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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

FATAL FRAME II: CRIMSON BUTTERFLY!

Escrito e editado por: Mr.Gameworld

Gênero: Survival Horror
Plataforma: Playstation 2, XBox
Ano de Lançamento: 2003 (PS2), 2004 (XBox)
Produtora: Tecmo

Revisão: mesmo que Fatal Frame (clique para ler minha review) não tenha alcançado um sucesso gigantesco entre as massas como outros games de seu gênero, ele teve sua merecida fama, marcando para sempre a história do terror nos videogames, como um dos games mais perturbadores de sua geração. Agora, imagine isso elevado a níveis ainda mais extremos! Isso é justamente o conceito que a Tecmo decidiu trazer em seu segundo lançamento: Fatal Frame II: Crimson Butterfly, inicialmente lançado para Playstation 2, mais tarde ganhando também uma versão para XBox (em 2004). Por muitos fãs da serie, esse é considerado o mais complexo dos quatro games lançados até o presente momento (e também o preferido), especialmente por conta dos detalhes de seu enredo que vai bem além do que é evidente, se aprofundando em detalhes que trazem ainda mais perturbação para a obra, que conta com histórias macabras (todas conhecidas da maneira à não deixar a desejar). Pois paremos de papo e vamos ao de costume, para conhecer a fundo tudo sobre esse excelente título: o game se inicia com as irmãs gêmeas Mio e Mayu revisitando uma floresta onde costumavam brincar quando eram crianças. De repente, uma misteriosa borboleta carmesim surge em meio às arvores, atraindo a atenção de Mayu, que começa a segui-la (aparentemente fascinada pelo estranho ser). Preocupada com sua irmã que se afastava para longe, Mio decide ir atrás dela, até que em certo ponto da floresta, a noite cai sem nenhum aviso. As gêmeas então chegam à um vilarejo abandonado, onde se encontravam assombrações aparentemente inconsoladas com algo de muito terrível que havia ocorrido no passado daquele local. Ao entrarem em uma das casas, as garotas são trancadas por uma força maligna, vinda do espírito de alguém que algo tinha a dizer. A partir desse momento, você assumirá o controle de Mio para descobrir o que de fato ocorreu no vilarejo há anos atrás (além do destino das duas gêmeas, que foram trazidas até o vilarejo por um motivo em especial!). E tudo isso você descobrirá por conta própria, jogando esse excelente game que potencializou o que já havia de sensacional em seu antecessor, dando origem a um dos mais perturbadores games de sua geração (altamente recomendado!). Não acredita? Então venha comigo ler mais sobre ele!

Jogabilidade: a lógica da jogabilidade de Crimson Butterfly segue a mesma de seu antecessor. Você estará equipado com a Câmera Obscura (sua única arma) que quando ativada, abre uma visão em primeira pessoa. Assim como no game anterior, também há alguns Upgrades importantes para aumentar os atributos básicos de sua câmera, como o dano, a precisão, a sensibilidade, etc (todos eles serão feitos com os pontos que você adquire fotografando fantasmas inimigos e/ou inofensivos). Você também encontrará alguns itens ao longo do game que servem como Upgrades automáticos, dando capacidades extras para sua câmera que podem ser equipadas pelo menu como, por exemplo, parar ou retardar os movimentos dos fantasmas por um certo tempo (tais ataques são utilizados com o uso do botão Triângulo). A grande alteração de Fatal Frame 2 ficou por conta de uma maior exigência quanto ao Shutter Moment, o momento exato de atacar o fantasma, que normalmente ocorre quando ele está atacando você. O fato é que aqui você não terá grandes chances de atacar de longe, sendo que os danos serão bem baixos, representando um desperdício quase total de uma oportunidade de ataque . O foco da Câmera Obscura é bem mais curto, e os Kanjis que indicam danos altíssimos (que surgem conforme o tempo que você mantém a câmera focada na assombração) só irão realmente aumentar se você estiver muito próximo de seu inimigo, pelo menos até começar a aumentar o Level de Range e Sensibility. Isso faz com que você seja praticamente obrigado a se profissionalizar no uso do Zero Shot (disparo no momento do ataque do inimigo), Core Shot (mesma lógica do Zero Shot, porém com o foco exatamente no centro da mira, o que causa maiores danos) e o poderosíssimo Fatal Frame (o disparo mais eficiente do game, que deve ser executado no último segundo do ataque de seu inimigo). O Fatal Frame, alias, será sua salvação contra algumas assombrações realmente difíceis, pois ele dá a você a possibilidade de acertar um combo de até 3 disparos devastadores! Ao longo do jogo você encontrará um item que serve para indicar o momento exato do Fatal Frame, acendendo uma luz no topo da tela da câmera. Agora que o básico já foi explicado, cabe a você acostumar-se com o sistema de Gameplay, que apesar de algumas alterações, não chegou a mudar muito em relação ao Fatal Frame original, garantindo uma adaptação bem rápida para quem o jogou anteriormente..

