Gênero: Ação
Plataforma: Playstation 2, Xbox
Ano de Lançamento: 2005
Produtora: Pandemic Studios/Lucas Arts
Revisão: Mercenaries é um jogo de tiro em terceira pessoa lançado para PS2 e Xbox. O game segue a tendência dos jogos de ação da sexta geração, misturando tiro, perseguições de carro e missões de espionagem, tudo em uma exploração de mundo livre. Ambientado no mundo atual, mais precisamente na turbulenta Coreia do Norte, o jogo permite o controle de um entre 3 mercenários enviados ao país para "fazer o trabalho sujo" das Nações Unidas. Além da ONU, forças de potências locais também têm grande interesse na região, havendo facções de Coreia do Sul (aliada dos EUA), China e Rússia, sempre dispostos a contratar os serviços do personagem principal. Os três mercenários são: Jennifer Mui, inglesa de descendência chinesa, apresenta maior afinidade com chineses e é especialista em missões de espionagem; Chris Jacobs, americano, possui maior afinidade com a Coreia do Sul, sendo capaz de levar muito mais dano que seus colegas; e Mattias Nilsson, sueco, tem melhor afinidade com os russos e possui uma tendência natural por explosões e carnificina. O personagem escolhido não pode ser alterado ao longo do jogo e na verdade pouco muda no roteiro do jogo, apenas alguns diálogos com a facção preferencial. Pela história do jogo, após uma tentativa de coexistência pacífica com o governo do Sul (e talvez até reunificação), o presidente da Coreia do Norte Choi Kim é assassinado em um golpe de estado emcabeçado por seu filho, o General Choi Song. O país, já bastante empobrecido e devastado, fica à beira de um colapso, despertando atenção de grandes potências mundiais pelo interesse na região. O grande objetivo do grupo mercenário é capturar (vivos ou mortos) o Deck 52, os 52 membros mais procurados do novo governo norte coreano, cada um representado por uma carta do baralho, liderados pelo general Song, o Ás de Espadas, que agora ameaça o Sul com armas nucleares. Cumprindo as missões do jogo se ganha dinheiro e informações sobre os membros do deck, em sua maioria de captura opcional e localizados em pontos isolados no mapa, em florestas ou grandes abrigos militares. O jogo fez bastante sucesso pelo clima de guerra criado, competindo de perto com os grandes First Person Shooters neste aspecto, com ação a cada momento, além de muita exploração livre do cenário de um país destruído pela guerra.
Jogabilidade: à primeira vista é impossível não comparar Mercenaries com GTA da Rockstar North. No entanto, apesar do conceito de mundo livre, movimentação do personagem e dos carros, Mercenaries conseguiu ser bastante original. O personagem se move pela alavanca da esquerda, sendo que a da direita movimenta a mira, sempre ativa (similar ao que ocorre em The Punisher ou Star Wars Battlefront da própria Lucas Arts). O personagem pode portar apenas duas armas de cada vez (sendo que apenas existem armas de grande calibre), além de granadas. Qualquer veículo pode ser pilotado, sendo que enquanto se está dentro dele é possível transitar livremente pelo território das facções desde que não se cometa nenhuma medida ofensiva (destaque para Jennifer neste quesito). Quanto às facções, as Nações Unidas são sempre aliadas e se perde apoio dela ao atacar seus soldados ou civis. Os Norte-Coreanos são sempre inimigos, fato que não pode ser alterado. As demais (Coreia do Sul, China e Russia) possuem uma barra de confiança, que aumenta a cada vez que se realiza alguma missão para os grupos e diminui quando se realiza alguma missão que os prejudique. Isso torna necessário o perfeito balanço político entre as forças, já que para realizar todas as missões do jogo é necessário manter boas relações com todos os lados, o que nem sempre é fácil. O dinheiro ganho pode ser utilizado para comprar veículos (praticamente descartáveis em determinadas missões), suprimentos e ataques aéreos. Este último, consiste em chamar apoio tático para bombardear construções, muralhas inimigas, bunkers ou mesmo um pequeno batalhão concentrado em determinada área, o que aumenta muito as possibilidades de completar uma mesma missão, além de adicionar muita diversão ao jogo. Diferente de outros jogos de mundo livre, Mercenaries permite destruir boa parte do cenário, portanto casas, postes, torres de vigia, estátuas do General Song e até prédios militares podem ser postos abaixo usando armamento pesado. Quanto aos veículos, existem os civis (muito poucos) e os militares, com muitos tipos, variando desde os pequenos jeep, ideal para terrenos acidentados, até os tanques de pequeno, médio e grande porte, além de alguns helicópteros.
