Gênero: Survival Horror
Plataforma: Playstation 2, Xbox, PC, Playstation 3 e XBox360 (HD Collection)
Ano de Lançamento: 2001, 2012 (HD)
Produtora: Konami
Revisão: Seguindo o clima de terror da postagem anterior sobre as Cidades Fantasmas (quem não viu, confira!), damos continuidade com a nossa sessão Silent Hill. Dois anos após o sucesso de Silent Hill 1 (clique no nome para checar o post anterior), a Konami decidiu produzir o segundo jogo da série. No entanto, contrariando o que muitos imaginavam, Silent Hill 2 não se tratava de uma continuação direta do primeiro jogo. Ele se mantinha fiel na questão da jogabilidade e da exploração da cidade, além do fato de permanecer à sombra da religião antiga da cidade (a qual pertenciam alguns personagens do 1), mas de resto não há grandes citações aos eventos de SH1. A história começa quando James Sunderland recebe uma carta de sua esposa Mary dizendo que estava a sua espera no seu "lugar especial" em Silent Hill. No entanto, Mary havia falecido há 3 anos por uma doença pulmonar incurável. James parte para Silent Hill não sabendo direito o que estava procurando. Sua ideia inicial seria o parque ao sul do lago Toluca, onde haviam passado uma agradável tarde antes de Mary adoecer. No entanto, ao chegar em Silent Hill, James se depara com uma cidade muito diferente, cheia de caminhos bloqueados, com uma inexplicável névoa, e virtualmente abandonada, a não ser por Angela Orosco, uma conturbada mulher que veio para a cidade em busca de sua mãe. Conforme vai avançando, James encontra outros personagens como Eddie, flagrado em uma cena de assassinato mas jurando inocência; Laura, uma menina que parece conhecer Mary e não gostar de James, ainda que ele não se lembre dela; e Maria, uma mulher muito parecida com a falecida Mary, a não ser pelo cabelo e visual provocante. Não demora a aparecer monstros pela cidade, entre eles o Pyramid Head, uma figura humanóide muito forte, armado com uma lança e com um elmo em forma de pirâmide. Este apresenta atitude violenta em relação a outros monstros, matando e violentando muitos deles e parece ter por missão torturar e atormentar James. Durante sua jornada em busca da esposa, James descobre o lado mais escuro de sua mente. O jogo possui três finais principais, sendo que não há um final "bom". Tudo depende do seu ponto de vista, da mesma forma que nenhum deles é oficial. O que torna o jogo interessante é que o final não é determinado por uma ação (salvar alguém em determinado ponto, usar ou pegar um item como no primeiro). O que determina o final é a maneira como o jogador controla seu personagem, suas preocupações principais, as mensagens subliminares presentes em pontos opcionais, entre alguns outros fatores.
Jogabilidade: o jogo permite escolher a forma como quer mover seu personagem, seja no "estilo terror psx" (como no Silent Hill 1), seja no estilo livre, mais popular entre os jogos de ps2. James é muito rápido tanto para correr quanto para golpear seus inimigos, de modo que as armas branças são novamente bem úteis. Mas diferente do 1 elas não devem ser a principal arma, já que se ganha muita munição neste jogo, que seguramente é o mais fácil de todos os Silent Hill. Além disso, James raramente se cansa de correr e logo recupera o fôlego, diferente de Harry no 1. Todas as armas ficam no inventário, assim como os documentos. Todos podem ser acessados e analisados a qualquer momento, sendo esta uma das chaves para os finais. As habilidades de James tornam o jogo relativamente simples, de modo que o maior desafio fica mesmo por conta dos enigmas.O jogo possui ainda um minigame protagonizado por um importante personagem do jogo, estando indicado apenas após completar o jogo (risco de spoiler!).
Pros: o clima de terror é tão evidente quanto no 1, todos os elementos estão presentes de novo, a névoa, os sons e os montros perturbadores. No entanto, o jogo maximiza o chamado terror psicológico. A ideia de perseguir a esposa falecida, a interação com os problemas e traumas dos outros personagens, a exploração da Sociedade Secreta de Silent Hill (que revela bastante sobre o passado na cidade), enfim, tudo contribui para um clima muito pesado e perturbador. Os gráficos são brilhantes, contribuindo bastante para o clima sombrio do jogo. As cinematics são muito bem trabalhadas e chocantes. Todos os monstros que aparecem no jogo tem alguma explicação para aparecer e alguma relação com a história dos personagens principais. Isso tudo nem sempre fica claro, sendo que a cada vez que se joga algo novo é percebido, alguma mensagem subliminar é encontrada ou a origem de algum monstro é descoberta. Os enigmas do jogo são muito bem elaborados, sendo necessário muito raciocínio, porém de uma forma mais balanceada que no primeiro. A trilha sonora (Akira Yamaoka novamente) é sensacional e pontual, uma das melhores já feitas, contribuindo para o clima do jogo e para a dramaticidade das cenas. O minigame extra é divertido e explica melhor a história de um imporante personagem do jogo que agradou muita gente. Por último, os finais do jogo são completamente diferentes e muito coerentes com a posição do jogador ao longo do game.
