D mais tradicional, sempre baseados em muitas cores); a trilha sonora é fascinante. Alias, não poderia ser diferente, sendo que o responsável pelas canções da obra foi Yasunori Mitsuda, que não costuma cometer erros; o estilo de jogabilidade é interessantíssimo, com diversas características que agradarão à todos que procuram um Action RPG desenvolvido dentro do melhor padrão do gênero, contando com uma boa customização dos personagens e um sistema de combates extremamente agradável (você se divertirá a todo o tempo lutando!); as Boss Battles são emocionantes, além do fato de que os chefes serão em sua maioria enormes, mostrando mais uma vez o empenho da equipe responsável pela parte visual; o enredo é incrível, com as características que marcam as obras de Tetsuya Takahashi (profundidade e riqueza de detalhes no conhecimento do enredo e personagens, que se mostram todos vitais para o andamento dos fatos); a quantidade de armas e equipamentos é gigante, com opções para todos os gostos.

Contras: por vezes, a administração dos itens/equipamentos é muito complicada! Isso ocorre especialmente pela grande variação de Status das armas/equipamentos, causada por suas cores (que as define quase como itens diferentes, mesmo que sejam claramente a mesma arma/armadura). Sendo assim, muitas vezes você ganhará uma arma que é melhor que a sua por um mínimo detalhe, mas ao mesmo tempo, alguma coisa nela é pior (algo semelhante ao que acontecia em Diablo, por exemplo, normalmente com armas "não identificadas"). Isso possivelmente fará com que você leve consigo mais de uma arma especialmente, gerando menos espaço em seu inventário. Mas nada que algumas voltas ao navio ou vilarejo não resolvam (por sorte os Soma Gates tornam esse processo super rápido e nada cansativo!).

Screenshots:













Trailer:


Considerações Finais: Aqui está mais uma obra que alcançou um posto diferente entre meus games favoritos! Mais um enredo extraordinário vindo de um verdadeiro gênio dos roteiros/direções. Uma longa jornada que me proporcionou momentos de extremas emoções (misturadas entre alegrias e tristezas, passadas pelos fatos muito bem apresentados ao longo do Storyline). Novamente, uma característica dos games de Takahashi se mostra muito forte aqui: profundidade! Portanto, digo a todos os que procuram um RPG verdadeiramente completo: não deixem passar esse game! Garanto à todos os leitores que essa é mais uma obra genial, que deve ser jogada por fãs do gênero RPG como um todo e, mais ainda, por fãs dos Action RPGs! Além de todas as maravilhas apresentadas na historia, a jogabilidade ainda potencializa as notas positivas, pois ela é extremamente viciante, fazendo com que você não consiga mais parar de jogar! Portanto, não esqueçam nunca desse nome: Soma Bringer! Simplesmente um RPG sensacional (que em detalhes assim, é encontrado quase como uma exclusividade por aqui, no PrettyCoolGames)! Deixem seus comentários! Nos vemos na próxima postagem, Gamers de Plantão! Até mais! E não deixem de conferir minhas postagens de outras grandes obras-primas do senhor Takahashi: Xenosaga I: Der Wille Zur Macht e Xenosaga II: Jenseits Von Gut Und Böse (só clicar)!


13 comentários:

  1. Fiquei com muita vontade de jogar este game. A trilha sonora me lembra muito a série Chrono, parece incrível.

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  2. Garanto que o game é incrivel, um dos melhores que joguei! Muito completo, não deixa você sentir falta de quase nada. Sensacional mesmo, vale a pena! E quanto a trilha sonora, vale lembrar que a semelhança não é mera coincidencia: Yasunori Mitsuda foi o mestre responsável pela trilha de Chrono Trigger/Cross também, assim como tantos outras grandes RPGs.

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  3. Vendo minha Chrono Trigger do snes e Final Fantasy 3...Nem morto sauhhusahsa, curti esse jogo ai heim eu tenho um NDS atualmente jogando Dragon Quest IX que me surpreendeu muito, esse game ai tem em Inglês? Japoranga é mei dificil heim, o unico jogo que forcei no Japonês foi o grandia " 1 " no Sega Saturn

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    1. Eis ai a questão: Existe um fan-made, uma tradução feita por fãs em uma versão que rola pela internet. Obviamente comprar essa versão seria inviável... mas pode tentar baixá-la para seu DS. E tem razão: perder um enredo incrível como esse é complicado... então, melhor inglês mesmo! E se a própria produtora não fez uma versão em inglês, o negócio é apelar para a feita pelos fãs mesmo (que aliás, tem uma qualidade incrível e indiscutível)! Abraço Artur! Até mais o/

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    2. Qual a feita pelos fãs Mr. game world? Peguei uma com alguns defeitos, e com contrações demais em inglês. Manda uma luz para nicolasnunes87@gmail.com

