domingo, 26 de agosto de 2012

PERSONA 4!

Escrito por: Time Keeper
Postado por: Mr.Gameworld


Gênero: RPG
Plataforma: PS2, PS Vita
Ano de lançamento: 2009, 2012 (PS Vita)
Produtora: Shin Megami Tensei/Atlus


Revisão: Trago hoje a todos mais um RPG que mudou minha vida. Trata-se do Persona 4, que deu continuidade ao sucesso do revolucionário Persona 3. O gatilho para a história é bem parecido com o seu antecessor, trata-se de um estudante que foi transferido para outra escola, em outra cidade, desta vez por conta de um trabalho dos seus pais. Antes de tudo, o jogo lhe mostra uma cena dentro de um carro com um ilustre personagem chamado Igor, e sua assistente. Nesse lugar, ele faz uso de cartas de tarô para prever o futuro. Após essa cena e outras, você (já que o personagem principal da série foi feito mudo para melhor lhe representar) é acolhido em seu novo lar pelo seu tio, Ryotaro Dojima, que é um detetive da pacata cidade. Ao chegar à nova residência, você começa a assistir TV com sua prima, Nanako, por não ter muito que fazer. As notícias locais apontam um daqueles casos de fofoca, contando que o secretário do conselho da cidade, Taro Namatame, traiu sua esposa, Misuzu Hiragi, com uma repórter chamada Mayumi Yamano, e de repente Nanako muda de canal. Após ir descansar um pouco você terá um sonho, e detalhes dele serão expostos no jogo em si. No outro dia, a polícia encontra um corpo ao topo de uma antena, e o reconhecimento garante que é da repórter Mayumi Yamano, logo explodem investigações e suposições a respeito. Enquanto isso, você conhece um pouco sobre a cidade e a escola. No dia seguinte, após alguns eventos, você conhece a história do “midnight channel”, o qual é um canal de televisão que supostamente só funciona a meia noite, em um clima muito chuvoso. É dito que nele você consegue ver o amor da sua vida, e você em seu personagem decide ver se é verdade ou não. Em sua tentativa, algo mais acontece, mas isso fica para o jogo, porque já estou me estendendo demais aqui. Mas ficam as perguntas... Quem é Igor? Por que a polícia encontrou um corpo em uma antena? Quem matou Mayumi Yamano, e porque foi desse jeito? Essas são apenas as primeiras perguntas que virão, pois esse mistério garante horas e horas de excelente jogo. Vale lembrar que o game também ganhou um lançamento para o PS Vita, com alguns extras como: mais Personas, dois Social Links novos e a habilidade de escolher os Skills que serão herdados pelos Personas que você fundi.

Jogabilidade: Novamente, tens a ajuda das personas, assim como em Persona 3, e elas seguem os conformes do título antecessor, são manifestações das várias facetas do ego, podendo ser boas ou ruins, assim como é a realidade dual de cada ser humano. Infelizmente só o principal pode trocar de persona, mas o jogo explica o porquê. Os combates começam com um contato entre você e o inimigo, esse contato pode ser feito com uma espadada, gerando uma vantagem de um turno, ou pode ser feito corpo-a-corpo, gerando vantagem do inimigo, ou uma batalha normal. Durante os combates, que contam com no máximo 4 integrantes em seu grupo, é possível atacar ou usar os poderes das suas personas. O jogo explora bem as várias possibilidades que elas proporcionam, pois os inimigos têm fraquezas que geralmente são de elementos, e magias provem das personas. Ao atingir uma fraqueza do inimigo, você ganha uma vantagem para atacar novamente, além de deixar seu inimigo tonto. Nesse estado, ele pode receber outro golpe e piorar de vez, perdendo sua rodada para se recuperar, mas eles podem justamente fazer isso com você, pois seus ajudantes também têm suas fraquezas. Uma grande e pedida inovação comparada com o 3 foi a de fazer possível o controle dos seus amigos. As batalhas são bem animadas e empolgantes, contando com dublagens feitas de forma impecável, além de criativas. É aquele tipo de RPG que lhe deixa empolgado em chefes. Em outro campo, você poderá conhecer a fundo a história dos protagonistas do jogo, além das histórias dos seus amigos, e ainda também tens a oportunidade de conhecer o psicológico de cada um desses personagens citados de forma perfeita, porque o jogo conta com o sistema: Social Links. Como ele o jogo lhe da oportunidade experimentar uma vida social simulada, tendo a oportunidade de conhecer pessoas, ir a lugares passar tardes, namorar, estudar, assim como em Persona 3, mas com alguns adicionais, como trabalhar também. É importante estabelecer laços com diversas pessoas por que dessa forma você, em seu personagem, entende seus amigos, e isso lhe faz entender a personas que simpatizam com aquela pessoa, podendo então obter várias vantagens ao usá-las. Esse estilo é um casamento de características do role-playing com a de visual novels, sendo jogos onde você apenas conversa com personagens, a fim de conhecê-los, e criar laços, principalmente àqueles que vão além das amizades. Comparado ao 3, o jogo perdeu a possibilidade de sair a noite (sinceramente, até onde eu lembro), mas incluiu variações climáticas aos dias.

