Gênero: RPG
Plataforma: Playstation, PC
Ano de Lançamento: 1999
Produtora: Square
Revisão: após sete edições de sucesso, a square resolveu fazer mudanças na oitava edição. Ainda que contasse novamente com Tetsuya Nomura na criação dos personagens e com Nobuo Uematsu na trilha sonora, a equipe de produção foi bastante reformulada. A ideia era criar personagens mais realistas, mesclando com a fantasia da série. Assim, FVIII nasceu com um planejamento diferente e muitas mudanças em relação a seus anteriores. Podemos citar como mais relevante o fato de os personagens equiparem apenas uma arma, sem armaduras ou acessórios, a ausência do Mana Points para uso de magias, a substituição dos Summons pelos Guardian Forces, que deveriam ser "equipados" aos personagens, o fato de não se receber dinheiro após as batalhas, além é claro do desenho proporcional dos personagens, saindo daquela velha forma dos personagens "pequenos e fofinhos". Quanto ao jogo, ele segue mais ou menos a mesmo design de FFVII, com cidades, armamentos e construtos futuristas mesclados com ambientes totalmente bucólicos. A história também é outra importante mudança. Mesmo utilizando elementos comuns como ameaça de uma grande força mística e confronto entre exércitos rivais, o foco da história não está nas batalhas e sim na vida de dois personagens de tempos distintos, Squall e Laguna, assim como seus relacionamentos com seus amigos e seus amores. O jogo começa com Squall Leonhart, um jovem introvertido e de poucos amigos, confrotando seu eterno rival Seifer Almasy. Ambos são recrutas do grupo mercenário SeeD, liderado pelo Headmaster Cid, cuja sede está no Balamb Garden. O SeeD realiza uma série de missões ao redor do mundo dependendo dos eventos e do dinheiro pago. Logo Squall é aprovado como membro do grupo, liderando um time que conta ainda com o lutador Zell Dincht, a simpática Selphie Tilmitt e Quistis Trepe, sua professora. Após algumas missões, um grupo rebelde os contrata para sua mais importante missão: assassinar a sacerdotiza Edea, um tipo de oráculo cujas ações estavam levando caos ao mundo. Nesta missão une-se à equipe o atirador de elite Irvine Kinneas e Rinoa Heartilly, líder do grupo terrorista Forest Owls. No meio das missões, repentinamente Squall e seu grupo são levados ao passado e revivem os passos de Laguna Loire e seus companheiros Ward e Kiros, membros do exército de Galbadia. Ao longo do jogo os segredos de Laguna serão revelados, assim como sua relação com a infância de Squall e seus amigos. Novamente o jogo apresenta algumas side quests, menos que em FFVII, merecendo destaque o mini game de cartas, viciante e difícil se você quer completar toda a coleção (evento com a Card Queen), a floresta dos Chocobos e, claro, o confronto com o chefe opcional Omega Weapon. O jogo fez bastante sucesso no psx, um dos mais lucrativos da Square em vendas imediatas, sendo relançado pouco tempo depois para PC.
Jogabilidade: como em todos os Final Fantasy até aqui, a exploração ocorre em três planos diferentes, o mapa do mundo, as cidades e as batalhas. A movimentação e o combate são exatamente iguais ao de FFVII. A grande diferença é que não há MP. As magias são "capturadas" dos inimigos e armazenadas em número de 1 a 100. A cada vez que se usa uma magia, cai um dígito. Os Guardian Forces (GFs - antigos Summon) são ligados aos personagens, podendo ser evocados em qualquer momento da batalha sem custos. A diferença está no carregamento de uma barra, quando estiver cheia o GF aparece e dá o seu golpe. A velocidade de carregamento da barra varia de acordo com a afinidade do GF com quem o está utilizando. Outra opção das magias é "juncionar" elas aos atributos, permitindo grande aumento do poder dos personagens. Quais atributos podem ser juncionados às magias depende do GF equipado. O dinheiro não é ganho em batalhas mas sim ao longo do jogo de tempo em tempo, como se fosse um salário, sendo a quantia dependente do nível SeeD do grupo. Quando o personagem está em critical, novamente é possível acessar o Limit Break, sendo na maioria dos casos necessária destreza para pressionar botões no momento certo para maximizar o dano. O limit break de Squall é Lion Heart, o ataque mais poderoso do jogo. Os níveis são ganhos de maneira tradicional, sendo que quem se acostumou a jogar FFVII deve achar este jogo bem fácil, especialmente pela possibilidade de usar os GFs a qualquer momento sem gastos.