Contras: algumas pessoas se decepcionaram na época esperando uma continuação para a história do primeiro jogo, o que viria apenas mais adiante. Ele é realmente fácil pela ampla quatidade de munição e itens de cura encontrados, não recomendado para jogadores que procuram desafios. O jogo é composto por uma série de enigmas, sendo que o jogador ficará algum tempo neles, ainda que sejam consideravelmente mais fáceis que os do 1 (na minha opinião pelo menos).
Screenshots:
Trailer:
Considerações Finais: Peço aos amigos que leram a review que não deixem de assistir ao trailer acima, ele dá uma boa ideia da complexidade e psicodelia do jogo. Silent Hill 2 é um dos melhores jogos de terror já produzidos, pelo seu roteiro e personagens muito bem elaborados, mas principalmente pelas revelações e mensagens subliminares feitas ao longo do jogo. Não importando qual ending for feito, o final do jogo será surpreendente e perturbador. A trilogia original de Silent Hill é o que de melhor existe na série, que parece perder o fôlego a cada jogo criado. Mesmo apresentando algumas qualidades, os novos Silent Hill não conseguem reproduzir o clima único de terror presente nos primeiros, o que explica o fato de estes jogos estarem no topo da lista de Survival favorito de muita gente. Quem curte jogos de terror e ainda não jogou este jogo terá uma experiência única que certamente se lembrará por um bom tempo. Altamente recomendado! Abraço e bons pesadelos!
Como poderia descrever essa review? Ela ficou mais do que excelente! Seria impossível tentar explicar tudo que se passou dentro de mim durante essa leitura. Tu sabe muito bem tudo que penso sobre esse game, pois zeramos ele juntos algumas vezes (a propósito, o trecho "O minigame extra é divertido e explica melhor a história de um importante personagem do jogo que agradou muita gente" por acaso foi pra mim XD HEhehheheheheh. Shhhhhhhhhh... melhor não comentar nada pra evitar Spoilers). Não tenho medo de dizer que esse é o melhor Silent Hill em minha opinião, apesar de não ser meu favorito (acho que tu entende o que eu quero dizer. Nem sempre o favorito é o melhor, e vice-versa. As vezes os favoritos podem ser favoritos por algum motivo em especial). E o mais estranho é que esse game me perturbou tanto, por um motivo muito especifico, que eu tento manter distancia dele, mesmo o adorando. Simplesmente uma das obras mais geniais do terror nos games. E sua review ficou excelente, mostrando uma grande preocupação em não deixar escapar os detalhes que o fazem um jogo tão genial assim (e o vídeo do trailer... me fez ter arrepios. Uma bela escolha, sem duvida. Cenas que podem não dizer nada para quem não jogou, mas que fazem quem jogou sentir o que esse game representa)! Parabéns cara! E para a frase "Abraço e bons pesadelos!", eu só tenho uma palavra: GENIO! XD HAhHAhHAhHAhHAhHAhHAH! Abraço véi! Nos falamos logo mais!
ResponderExcluirValeu, Mr. Gameworld. O comentário sobre o minigame foi meio pra ti mesmo, hehehe... mas tenho certeza que muita gente concorda contigo.
ResponderExcluirSilent Hill 2 foi um jogo dificil de falar justamente porque ele passa um clima muito pesado, talvez mais do que as outras versões. Realmente não é um jogo para ser jogado todos os dias, hehehe. Afinal as revelações finais não acabam apenas com o dia mas com toda a semana do cara quando ele zera o jogo.
E o trailer dá bem esse clima pesado, além de salientar a qualidade das músicas, afinal é minha OST favorita conforme diz o perfil.
Abraço e valeu pelo comentário
Eu acho que vi esse Silent Hill na casa de um amigo, mas não sei se era esse ou o 3. Enfim, eu tava prestando atenção aos desenvolvimento dos personagens na review, realmente são bastante interessantes e intrigantes.
ResponderExcluirQuanto as munições, ter muitas realmente torna o jogo fácil, mas eu não gosto de um survival horror tipo Haunting Ground onde você só pode fugir D: Alguma forma de contra atacar é necessária pra mim.
Ótima review Edu:D
Sim...JB vem do resto do seu nome?
Demorei anos para responder por um problema interno, desculpe.
ResponderExcluirSeguinte: o desenvolvimento desse jogo é sensacional. É o meu survival favorito até hoje (e olha que já tenho certa experiência no assunto), então esse eu recomendo com veemência.
E ele ser fácil eu acho até bom. Pra mim o desafio dos survival tem que ser no raciocínio, não na habilidade motora. Deixa isso pra Devil May Cry. Aliás, a facilidade do jogo tem explicação no roteiro inclusive... paro por aqui para não dar spoiler.
E JB não é o resto meu nome. Meu sobrenome é bem comum, por isso tenho que inventar na hora de criar e-mails. E jb é uma série de agentes mega-fodásticos do mundo, destaque para James Bond, Jack Baristow, Jason Bourne e, claro, Jack Bauer (lembra meu primeiro post, 24: The Game?). Enfim. Eu sei, meio retardado, mas se eu dissesse o meu e-mal anterior... aí sim tu ia ver o que é ser retardado, hehehe...
Abração.