Prós: O jogo corrigiu uma grande falha do seu antecessor, ao deixar os parceiros do principal nas mãos do jogador. Se você morrer em combate, já era, mas a produção pensou nisso, viu que era cruel, e casou isso com os social links. Resultado: dependendo da sua amizade com seus companheiros, eles podem tomar golpes por você que poderiam lhe matar. Também posso citar o perfeito casamento das músicas com o jogo, com a inclusão do estilo j-pop em seu arsenal sonoro. Como citei, o jogo trabalha perfeitamente seus personagens mais importantes, contando suas histórias e revelando seus pensamentos ao principal, e isso mexe muito com o jogador (desde que ele leia, é claro).

Contras: O principal ainda assim causa game over se morrer. Senti uma falta de save points durante as dungeons, perdendo até horas de jogo com um descuido mínimo. Acontece que se você não atacar primeiro, pode ser seu fim antes mesmo de você fazer alguma coisa. Spells da ordem divina ou obscura exorcizam ou matam seus alvos com uma determinada chance. Suponha que você tem uma persona divina, com fraqueza contra dark, deixe um inimigo começar a luta e veja o resultado se ele castar mudo, ou mudoon no seu personagem principal. Agora pode dar seu ragequit caso estejas no final da sua dungeon sem ter salvo.

Screenshots: 











Trailer:


Considerações Finais: Esse jogo foi e é o RPG mais significativo da minha vida. Nunca mais eu tinha terminado um jogo 3 vezes seguidas, e fiz isso com esse jogo, sempre na mesma empolgação. Uma grande honra ter um espaço aqui no PCG para falar sobre ele (agradecimentos ao Mr.GW e ao Edu). Quando eu penso em momentos que realmente fui feliz, eu lembro imediatamente dos momentos que eu passava jogando justo esse jogo. Ele carrega não só uma história principal que lhe surpreenderá para sempre, mas várias outras que você leva pra sua vida facilmente. Por causa desse jogo e de outros grandes RPGs, posso dizer firmemente que jogos podem ensinar e muito. Esse título, pra mim, realmente é pretty cool.


7 comentários:

  1. Essa é uma dívida moral que eu tenho, hehehe. Conheci a Shin Mega Ten por Nocturne e logo gostei. Um jogo bom como um todo e com uma temática ousada (Deus é o vilão). Logo joguei Persona 3. Esse sim se tornou um dos meus favoritos, a incrível experiência de durante o dia ter uma vida normal de um estudante japonês, amizades, namoro e muita escola. Enquanto a noite, combate a demônios! Perfeito. Logo vi que tinha o 4, mas decidi voltar aos primeiros.

    Não sei se o amigo já jogou (acho que me disse que sim) mas o Persona 1 me impressionou bastante. Apesar do Dungeon final apelativo, achei o jogo muito interessante e até bem assustador. Já o 2 me decepcionou. Apesar da qualidade sonora/gráfica e detalhes melhorados, a história não me convenceu e os diálogos me entediaram um pouco. Queria ouvir a tua opinião, cara.

    Esse 4, pelo que tu escreveu, me pareceu o "3 ainda maior e melhor". É isso? Porque se for é difícil imaginar pela grande qualidade do primeiro, hehehe. A única coisa que me desagrada na série como um todo é o personagem mudo. Aliás, falando em Mudo, realmente me da arrepios pensar em estar com um persona Light e achar um demônio fdp que usa Mudo ou pior, Mudoon. São horas perdidas, e acho que isso vale pra TODOS os jogos da Shin Megaten. Bela review, cara, é sempre bom ler tuas reviews sobre RPGs, mesmo que nem sempre eu comente, na maioria das vezes por total ignorância, hehehe...

    Abraço

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    Respostas
    1. Engraçado que eu deixei de jogar o Notcurne por motivo algum xDDD Fui enfrentar o Matador, perdi uma vez..dai fui denovo, perdi mais uma vez, ai fui upar, só que nesse processo eu acabei deixando o jogo, sem nem tentar denovo depois de uns níveis a mais. Lembro que eu queria algo forte contra vento, ele usa muito mazan.
      O persona 3 é maravilhoso mesmo :D A inovação não foi rejeitada, mas sempre vão existir os caras que clamam para ver a série persona de volta ao foco dos tabus da humanidade, e nas seitas, assim como o resto da SMT.
      Estou voltando também :D Jogo Persona 2 - Innocent Sin agora.

      Pra que plataforma é o 1? Já pensei em procurar. Eu achei bem legal o Persona 2 - Eternal Punishment :D Mas depende do gosto de cada um mesmo. Infelizmente eu não pude aproveitar o jogo ao máximo, pois não sabia muito de inglês, e esse jogo exige demaaaais isso, agora estou adorando o Innocent Sin. A questão é que eu justamente gosto de ver as mensagens da SMT dentro dos jogos dela, além da história claro, que achei bem legal. O jogo foi até censurado e impedido de sair do Japão, pela temática dele, por isso existem 2 Personas 2. O Eternal Punishment não era o projeto original deles.