Pros: o jogo é absurdamente divertido para fãs de ação, mesmo sem muitos dos elementos que popularizaram este estilo mundo aberto. A qualquer momento seu personagem pode ser emboscado por um grupo aleatório de maior ou menor poder de fogo. As muitas opções de abordagem de cada missão, além do gigantesco extra de capturar todos os membros do Deck dos 52 garantem muitas horas de gameplay, além de diversão garantida em um futuro replay. Apesar de não haver grandes mudanças no roteiro, os três personagens são bastante diferentes, exigindo inclusive uma abordagem diferente na maneira de jogar (cauteloso com Jennifer, explosivo com Mattias), sendo possível conferir, após concluir o jogo, muitas roupas secretas para cada um. Além disso, o jogo é muito agradável graficamente, destaque para os belos cenários, especialmente no que se refere à vegetação.
Contras: Mercenaries é um jogo de ação puro, portanto tem um roteiro bem simples, o que pode desagradar alguns. A qualidade do som em geral não é boa e a trilha sonora é repetitiva, o que torna o "free roam" cansativo às vezes. Certas missões que necessitam camuflagem acabam entrando em conflito com os comandos do jogo, que não permitem opções básicas deste tipo como abaixar e se esconder atrás de objetos.
Screenshots:
Trailer:
Considerações Finais: quem curte bons jogos de ação não pode deixar de conferir Mercenaries. Mesmo quem nunca jogou, o game vale a pena hoje. Mesmo havendo jogos muito mais elaborados na nova geração, pouquíssimos conseguem passar tão bem a perspectiva de guerra como este, especialmente se estamos falando de terceira pessoa. Mesmo sem um grande roteiro, a história do jogo, de certa forma banalizando a atual política de guerra ao terror, o torna extremamente atual e até contestador. O grande sucesso do jogo gerou uma continuação, desta vez situada na Venezuela (em breve aqui), ainda mais polêmica. Na época de seu lançamento, o jogo chegou a ser proibido na Coreia do Sul por incitar o clima de rivalidade e guerra entre as nações. Enfim, polêmicas à parte, é um jogo muito divertido que merece atenção dos fãs. Ah sim, e como todo bom jogo da Lucas Arts, ele também tem uma "piadinha", sendo possível, através de códigos, tranformar o seu mercenário no Capitão Han Solo de Guerra nas Estrelas ou no Dr. Henry Jones Jr. de Indiana Jones.
Parece um bom jogo :D Não jogo muito esse estilo, mas vejo seu diferencial, principalmente nos bons motivos para um replay.
ResponderExcluirCara...Eu fui assistir aquele Batman novo (The Dark Knight Rises), que recomendo muito, pois é bom, e vi um trailer antes. Tratava-se de um filme que retratava uma temática parecidíssima com a desse jogo, só que eram mais mais pessoas no grupo. E o nome do filme? Expendables 2 (traduziram para: Mercenários 2). Tem ligação??
O filme que tu te refere é aquele com o Stallone, que tem uma cacetada de ator antigo desses filmes de ação, né? A temática é sensivelmente parecida, mas não tem nada a ver não. Ainda que quem curtir esse jogo tem boas chances de gostar do filme e vice-versa, hehehe...
ExcluirAbraço
Acho que é xD Eu tenho certeza que quem vai participar do elenco é Chuck Norris xDDDDDDDD O povo já ta soltando as piadas.
ExcluirEntendo xD
Valeu ai o/