Pros: a qualidade gráfica do jogo impressiona já na cinematic de abertura. O desenho dos personagens é muito bem feito, condizente com a tal realidade prometida. As cidades são muito bem produzidas, com amplo espaço, bem maiores que as cidades de RPG costumam ser, além de apresentar muitos detalhes, como ônibus que permite transitar entre um bairro e outro. O quartel-general do grupo, o Balamb Garden não foge a essa regra, sendo amplo, muito bem construído e com muitas opções de coisas a se fazer. O número de personagens é reduzido (seis no total) o que facilita os treinamentos e o andamento do storyline, não havendo os clássicos personagens medíocres que só atrasam o desenrolar do jogo. Aliás, uma cosa que me agrada muito é que muitas vezes os times se dividem em dois grupos para realizar diferentes missões, o que é bom para todos ganharem level e para não dar aquela impressão que só principal e os que o acompanham fazem todo o trabaho enquanto os outros ficam só descansando na base. A trilha sonora, como sempre, é muito boa, pra mim a melhor de todas as versões que já joguei. Os veículos são muito legais, contando inclusive com automóveis, úteis no início pela possibilidade de transitar no mapa do mundo evitando batalhas. E por fim, a história é muito bem construída e emocionante, apresentada por um ponto de vista diferente dos outros FF até então. Este fato desagradou alguns fãs que acharam o roteiro muito meloso com o relacionamento de Squall e Rinoa (que fica claro para o jogador desde o momento em que ele olha para a caixa do jogo). É fato que sempre houve relacionamentos em FF, mas nenhum antes tão forte e muito menos sendo o foco principal da história. E novamente, quem curte um desafio, o Omega Weapon é o único chefe opcional, mas representa um bom desafio (mas bem longe do Emerald e Ruby de FFVII ou Penance de FFX).
Contras: o sistema de junção é o grande contra do jogo. Com ele, é necessário passar muito tempo capturando magias dos inimigos (mais até do que treinando). Fora isso, após juncionar uma magia a um atributo, esta magia fica inutilizada, uma vez que se você usar a magia diminui o atributo em questão! Esse sistema simplesmente anula as magias do jogo. Algumas pessoas reclamam das cenas de golpe dos GFs, que são longas e terão que ser assistidas muitas vezes, mas acredito que isso não importe tanto para a maioria dos gamers. Mesmo considerando uma boa história, o roteiro por vezes recorre a elementos batidos típicos do Romantismo (paz inicial, conflito e separação, paz no final).
Considerações Finais: Final Fantasy VIII é um excelente jogo, teve um bom sucesso e certamente merece ser experimentado por aqueles que nunca o jogaram. Os problemas no sistema de juncionar magias logo serão superados e o roteiro envolvente e emocionante logo prenderá a atenção dos jogadores, passando por cima de possíveis equívocos na maneira de conduzir alguns fatores. O fato de reviver os passos do soldado desaparecido Laguna dá um ar de mistério ao jogo, sendo a revelação final sobre sua origem bastante emocionante, ainda que provavelmente não surpreendente. Recentemente em 2009 o jogo foi relançado na Playstation Network como um dos RPGs clássicos do psx, tornando-o mais acessível para a geração mais nova. Foi um dos games que mais me marcou na época, um dos geniais jogos da Square para o Playstation nesta que provavelmente foi a melhor geração para quem curte bons RPGs.
Sem palavras pra esse jogo. Tirando o sistema de jobs como foi mencionado, é meio (muito) incoveniente ficar usando draw pra absorver magias (de monstros e draw points aleatórios x.x) que você NÃO vai querer usar pra poder manter os atributos. Agora em todo o resto, trilha sonora, personagens, história, o jogo foi perfeito em tudo... É realmente uma pena ter que usar draw. =/
ResponderExcluirAcho que em sistema de jobs o FF9 é o melhor.
De fato. Pra mim o 7 pecou nas Materias (legais inicialmente mas demandam muito tempo para evoluir) e o 8 no sistema de Junction. O 9 tem um sistema bem clássico neste sentido.
ResponderExcluirMesmo assim FFVIII é muito bom, na minha opinião seu roteiro só foi superado pelo 10.
Abraço e valeu o comentário.
tirando o meu final fantasy VII esse é o melhor na minha opinião olha muito bom mesmo recomendo esse jogo a todos que gostam de um RPG que precisa de tempo para zerar e quer se emocionar muito.
ResponderExcluirEste jogo de fato tem um dos roteiros mais emocionantes entre os que eu já joguei. É bem grande e consegue não ser cansativo. Se não fosse a história das junctions...
ResponderExcluirValeu o comentário overlord!
Na minha opinião as junctions não são tão ruins, apenas me frustrei pelos atributos se ilitarem em 255. Os chefes Weapons estão incríveis e o Omega é quase impossivel^^! Não gosto tbm dos monstros evoluírem proporcionalmente a você. E nenhum outro jogo de PS1 deu tanto show nas CGs
ResponderExcluirO Omega Weapon é bem difícil realmente. Mas se usar bem o Lion Heart de Squall ele fica mais tranquilo. Os monstros ficarem mais fortes conforme o grupo ganha level tem a vantagem de manter o desafio e impedir que você fique overpower. E concordo com você, os cgs deste jogo estão entre os melhores do psx.
ResponderExcluirEu gosto de ficar overpower em relação a inimigos passados, detonar é na minha opinião o objetivo de evoluir. Pra não perder o desafio prefiro que tenha sidequests e weapons quase invenciveis, isso funcionou bem no IX com o Ozma. Qto ao omega eu matei ele usando um hero drink no Irvine equipado com uma munição q não lembro o nome.
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