      Sabe..os caras realmente revisaram muitos pontos do 3 para melhorar no 4. A temática do jogo deixou aquele tema sombrio do 3, ai já não tem saídas a noite no 4, mas tem as mudanças do clima, que é o foco, no caso. O sistema Social Links foi melhorado, agora você pode ter amizades com os homens do grupo. Acho que a melhora mais significativa foi deixar os companheiro no manual, na hora do fight xD
      São umas melhoras, só que sinceramente eu não comparo os dois, porque ambos tem uma história incrível, e você se diverte muito tanto no 3 quanto no 4 xD
      Um amigo meu gosta, diz que ele pode imaginar melhor e pode dar seu toque final ao personagem principal. Eu preferiria que ele falasse também '-'
      Heeueheueheueheueheuehe XD Eu solto o controle e fecho os olhos xDDDDD Depois solto um palavrão xD
      Sem problemas xD E mals ai o comentexto xD

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    2. Comentexto? Muito boa! Pior que é uma tendência do pessoal daqui, hehehe...

      Cara, concordo que o Persona é um "SMT Light" na questão da temática. Mas nos demais fatores considero eles os melhores, justamente pela interação criada no 3 e aparentemente ampliado no 4.

      O 1 acho que é pro Snes (nenhuma certeza nisso) mas joguei a versão relançada pro psx. Fácil de achar, pelo que me lembro. Então são dois persona 2? E eu joguei o tosco, hehehe. Joguei o Eternal Punishment, achei os diálogos chatos como eu disse. Mas fiquei curioso por esse que tu me conta agora. Foi censurado por que? Engraçado isso.

      Bom, cara, parabéns pela review, ficou muito boa e passou bem a ideia do jogo. Tô com muita vontade de jogar. Vou considerar com carinho assim que terminar o Grandia do psx, o que no atual ritmo deve acontecer até o natal de 2014, hehehe... Abraço

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    3. Peguei de um amigo meu no Facebook xD
      Desde o Orkut que eu sou assim xD As vezes o povo me pede desculpas pelas mensagens longas e tal, sempre lembro de um cara que me mandou uma mensagem de 72 linhas, sem uma única quebra de linha ou paragrafação. Tenho até hoje o scrap no meu email xD

      Eu também gostei muito mesmo da inovação, e pra o foco incial da SMT a pessoa vê muitos títulos. Nocturne, Digital Devil Saga, Devil Summoner. Engraçado que eles gostam desses nomes xD Acho que sabes no nome de lançamento do Nocturne xD
      O sistema dos Social Links é muito bom mesmo, o jogo reune histórias dentro da história dele. Causa vários sentimentos nos jogadores, magnífico.

      Darei uma olhada no Persona 1 :D É bem viajoso o Eternal Punishment xD Ainda posso dizer que gostei :D O Innocent Sin não foi traduzido pela censura, mas uns hackers traduziram e lançaram um patch. 100% Traduzido D: Ficou ótimo.
      O jogo traz homossexualismo de forma oculta, e existe uma seita que quer reviver uma figura odiada pela humanidade. Se eu falar é spoiler xD Não sei se na época o homossexualismo já pesava, mas com certeza era visto de forma pior que hoje.

      Valeu :D Eurialto xD Já tava achando que ia ser like: semana que vem xD
      Cara, Grandia II ficou na minha cabeça depois que o vi na casa de um amigo. Joguei só o III, mas não foi "ooooooh que jogo". Só que achei o II bem chamativo.
      Abraz man :D Mais um comentexto.

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  2. Joguei apenas o Persona 2, achei o jogo um pouco pesado, no sentido maçante... lembro que oscorredores eram muito chatos e o último chefão era muito dificl, e não entendi direito a história... kkkkk. mas eu lembro que eu achava demais o jeito que eles gritavam "Persona" quando chamavam os ditos... isso foi lá em 99 ou 2000 não tenho certeza...

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    1. Vendo se eu tomo vergonha na cara pra jogar o Persona 2 Eternal Punishment denovo, pra ver se eu entendo a história xD Tenho certeza que é bom jogar o Innocent Sin 1° pra poder entender ao máximo a história do 2. Quando Tatsuya fica mensionando o "other side" "this side.." acho que ele se refere ao mundo do Innocent Sin, e ao do Eternal Punishment respectivamente. Jogue o Innocent Sin cara, é lindo *uuuuu*
      Random battles as vezes pega no pé mesmo..legal que as vezes da pra negociar com os inimigos, isso faz com que as batalhas tenham outro foco além do obvio. Precisa ver eles evocando em japa. Muito foda XD
      Valeu ai cara :D

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    2. Quando o Tatsuya falava sobre "other side" eu pensava que ele se referia ao Persona 1...

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