Gênero: RPG
Plataforma: Playstation, PC
Ano de Lançamento: 1997
Produtora: Square
Revisão: com o lançamento dos seis primeiros títulos da série Final Fantasy a Square havia se tornado uma das grandes produtoras do mercado, especializando-se no gênero RPG, que ficara muito famoso. A sétima versão foi a primeira a ser produzida com gráficos 3D. Na equipe de produção permaneceram vários dos grandes nomes, como o genial Nobuo Uematsu na trilha sonora. Já o lendário Yoshitaka Amano foi substituído por Tetsuya Nomura, que já havia trabalhado em Final Fantasy V e VI. Final Fantasy VII marcou também a mudança de plataforma da Nintendo para a Sony. A causa seria a complexidade e as limitações do cartucho, utilizado tanto pelo Snes quanto pelo N64. Este fato seria muito importante pela enorme quantidade de RPGs de qualidade produzidos pela Square para o PSX. E isto só foi possível pelo sucesso impressionante alcançado pelo FFVII. Diferente dos primeiros títulos, Final Fantasy VII tem um cenário futurista e tecnológico mesclado com elementos medievais. O jogo começa na cidade de Midgar, um lugar sombrio dominado pela sinistra Companhia Shinra. Os eventos iniciais mostram a entrada de Cloud Strife, um ex-membro do time de elite da Companhia Shinra -Soldier-, no Avalanche, um grupo terrorista liderado por Barret Wallace, cujo objetivo é derrubar o presidente Shinra e restabelecer a ordem natural em Midgar, com o fim das industrias e da poluição causada por elas. O grupo se reúne no bar de Tifa Lockhart, chamado Seventh Heaven. Logo nas primeiras missões Cloud conhece a jovem florista Aeris, que terá importância fundamental para o jogo, assim como Sephiroth, ex-colega de Cloud no Soldier, um homem obcecado por sua mãe e suas origens, dado como morto após um incidente acontecido na vila de Nibelheim. Conforme o jogo avança entram para o grupo: Red XIII, um lobo/leão vermelho que servia de cobaia nas industrias Shinra; Yuffie Kisaragi, membro de uma família Ninja; Cait Sith, um felino muito esperto e trapaceiro; Vincent Valentine, um homem obscuro e misterioso; e Cid Highwind, um aviador cabeça quente. Com o decorrer do jogo Cloud descobre que há muito mais ameaças no mundo do que a Companhia Shinra e que boa parte das coisas que ele acredita são na verdade mentiras. O jogo tem um roteiro muito bom, com muitas reviravoltas, descobertas e revelações incomuns na maioria dos RPGs até então. É também inovador por permitir ao jogador andar em vários veículos, como naves, carros, submarinos e até nos Chocobos (que era o sonho de muita gente). Final Fantasy VII ficou famoso também por inaugurar as side quests, grandes jornadas fora do roteiro principal que tem por objetivo explicar um pouco melhor a história de algum personagem ou conseguir algum item muito precioso. Vale lembrar os jogos do cassino, a busca pelo Chocobo dourado, a caça pelo summon Knights of the Round Table e, claro, o confronto com os Weapons.
Jogabilidade: fora das batalhas, a movimentação do jogo acontece no padrão 3D. Durante as batalhas segue o mesmo padrão criado em Final Fantasy V, com a barra de ação que, quando cheia, permite atacar, usar magia, evocar um summon ou usar um item. A diferença é que quando o personagem está no estado "critical" é possível acessar, de modo aleatório, o Limit Break, uma sequência de ataques que causa um grande dano. Os níveis são ganhos da forma tradicional, no entanto eles não importam tanto para a força dos personagens. O que realmente interessa são as Materias, um tipo de pedra especial que garante determinados poderes. As verdes permitem magias (Fire, Thunder, Blizzard, Cure e por aí vai), as amarelas garantem ataques extras (bribe, steal, etc), as vermelhas evocam os summons (que funcionam mais ou menos da mesma forma desde FFIV, contando com Ifrit, Shiva, Ramuh, Bahamut, Knights of the Round, entre muitos outros), as azuis dão habilidades que devem ser associadas às outras (fazer as magias acertar todos os oponentes, dar um ataque final depois de morrer, entre outras coisas que são vitais para as táticas) e as roxas aumentam os atributos. As Materias ganham níveis baseadas em estrelas, de uma a cinco, o que determina o tipo de magia e a potência dos golpes que podem ser utilizadas. É nesta parte que os jogadores perderão boa parte de seu tempo, já que demora bastante para conseguir Materias especiais cinco estrelas.
