segunda-feira, 17 de outubro de 2011

VAGRANT STORY!

Escrito e editado por: Mr.Gameworld

Gênero: Action RPG
Plataforma: Playstation
Ano de Lançamento: 2000
Produtora: SquareSoft
Revisão: Vagrant Story foi mais um dos grandes RPGs lançados pela SquareSoft. Apresentando um sistema de combates completamente diferente do que tradicionalmente era visto, o game foi um dos últimos lançamentos no PSX, e foi produzido praticamente pela mesma equipe que havia produzido Final Fantasy Tactics (em 1997) e mais tarde produziria Final Fantasy XII (em 2006), todos apresentando o lendário trio Minagawa, Yoshida e Matsuno. A recepção ao lançamento foi variada, pois o game não ganhou exatamente muita fama, mas sim respeito por parte daqueles que conseguiram captar sua complexidade. Isso veremos mais adiante. O enredo do jogo se passa em Leá Monde (uma belíssima cidade, que no passado foi palco de catástrofes que desestabilizaram seus solos). Em meio a uma guerra baseada em interesses políticos e especialmente religiosos que ocorria no Reino de Valedia, o agente Ashley Riot da organização Valedian Knights Of Peace (VKP) é mandado em uma missão para investigar Sidney Losstarot (líder de um misterioso culto) e seu envolvimento com o Duque do Parlamento Valediano. Em meio a sua missão, Ashley se encontra com sua nova companheira, Callo Merlose, e descobre que os soldados do Cardinal também estavam atrás de Sidney (porem sem a aprovação dos VKP).  Ao encontrar seu alvo, Ashley é atacado por um Dragão Wyvern, invocado pelo próprio Sidney para garantir sua fuga. Após derrotar o inimigo, Ashley e Merlose partem para Leá Monde. Porem, Ashley decide seguir sozinho na missão de encontrar novamente Sidney. Através de uma assombrosa passagem subterrânea, o agente descobre que a perdida Leá Monde era um território envolvido por uma poderosa forma de magia negra. Agora Ashley deve sobreviver, para só assim, descobrir os planos de Sidney e todos os envolvidos em seu culto, e alem disso, desvendar os significados por trás de antigas memórias de um passado que o atormenta! Prepare-se para um dos melhores e mais desafiadores games de RPG! Recomendadíssimo pelo Mr.Gameworld!

Jogabilidade: em Vagrant Story não existem novas telas para os combates. Existe uma área de ataque, que varia conforme a arma que você está utilizando (crossbow, espadas, machados, etc). Se um inimigo estiver dentro da área de ataque você poderá acertá-lo em vários pontos de seu corpo (braços, pernas, tórax, cabeça, etc), sendo que um deles sempre será o ponto fraco. Cada inimigo tem um ponto fraco diferente, e é sempre importante descobri-los para levar as batalhas com mais facilidade. Alem dos ataques normais, existem também os combos, que ficam disponível conforme Ashley evolui. Os novos ataques aprendidos devem ser distribuídos nos botões do controle (através do menu Chain Abilities), formando assim uma possibilidade de Combo. Para executar os combos, basta acertar o tempo de apertar o próximo botão determinado na sequencia (o momento certo é indicado por uma exclamação em cima de Ashley), o que gerará um golpe seguido ao anterior. Os combos podem ser infinitos, pois enquanto você estiver acertando o tempo e executando os ataques, o inimigo não poderá se mover e nem atacar. Fora os combos, Ashley terá a sua deposição magias, tanto de ataque quando de suporte, e também as Break Arts (poderosos ataques que mudam conforme o tipo de arma que você esta utilizando). Todas as armas têm seus Status próprios, independentes dos Status de Ashley. As barras encontradas na tela dos Status das armas indicam sua efetividade contra as raças dos inimigos. Basicamente, quanto mais inimigos de uma determinada raça você matar, mais a efetividade contra essa raça irá subir, porem, normalmente baixando as demais. Para isso existem os Workshops, onde você pode adicionar atributos à suas armas e usar pedras mágicas para aumentar a efetividade contra alguma raça, além criar novas armas (com o uso de diversos acessórios que potencializam seus atributos), assim dando origem a armas com efetividades mais balanceadas. Durante os combates existe um sistema chamado RISK. Sempre que você atacar seu inimigo, a barra de RISK irá aumentar um pouco, e quanto maior o RISK estiver, mais dano o inimigo dará em você, assim como menos dano você dará nele! Existem basicamente duas formas de baixar o RISK: 1) guardando suas armas, saindo do Battle Mode, o que faz o RISK baixar e o HP/MP aumentar gradativamente. 2) usando itens específicos, adquiridos por meio de Drop dos inimigos ou encontrados em baús de itens, que costumam ser bem comuns. Sempre é importante administrar seu RISK, especialmente em combates contra chefes, onde qualquer ataque pode ser fatal (sem exageros, quis dizer fatais mesmo)! O uso de combos de uma maneira sábia pode ser a chave para a vitória!