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    3. Acredito que não exista mais de uma, deve ter pego a mesma que tenho aqui. Porém, realmente não tinha contrações demais ou qualquer tipo de problema, rodou de boa aqui. A única coisa é que o banco de dados (que explica fatos, personagens e etc) estava traduzido pela metade. Mas como o enredo faz o trabalho de explicar tudo, isso é apenas um mero detalhe. Mas creio que tu tenha pego a mesma versão que eu, que até onde meu conhecimento vai, é a única que rola por ai. Mas enfim: valeu por visitar o Blog e volte sempre! Fique a vontade para comentar sempre que quiser também! Um abraço e até mais o/

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  4. Mals a sumida '-' Com o termino da greve as coisas ficaram um pouco corridas D: Mas eu não deixarei de vir :D E aqui o faço XD
    Gosto muito desse estilo de gráfico :D Tipo Shining Force. São bem vivos :D Combina muito com action ao meu ver.
    Preciso muito jogar esse jogo, ta baixado e tudo. Culpa dos MMOs =/
    Fiquei com uma dúvida. O fato de escolher um personagem inicial não criaria um protagonista mudo? Ou eles fizeram 6 tipos de falas?
    Esperava um protagonista normal da parte do Takarashi.
    É Nina de Breath of Fire III no "Acompanhe-nos"?:D

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    1. O Takahashi sempre pensa em tudo cara... não precisa se preocupar :) O fato é que TODOS os personagens participam das Cutscenes importantes, mesmo que não estejam no grupo principal (composto por 3 personagens). Ou seja: as falas de cada um deles são pré-determinadas, independente de serem principais ou não. Por isso eu disse que todos os personagens se fazem vitais no desenvolvimento do enredo. Todos eles são "principais". O que você escolheu será somente o de seu controle, porque eleger alguém que guie o enredo é difícil, pois todos são importante e conhecidos em detalhes ao longo do game. Genial, não? Isso me chamou muito a atenção alias, além de tantas outras coisas, quebrando uma ideia inicial que naturalmente seria passada (de que você deveria ter escolhido o "protagonista" mais óbvio). Um excelente game, o que não poderia ser diferente... por motivos óbvios! Um abraço, Time Keeper! Nos falamos por ai!

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    2. Morreu o blog?

      Voltei a jogar soma bringer outra vez com kampfs, não me segurei =).

      Dei uma jogatina legal com os darks, mas senti saudade das porradas do kampfs...

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  5. Zerei duas vezes! Acho que deu umas 50 + horas de jogo, muito bom o jogo! A arte gráfica inicialmente é fascinante, mas depois de um tempo enjoa um pouco a arte do cenário, e a interação com o cenário é fraquísssima. As cidades são escassas e a exploração do mundo inexiste.

    Tirando esses ponto negativos, o jogo é extremamente bom, as batalhas são extremamente boas, apesar das classes meio desbalanceadas, eu como gosto de personagens porradeiros com arte macial, escolhi a kampf miller, mas no final do jogo a coisa se complica muito, porque mesmo investindo muito em vitality, a defesa fisica do kampfs é uma porcaria, idem o life que é um dos mais baixos para meele oriented, ou seja, bater mestre opcionais fica quase impossível, só foi quando eu criei uma administração perfeita de itens bells/sand of time/potions em geral/e jars, que eu comecei a bater os mestres com muita estratégia (me forçava a não correr das batalhas pra ficar curando), mesmo assim os mestres opcionais das quests EX do master, o ultimo fica mesmo assim quase imbatível até no minimo 3 mortes.

    O batler é overpowered total, uma skill dele sozinha lá pro meio tira mais que um combo do kampfs, e a defesa e o life dele nem cito aqui...

    Se for jogar outra vez vou de corps, que não é tão overpowered quanto batler, nem tão underpowered quando kampfs, mas jogar com kampfs apesar de tudo foi prazeroso.

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    1. Morreu o blog?

      Voltei a jogar soma bringer outra vez com kampfs, não me segurei =).

      Dei uma jogatina legal com os darks, mas senti saudade das porradas do kampfs...

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  6. Quanto a história é muito boa até quase o final, achei que poderiam ter desenvolvido mais a civilização você sabe qual, aprofundado mais essa civilização, e dado um motivo mais verossemelhante para o que aconteceu a essa civilização. Mas creio pelos poucos scenarios, ficou dificil fazer isso. Poderia ter tornado a historia mais consistente.

    Quanto a interação entre personangens, nada a reclamar, a historia desenvolve muito bem eles, apesar de poder ter quests extras para o desenvolvimento de cada um mais profundamente, forte e granada ficaram devendo em desenvolvimento. Mas mesmo assim muito bom o desenvolvimento deles.

    A arte enjoa, mas tem momentos magnificos como o do anel de você sabe onde, que é a melhor arte do jogo. E os monstros são sempre um show a parte.

    Dou uma nota entre 7,5/8/8,5

    acho que minha nota final fica 8,5, pela levantada que a trilha sonora dá, pelas otimas batalhas, e bom desenvolvimento dos personagens que faz você se afeiçoar a eles, millers quem o diga =)

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  7. Parabens pelo review, mesmo que não tiver tempo, matenha o site pelo conteúdo.

    E kampfs rules! Apesar de ser uma classe underpowered do meio pro final, é muito divertido meter o sarrafo com as próprias mãos nos monstros.

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