Pros: este Final Fantasy é histórico, talvez até hoje o de maior sucesso e repercussão tanto entre os fãs quanto entre os críticos (talvez o FFX chegue perto). O que impressiona é justamente a história, como citado anteriormente, que seguramente deu um passo à frente em relação à complexidade dos RPGs, muito influenciando os que viriam depois. Fora isso, os cenários 3D são belíssimos, muito bem trabalhados e detalhados, ainda que os personagens, se vistos de perto, sejam um tanto esquisitos e desproporcionais. Os cinematics dão um show, com muitos detalhes que impressionam, especialmente se considerarmos o ano de produção. Não há classes no jogo, sendo que as habilidades de cada personagem variam de acordo com as Materias equipadas, permitindo que o jogador decida as táticas que quer utilizar, distribuindo as de ataque, magia ou summon para quem achar mais adequado. Os personagens são muito carismáticos, sendo todos importantes para o storyline. A trilha sonora é muito boa, isso aliás é uma marca de toda a série Final Fantasy. Os sidequests são muito divertidos e explicam melhor a história de alguns personagens. E para quem curte um desafio, os chefes opcionais, Ultimate Weapon, Emerald Weapon e, principalmente, Ruby Weapon, representam um grande desafio, havendo muitas táticas disponíveis para tentar vencê-los. Será necessário bem mais do apenas level alto, o que faz o deleite de sites e guias na web.
Contras: o sistema de Materias garante automonia mas também demanda tempo. Muito tempo. A busca pelo Chocobo dourado, obrigatória para conseguir a summon mais poderosa, Knights of the Round Table, e ter alguma chance contra os Weapons, leva muito tempo e sorte, fazendo com que muitas pessoas na época arrancasse os cabelos tentando cruzar os chocobos. Com tudo isso, você provavelmente quebrará o marcador do tempo (superando 99:59:59). Treinar os personagens também pode ser frustrante para quem gosta de todo mundo em um nível alto já que você controla oito ou nove personagens mas só três entram em batalha e ganham experiência.
Screenshots:
Trailer:
Considerações Finais: Final Fantasy VII é um dos RPGs mais famosos de todos os tempos e não é à toa. O jogo não comete nenhum grande erro, apresenta todas as características de um bom jogo, sendo todas as críticas negativas voltadas para questões mínimas. Trata-se de um jogo muito popular entre os fãs de RPG, sendo considerado por muitos o melhor já produzido. Justamente por isso ele foi o primeiro FF a ganhar uma continuação, o filme Final Fantasy VII: Advent Children, que conta os eventos após a batalha final do jogo. A segunda continuação é o game Final Fantasy VII: Dirge of Cerberus, voltado para o personagem Vincent Valentine. E por último foi lançado Final Fantasy Crisis Core, explicando melhor a história do personagem Zack, que pouco aparece mas tem grande importância no jogo. Esse sucesso fez com que ele fosse relançado para o sistema Windows em 1998 e para o PS3 através da Playstation Network em 2009. É um jogo clássico que continua conseguindo fãs por sua qualidade e importância na história dos RPGs.
Caraca FF VII '-'
ResponderExcluirEu não sei explicar muito bem, mas existe uma especie de mágica nesse jogo que comove as pessoas... Cada uma com uma coisa diferente do jogo. No meu caso foi com a personalidade em geral da Aeris (Aerith whatever).