Pros: gráficos excelentes, ainda melhores que os do primeiro game (que já tinha gráficos excelentes); o clima extremamente tenso já presenciado antes está ainda mais forte aqui. As aparições são constantes (tanto inimigas quanto as inofensivas) e o ambiente ajuda a aumentar o ar sombrio do game, intercalando entre cavernas, florestas e os templos e casas do vilarejo perdido; a tradicional trilha sonora da série, composta por ruídos, continua cumprindo com perfeição seu papel (aumentar ainda mais a tensão no Gameplay), com sons assustadores que fazem você avançar pelos cenários sempre desconfiado de algo;  o enredo é complexo e profundo, além de muito bem explorado, surpreendendo aqueles que achavam que o segundo game seria mais do mesmo. Digo, alias, que ele me prendeu como poucos games conseguiram. Praticamente todos os fantasmas deixam pedras que contém suas memórias, que podem ser ouvidas em um rádio sobrenatural (fazendo com que você possa entender melhor a causa de suas mortes). Além disso, muitas das assombrações têm trechos enormes do game quase que somente para contar suas histórias, sempre chocantes e macabras. Com tudo isso, praticamente nenhum fantasma parece estar deslocado no Storyline, pois a grande maioria deles tem um excelente motivo para estar vagando pelo vilarejo (ou seja: um enredo que como um todo foi produzido de maneira muito detalhada); ainda que tenha suas complicações (leia em contras), a jogabilidade ficou boa, seguindo os passos do seu antecessor, com bons Upgrades e possibilidades nos combates.

Contras: para os jogadores que tiveram dificuldades para se adaptar aos comandos de Fatal Frame, o contra de Crimson Butterfly poderá ser a forte exigência em relação ao Shutter Moment. Será praticamente impossível e completamente inútil atirar tentando se distanciar de seu inimigo (tática comum para os demais games da franquia). Muito pelo contrário: você deverá se manter próximo, para garantir os Fatal Frames, Core Shots e Zero Shots. Por sorte, são poucos os fantasmas que tem um padrão de ataque imprevisível (como movimentos aéreos ou mergulhos em sua direção). Boa parte deles segue uma lógica de se aproximar e tentar agarrar Mio. Porem, não os subestime... especialmente se estivermos falando dos fantasmas que desaparecem com frequência ou dos de baixa estatura (você vai entender o porque de não subestimá-los assim que ver de quais estou falando...).

Screenshots:











Trailer:


Considerações Finais: Ainda que eu tenha quase certeza de que essa será uma declaração um tanto quanto polêmica, devo deixar o relato de que esse possivelmente tenha sido o game mais perturbador que já joguei. Todos os conceitos que já faziam um excelente trabalho no título anterior, foram trazidos de forma ainda mais peculiar para a criação de Crimson Butterfly, que garantiu à seus jogadores uma aventura onde nenhum (ou quase nenhum) de seus inimigos foi colocado no jogo por nada. Algo que realmente chama a atenção e ajuda muito a garantir esse clima de total perturbação e desconforto, pois conhecer as histórias inicialmente ocultas das assombrações que se encontram em seu caminho, foi algo muito bem pensado! Concordar com os muitos que tem esse como Fatal Frame preferido é complicado para mim (pois a produção de The Tormented não deixou a desejar em absolutamente nada também). Mas digo que esse foi sim o mais profundo entre eles. Um belo enredo, que se desenrola de forma a surpreender o jogador após a descoberta de alguns fatos chocantes desvendados através dos diversos documentos encontrados no vilarejo. Um dos melhores games que passaram pela minha vida, altamente recomendado à todos aqueles que desejam jogar um excelente Survival Horror, surpreendente por sua qualidade geral (jogabilidade, gráficos, sons, etc) e pela riqueza de sua historia, muito bem apresentada! Em minha modesta opinião, uma obra prima que praticamente alcançou a perfeição dentro de suas propostas! Assustador! Não deixe de jogar... evidentemente, de luzes apagadas! Nos vemos em minha próxima postagem! E não esqueça de ler minha review do primeiro game, Fatal Frame (basta clicar e você já estará na página)! Muito obrigado a todos os leitores e até mais!