Pros: excelentes gráficos, muito citados como um dos top do PSX, tendo praticamente fechado sua era com chave de ouro; o storyline é excelente, abordando uma serie de questões conspiratórias (além da grande exploração de temas do Ocultismo e Religiões Pagãs), que garantem uma grande imersão do jogador nas histórias mostradas ao longo das várias CutScenes, tudo isso com um clima próprio do game (que se mostra sempre obscuro, com um ar que o deixa até mesmo com um pé no Terror); jogabilidade inovadora, com batalhas estratégicas e exploração constante, contando ainda com a possibilidade de personalizar Ashley com diversos tipos de artes de combate e equipamentos; sistema de mapas muito bem produzido, com visualizações de fácil entendimento; uma enorme quantidade de inimigos e chefes estão presentes em Leá Monde. Todos os territórios (alias, muito diversos também, com ambientações marcadas sempre por gráficos sensacionais) estão lotados de inimigos diferentes, cada um com suas fraquezas, o que exige sempre táticas diversificadas; a trilha sonora é muito boa, normalmente composta de ruídos. Mas o ponto forte está mesmo nos temas de Boss Battles, que como se não fossem épicas por si só (afinal, quem jogou deve lembrar do quão incrível é enfrentar Dragões, Dullahans, Golens e outros seres mitológicos), se tornam ainda mais com canções tão bem compostas ao fundo!

Contras: aqui eu devo citar o motivo de alguns (isso não me inclui, de forma alguma!) não terem se empolgado muito com Vagrant Story. O sistema de RISK torna o game difícil, exigindo um nível de paciência elevado! Com o RISK alto, os danos se tornam baixíssimos, tornando as batalhas contra alguns chefes (especialmente) muito trabalhosas e demoradas, se você não tiver a total certeza do que está fazendo. Além disso, o sistema de armas é complicado, podendo gerar frustrações caso não se entenda que a lógica de uma arma poderosa é simples: quanto mais se usa, mais se tem poder! Sem entender esse principio básico, até mesmo a criação de armas pode se tornar uma decepção.

Screenshots:










Trailer:


Considerações Finais: Vagrant Story foi um excelente game, porem, pouco reconhecido. Talvez não exatamente pouco reconhecido, pois na verdade ele ganhou um número relativamente alto de fãs. Seria mais correto dizer que foi mal compreendido (tratando-se mais especificamente das massas Gamers). Eu particularmente o considero um dos melhores RPGs de PSX, assim como acredito que muito também. Entretanto, o clima de total desafio passado por alguns pontos que compõem o game, como os labirintos cheios de armadilhas e caminhos temporariamente sem volta e o sistema de RISK (especialmente), talvez tenham sido alguns fatores que afastaram alguns jogadores menos pacientes. Mas à esses, eu digo simplesmente algumas poucas palavras: tentem mais uma vez, deem mais uma chance à esse grandioso game da SquareSoft! Nada mais do que um pouco de estudo será necessário para você entender verdadeiramente como a aventura funciona, podendo assim somente curtir esse clássico, que ficou marcado para aqueles que assim como eu, o apreciam muito (em todos os quesitos de avaliação)! Não percam essa obra prima dos RPGs do Playstation, que sem dúvida é uma das melhores opções para qualquer fã do gênero (mesmo que desafios iniciais tenham de ser superados)! Um forte abraço à todos os leitores e até mais! Nos vemos por aqui, Game-Maníacos! 


13 comentários:

  1. Esse game me ocupou por muitas horas! Incrível, até hoje estou esperando uma sequencia! Era incrivel montar suas armas, descobrir as fraquezas dos inimigos e os combos dependiam somente de vc! recomeçar o jogo com todos os items mais akela tatuagem que abre as portas, nossa quanats lembranças, e já faz mais de 10 anos! Akele vilão andrógino lunático era muito irritante. Hoje também percebo que o design de FFXII lembra muito Vagrant Story.

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  2. Eu já tentei 2 vezes, mas sempre chegava um ponto em que mesmo com o RISK baixo eu causava 2, 3 de dano por porrada em chefes =( ...aí depois de conversar um pouco com um cara viciado em Vagrant Story, ele me deu algumas dicas sobre o que eu tava fazendo de errado e ainda pretendo jogar novamente alguma dia.