Foi meu 1° Final Fantasy, já que só conheci mesmo RPGs quando peguei o PS1. Nesse tempo eu nem sabia de inglês direito, porém eu consegui concluir o jogo e re-joguei várias vezes.
A história de fato é aquela no meu estilo mesmo xD Abordando teorias fantasiadas a respeito de um mundo diferente e todo um contexto as colocando em jogo.
Esse jogo definitivamente marcou minha jornada de RPGs, e com certeza a de muita gente.
Queria só citar um ponto negativo que vi no jogo e não observei na review (claro que podes não ter posto por simplesmente discordar comigo xD). As magias nesse jogo são muito desprezadas. Você praticamente só ataca e usa magia pra se curar. Em algumas lutas você ainda usa um summom aqui ou ali, mas isso é bem mais frequente no final.
Nada que não mantenha impecavel sua review Edu :D
E aí, Time Keeper. Final Fantasy é um clássico mesmo, um dos meus RPGs favoritos do psx, com um baita roteiro. Foi o segundo que eu joguei, o primeiro foi o IX.
ExcluirSobre o contra que tu mencionou, acho super válido. Realmente as magias comuns não são tão úteis e mesmo os Summons, com o tempo, só se vai usar Knights of the Round. Isso na verdade é um problema que observo em todos os FF depois do SNES, sendo o auge no FFVIII onde as magias Fire, Blizard, Thunder e seus derivados são efetivamente inúteis. E no X elas também não são grande coisa, principalmente se você pretende matar os apelativos chefes opcionais. Acho que elas só são boas mesmo no IX, que foi tipo uma volta às origens.
Valeu pelo comentário e, como eu já te disse antes, fique à vontade para discordar, fazer colocações ou acrescentar coisas nas reviews. Isso torna as "conversas" interessantes, hehehe...
Abraço
É verdade :D
ResponderExcluirNa epoca era minha mãe que comprava os jogos pra mim xD Parece que eu ganhei de aniversário '-' mas infelizmente não lembro...
É verdade denovo '-' em muitos FF pode-se observar esse aspecto. Infelizmente dos antigos eu so joguei o I, II e VI D: Realmente no VI você apela nas magias xD
Agora achei bem legal no X pelo menos eles terem colocado uma grande importância nas magias negras no decorrer normal da história sabe? Legal aquele sistema que lembra o Breath of Fire IV.
Acho que não tenho mais nada a dizer XD
Me vem a cabeça aquela história do FF VII pra PS3. Acho que ia ser bem legal. Ia alegrar um pouco os fãs que parecem muito descontentes com o XIII e inclusive o MMO XIV não sei porque D:
Queria jogar pra saber porque acharam ruim.
FFVII é um grande jogo, mas até hoje não pude terminá-lo. Quando saiu para ps1 eu joguei bastante, até o segundo disco, mas daí estragou o Memory Card, perdi o animo de recomeçar...
ResponderExcluirNa minha humilde opinião todo o sucesso se deve ao carisma dos personagens, que são incríveis. Meu FF preferido do ps1 era o IX, que tem um sistema perfeito, e às quests do chocobo são viciantes, mas não há como negar que os personagens do VII transcendem seu próprio jogo...
Abraço.
Caramba... tu não é o primeiro que diz que prefere o IX. Na verdade eu também, teria falado dele primeiro inclusive, mas por livre e espontânea pressão de um certo moderador de blog comecei pelo VII, hehehe... zerei todos até o X-2, e o IX é meu segundo favorito (o X é o primeiro). Mas o VII é o mais lendário pela sua importância histórica e por ter aberto as portas para todos os grandes RPGs da Square no psx.
ExcluirSe tiver tempo recomeça (essa história de Memory Card apagar aconteceu muito comigo), esse jogo vale a pena. Mas tem que ter tempo meeeesmo...
Abraço e até a próxima