Gênero: First-Person Shooter
Plataforma: Playstation 2, XBOX
Ano de Lançamento: 2005
Produtora: Capcom/High Moon Studios
Revisão: quando se fala em First-Person Shooter, certamente a primeira coisa que vem em nossas mentes são games baseados em guerras históricas ou em combates futuristas. Mas não é só disso que o gênero é feito. Darkwatch veio justamente para confirmar essa observação, trazendo um tema interessantíssimo (afinal, um First-Person Shooter no maior estilo Velho Oeste foi uma idéia realmente genial, não acha?). O Storyline de Darkwatch seguirá os passos do fora da lei Jericho Cross, um Cowboy que tem como trabalho o roubo de trens que passam na região do Arizona de 1876. Em certa noite, Jericho entra em um trem esperando encontrar um carregamento valioso. Porem, algo de inesperado ocorria dentro dos vagões da máquina: um grupo de mortos-vivos havia surgido, matando os passageiros. No ultimo vagão (ainda pensando no dinheiro que poderia ganhar com o carregamento) Jericho detona um enorme cofre com alguns explosivos. Um portal imediatamente se abre revelando um vampiro milenar chamado Lazarus, que voa em direção ao Cowboy, mordendo-o e transformando-o em vampiro. Para combater Lazarus, Jericho recebe a ajuda de Casidy (da organização Darkwatch). Agora que Jericho está amaldiçoado, existe somente uma esperança para ele: acompanhar Casidy até a sede da Darkwatch, para descobrir uma forma de livrar-se da maldição de Lazarus, além de se preparar para a missão de mandar Lazarus de volta para o mundo dos mortos!
Jogabilidade: o gameplay de Darkwatch utiliza todos os conceitos básicos dos First-Person Shooter, necessários para fazer um bom game do gênero. Com um dos analógicos você movimenta seu personagem e com o outro sua mira. Duas armas poderão ser levadas durante as missões, sendo que frequentemente outras armas serão encontradas em determinados locais (assim dando mais escolhas para os jogadores). Também é possivel utilizar ataques físicos em seus inimigos, que alias são realmente úteis para momentos de desespero (quando você é cercado, por exemplo). Apesar de apresentar diversos elementos familiares, Darkwatch começa a se diferenciar de seus "parentes" nos saltos. O game se estende para um conceito de exploração maior do que normalmente e visto em outros jogos do estilo, com caminhos encontrados em locais mais altos, que são alcançados com os pulos de vampiro do protagonista (que costumam ir tão longe que podem quase ser definidos como um vôo ao invés de um pulo). Além disso, existem algumas missões que ocorrem em um plano terceira pessoa, onde você deverá controlar o Cowboy montado em seu cavalo Shadow ou um tanque de guerra da Darkwatch (fato que sozinho já daria um destaque e um ar de inovação para o game). Existe também um comando muito importante: a visão de vampiro de Cross, que faz com que a tela fique vermelha por completo, destacando apenas os inimigos e as armas encontradas. Ela pode se fazer muito importante tanto para localizar novos armamentos (que as vezes ficam disfarçados pelo cenário) ou para encontrar inimigos que estão atirando em você de algum ponto estratégico (dificultando seu trabalho de achá-lo através da visão normal). Para completar, devo citar também a existência de algumas habilidades especiais que são adquiridas através das atitudes que você toma com as vitimas humanas. Se escolher as atitudes de crueldade (o caminho da mal), você irá adquirir habilidades normalmente de ataque. Se escolher as atitudes de bondade (o caminho do bem), você ganhará como recompensa habilidades mais voltadas à defesa. Faça suas escolhas e guie Jericho Cross no caminho que achar mais justo!
Pros: os gráficos são bons; as armas são sensacionais (apesar de não serem reais, foram bem desenvolvidas), além de muito variadas; as missões com perspectiva terceira pessoa dão uma cara única para o jogo; como todo o pistoleiro que se preze, de posse do revolver Redeemer, Cross poderá utilizar a técnica conhecida com "Fanning", que consiste em atirar rapidamente batendo no martelo do revolver (você com certeza já viu Clint Eastwood fazer isso em algum dos seus filmes). Sempre esperei isso em um game de Cowboys; os inimigos são bem variados e trazem seres de diversas culturas, indo de Cowboys zumbis até as sedutoras mensageiras da morte: as Banshees!
Contras: mirar com perfeição e se tornar um atirador de elite é uma missão quase impossível em Drakwatch. O game parece mesmo ter sido feito para combates sem muita estratégia (isso não inclui as missões de Sniper - que alias são raras - que foram desenvolvidas com o propósito de serem mais estratégicas). Isso ocorre especialmente pelo fato de que os inimigos movimentam-se demais. Por mais rápido que você seja no gatilho, Jericho parece não conseguir acompanhar a velocidade do game. A solução é atirar sem muita preocupação com a precisão dos tiros (ataques físicos também são uma boa saída sempre).
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Trailer:
Considerações Finais: Darkwatch talvez não seja a melhor opção para aqueles que gostam dos First-Person Shooter mais estratégicos, onde você pode usar táticas como se esconder, procurar locais onde você tenha vantagem sobre seus inimigos, etc. A ação de Darkwatch acontece muito rápido, nem mesmo dando tempo para você pensar em estratégias. Mas apesar disso (esquecendo comparações) o game é muito bom! Afinal, uma coisa ficou bem clara: a intenção de Darkwatch é justamente ser diferente, tanto em sua temática como em seu estilo de jogo. Se você gosta de filmes de Cowboys, vampiros, mortos-vivos e games First-Person, Darkwatch é uma excelente escolha (justamente por reunir todos os elementos citados em um único lugar). Quem diria que o clima vampiresco da Transilvania um dia chegaria ao Velho-Oeste Americano, não é mesmo? Deixem seus comentários! Nos vemos em minha próxima postagem!