    Giovani J. S. - Provavelmente o design de FFXII lembra Vagrant Story pelo fato dos dois se passarem no mesmo mundo, Ivalice, que inclusive é o mesmo mundo também dos Final Fantasy Tactics, Tactics Advance e Tactics A2. A diferença entre eles se concentra tanto no enfoque (o Advance, o A2 e o FFXII são mais de fantasia enquanto Vagrant Story é mais sério e maduro) e também de cada um se situar em um período diferente da história de Ivalice.

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  3. O segredo está em ter uma arma bem balanciada, que tenha uma boa efetividade contra várias raças. Ou seja: é fundamental criar ou customizar suas armas nos Workshops. Eu adimito que utilizei uma espada bem do inicio quase até o final do game, apenas modificando-a um pouco (e deu certo, pois ela foi aumentando seus status e ficando boa contra todo o tipo de inimigo). Além disso criei uma besta e um machado, ambos muito fortes tambem. Mas o segredo está ai: criar/customizar suas armas e especialmente usa-las muito, pois isso é o que as torna boas armas!

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  4. Já em relação a Ivalice devo fazer uma correção: Vagrant Story tecnicamente não se passa em Ivalice, mas FF XII fez diversas citações aos locais da história de Vagrant Story, dando a entender que Vagrant Story tambem se passa em Ivalice. Porem, a real relação de Ivalice com Vagrant Story fica por conta de teorias, baseadas nas citações de FF XII. Vale lembrar que isso tudo se deve ao fato de que o pessoal da produção de Vagrant Story tambem esteve envolvido com FF XII, assim como em FF Tactics anos antes.

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  5. -
    Tá aí um jogo tipo: MOTHERFUCKERDRAGON!
    O sistema de combate, a história, os flashbacks nos momentos certos, muito show.

    Eu nunca soube usar os Workshop's por isso, virei o game com as armas que encontrava no caminho mesmo e seja o que Deus quiser. ASUKSAKUSUKSA!

    O 'Time' dos Combos é algo tanto essencial pra desabar um desafio em um turno só, quanto pode ser uma armadilha pra aumentar o RISK e o inimigo tirar 500 de você numa pancada só.
    Conselho: Pratique MUITO o sistema de combos ou nunca use. (;

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  6. Juão Lucas: ou estaja muito esperto para quando errar o time, dar um jeito de baixar o RISK imediatamente com itens.

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  7. Afinal, os inimigos tambem tem um intervalo entre seus ataques.

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. Vagrant Story *_______*
    Viciei e mt nesse jogo
    lembro que queria mt saber ate onde ia aquele rank do riskbreaker
    depois de mt tempo fiquei sabendo como pega a holy win mas não fui pegar =/ e eu queria mt a espada
    sobre a dificuldade do jogo..como o gameworld disse, é bom fazer modificações na arma..vc muda as gems para efetivar mais força sobre a raça em questão ou o elemento oposto
    prostasia, heracles e enchancing são otimos boosts..se não me engano ainda deve ter uma magia para diminuir defesa do oponente
    mas confesso q a coisa q mais usei no meu 1° gameplay foi aquela habilidade de devolver ao inimigo 30% do dano q ele me causou rsrsrs

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  10. Esse eu ainda não conhecia ^^
    Muito bom seu blog, aprendo cada vez mais e conheço muita coisa "nova"

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  11. O "nova" foi boa :)
    Mas é isso ae cara. Todos temos muito o que conhecer no mundo dos games. Eu mesmo estou aqui para aprender com os leitores. Mas enfim. Não deixe de jogar Vagrant Story! O jogo é incrivel e o Storyline é um dos melhores que eu já vi, cheio de politica, religião, etc! Abração Raul!

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  12. Particularmente eu adoro esse jogo e de fato ele tomou muitas e muitas horas da minha existência, mas creio que vale muito a pena jogar-lo, infelizmente eu não consegui todos os títulos dele faltando fazer uma sequência de 30 combo chain e conseguir matar dez mil de cada gênero de oponente...mas quem sabe um dia ainda chego lá!

    Um abraço da que vos fala... Enfadonha

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    1. Eu também adoro esse jogo. Como eu disse, um dos meus favoritos da era PSX. Não há duvidas de que esse é um dos grandes titulos de RPG, apesar de ser lembrado por poucos. Por isso concordo 100% com você: vale muito a pena jogá-lo! Só faltaram 2 titulos para você? Deve ter se dedicado realmente por muito tempo à esse game, não é mesmo? E com razão, pois realmente ele apresenta muitas possibilidades para os jogadores (nada como criar suas proprias armas e dar nomes à elas ainda!). Abraço! Volte sempre!

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