4 comentários:

  1. Depois de um tempo sem comentar, enfim apareço pra esse que me assombrou literalmente. SAUHUHSAUHSA
    Não sou um grande fã de Survival Horror e joguei bem poucos. Num misto de sorte e azar - já que esse é cabuloso mesmo -, este foi o primeiro Fatal Frame que joguei, além de ter sido o primeiro do gênero que joguei em tempos. Nem preciso dizer que passei momentos de aflição com esse e rapidamente me veio aquele pensamento singelo: "PQP, CARA***, POAR, por que eu fui comprar isso?"
    Passado um tempinho inicial, me acostumei ao clima sombrio e angustiante. De início achei a jogabilidade um tanto ruim, mas rapidamente me acostumei também e logo fui apreciando cada vez mais o jogo que realmente é uma bela obra do horror. Tive altos sustos em alguns momentos, outros de aflição, mas tudo valeu a pena. Os gráficos são ótimos mesmo e o clima do jogo te envolve, assim como o enredo que vai se desenrolando. Ainda mais com as memórias dos fantasmas. Apesar de toda a apreensão que passei em alguns momentos, consegui finalizar o game. Só não tentei uma segunda vez. XD
    Tensão pura, mas o jogo é realmente muito bom, até eu que não sou tão chegado ao gênero curti. E a belíssima música ao final do jogo é um belo prêmio também pra ir até o fim, ao menos eu achei. SUHUHSA
    Além do fato que eu estava jogando esse na época que consegui ser dispensado do Tiro de Guerra da minha cidade, então me trouxe boa sorte hahaha.

    Meio fora do tema do jogo, mas curiosamente nesse fds comecei a ver um anime de terror e suspense. Pouco depois minha amiga resolveu falar de um jogo que tem assustado muita gente, o tal do Slender Man - sendo que ela nunca fala de coisas de terror e eu nem comentei do anime -, depois acabei achando um Doom 3 por um bom preço e comprei pro meu Xbox e dá pra ter uns sustos bons na escuridão dele. Ai depois me vem o Mr.GW com uma review de Fatal Frame. Que coincidências aterrorizantes, todas num intervalo de tempo tão baixo, já vi que o terror está me perseguindo esses dias. SAUHUHSAUHSA

    Parabéns pela review, como sempre, abração o/

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    1. Opa, e ai JL Neos! Quanto tempo cara! Como vão as coisas? Bom te ver por aqui novamente. Pois bem: vejo pelo teu comentário (corrija-me se estiver errado) que tu passou por um processo natural com Fatal Frame, tendo de superar uma certa dificuldade inicial na jogabilidade para somente depois começar a aproveitar o game mesmo, não é? Comigo isso aconteceu com o primeiro game, que joguei antes (alias, o 2 foi o último que zerei, então, já estava muito bem acostumado). Mas essa dificuldade de maneira alguma é problema de jogabilidade, pois na verdade vem do fato desses games apresentarem conceitos totalmente novos, fugindo completamente do que vem em nossas mentes quando ouvimos ou lemos as palavras "Survival Horror". Hoje, sou um cara muito suspeito para falar de Fatal Frame (to brincando XD heheheheh. Sabe que o profissionalismo sempre estará acima de tudo), pois hoje essa franquia fica empatada com Resident Evil para mim. Apenas meu gosto, evidentemente, pois muitos preferem Silent Hill ou outra talvez. Mas o fato é que esse game é sensacional! Após pegar o jeito da jogabilidade, o game só vai, com um clima de tensão e perturbação que eu realmente não encontrei em nenhum outro game que joguei até hoje (talvez em The Tormented, o terceiro Fatal Frame). E isso, em minha opinião, o torna um dos games mais bem produzidos de seu gênero, pois não precisa fazer nenhum esforço, nenhuma grande apelação para lhe assustar de verdade, tudo ocorre ao natural (com o belo enredo contribuindo para isso tudo, evidentemente). E o que pode ser melhor em um Survival Horror? Um game que vale a pena para todos que são ligados em games de terror, ou mesmo para quem não é muito chegado. Afinal, falamos aqui de um jogo muito peculiar, e que envolve um tema pouco convencional também, pouco explorado em sua geração! Um forte abraço pra ti JL Neos! Volte sempre que quiser, pois sabes que é de casa!

      P.S.: Logo logo, em uma semana muito especial ainda nesse mês (se tu é ligado em datas macabras, já deve imaginar do que estou falando), teremos muitos outros games de terror por aqui! Nos aguarde! MUAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! Abração o/

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  2. Olá, pessoal, essa série é incrível, uma dakelas lacunas que eu tenho em minha vida de gamer... coloco Fatal frame lado a lado com Haunting Ground, Rule of Rose e Clock Tower 3 (os 2 primeiros CC eu terminei) na minha estante mental de games que preciso jogar... Ótimo texto, deu vontade de jogar o primeiro FF. Abraço

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    1. Todos que tu citou são games incriveis: Fatal Frame não preciso nem dizer mais nada (pelo menos por hora), Haunting Ground um dos meus games favoritos de todos os tempos. Já Rule Of Rose é uma divida, pois tenho que zerar ele ainda, mas já achei ele muito interessante logo de inicio! Já o Clock Tower 3, admito que não me chama a atenção... mas enfim: quando tu puder, jogue todos os Fatal Frame cara. Todos são muito bons, e garantem satisfação total para quem curte Survival Horrors! Abraço Giovani! Até mais o/

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