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domingo, 16 de setembro de 2012

SILENT HILL 4: THE ROOM!

Escrito e editado por: Edu-jb

Gênero: Survival Horror
Plataforma: Playstation 2, PC
Ano de Lançamento: 2004
Produtora: Konami
Revisão: o quarto jogo da série Silent Hill chegou ao mercado com uma proposta diferente de seus antecessores. Permanecia, claro, o clima perturbador típico da série, mas diversas características foram alteradas. Talvez a principal delas tenha sido o cenário. Os eventos de The Room ocorrem principalmente em Ashfield, uma cidade vizinha a Silent Hill. A história começa relatando a feliz chegada de Henry Townshend a seu novo apartamento. No entanto, três dias após a mudança Henry não foi capaz de deixar sua casa, ficando incomunicável com o mundo externo. Sua única pista é uma mensagem na porta escrito "Não saia. Walter". Além disso, apresentava pesadelos recorrentes sobre monstros saindo de suas paredes. Henry estava a um passo de perder a sanidade quando um misterioso buraco surge em seu banheiro. Sem nada a perder, Henry entra neste e misteriosamente sai no Metrô próximo a seu prédio. Lá encontra a provocante Cynthia Velásquez, que aparentemente acredita que tudo não passa de um pesadelo. Os dois começam então a procurar uma maneira de escapar do metrô enquanto são atacados por bizarras criaturas. No entanto, após uma pausa no banheiro os dois acabam se separando (que tipo de cara respeita restrições como banheiro feminino numa situação dessas??). Após muita procura ele a encontra agonizando em uma sala após ser esfaqueada, com o número 16121 marcado no peito. Henry  se vê no meio de um misterioso ritual que envolve assassinatos em série e sacrifício humano. A busca por respostas, sua única chance de sobreviver neste terrível mundo, o leva às pesquisas de Joseph Schreiber, o antigo morador do quarto 302, local que parece estar intimamente ligado ao culto macabro. Com o tempo todo o prédio acaba envolvido, especialmente o explosivo Richard Braintree, o zelador Frank Sunderland (que supostamente seria o pai de James Sunderland, protagonista de Silent Hill 2), e Eileen Galvin, vizinha de Henry pela qual ele rapidamente se apega emocionalmente. Quem é o misterioso Walter, qual a intenção de seu ritual sinistro e qual a relação disso com o quarto 302 são algumas das perguntas que Henry terá que responder na desesperada tentativa de escapar de seu pesadelo. O interessante da história do jogo é que ela se baseia em dois pequenos textos sem grande importância presentes em jogos anteriores. Em Silent Hill 2, no lixo dos apartamentos, James acha um jornal com a história de Walter Sullivan, um homem que se suicidou após matar duas crianças seguindo a "vontade do diabo". Já em Silent Hill 3 Heather lê a história da casa que "cuida" de crianças, a Hope House (no SH4 chamada de Wish House), escrita por Joseph Schreiber. Essa casa, logicamente, está diretamente ligada a antiga religião de Silent Hill conhecida como A Ordem.  Apenas um detalhe, mas que torna ainda mais interessante o roteiro deste game.

Jogabilidade: há uma clara divisão entre dois ambientes: os mundos (metrô, floresta, prisão, apartamentos, prédio, hospital), onde a exploração ocorre no padrão 3D similar aos anteriores e a movimentação é livre, respeitando os limites do cenário; e o apartamento 302, um ambiente inicialmente seguro que traz interação com diversos enigmas apresentados nos mundos. A exploração do último ocorre em primeira pessoa. Em casa é possível repousar (recupera a vida), salvar o jogo, trocar itens no baú ou interagir com os diversos utensílios da casa. Após determinado evento, no entanto, essa sensação de segurança acaba, já que fantasmas aleatórios passam a assombrar diversos cômodos, em um clima bastante inspirado no clássico Poltergeist. Em sua jornada o protagonista pode retornar para seu apartamento toda vez que encontra buracos. O combate contra os monstros é basicamente por armas brancas, como é tradicional na série. Nesse sentido, Henry é especialmente limitado, tendo movimentação lenta e golpes descoordenados. Há apenas duas armas de fogo, que devem ser guardadas para monstros especiais ou o último chefe. A Inteligência Artificial do jogo é bem precária, eu diria que talvez seja a pior que eu me lembro. Os monstros são muito burros, não tendem a cercar o jogador e atacam de maneira desordenada. E não são raras as vezes que o antagonista principal do jogo ataca outros monstros, livrando o caminho de Henry. O que pode parecer uma coisa boa em princípio torna-se infernal quando a mesma AI controla algum outro personagem que deve acompanhar Henry. Dessa forma, seu parceiro desarmado sempre tenderá a se colocar na maior situação de perigo possível. Se considerarmos que não é possível dar comandos a estes personagens e que o final bom depende do quanto você "cuida" de um deles, teremos realmente um grande problema. Falando em finais, o jogo tem 4, todos "sérios" (não há final ufo ou dog desta vez). O enredo do jogo é relativamente linear, ainda que haja grandes revelações elas tendem a não ser tão impactantes, especialmente se compararmos com os dois primeiros.

Pros: o trabalho gráfico neste jogo é ótimo, entre os melhores da sexta geração. A trilha sonora, tradicionalmente feita por Akira Yamaoka, está incrível, ainda que isso não seja novidade a fãs da série. A interação dos enigmas com o apartamento é uma ideia sensacional (inclusive utilizada por outras franquias mais tarde), exige bom raciocínio lógico e exploração das coisas básicas que cada casa tem. A exploração deste ambiente em primeira pessoa auxilia muito o suspense. Aliás, falando na casa, as assombrações presentes da metade em diante tornam o game ainda mais perturbador, além de tornar cada jogada potencialmente diferente pela característica randômica delas. As revelações sobre os assassinatos são bem interessantes e os personagens conseguem ser razoavelmente cativantes, garantindo que boa parte dos jogadores consiga aproveitar bem seus grandes momentos. Por último, resta dizer que o clima perturbador é muito forte neste jogo, de forma diferente de seus antecessores, mas de intensidade semelhante. Assim como ocorre em SH2, boa parte dos monstros apresentados tem uma complexa história por trás, explicada ao longo do jogo.

Contras: o que mais me incomoda é a já referida questão da inteligência artificial, que será responsável por algumas horas de jogo perdidas, se não o jogo todo ao comprometer irreversivelmente o final desejado. Ainda que o roteiro em si me pareça bom, a maneira como ele é conduzido é cansativa, os diálogos por vezes são entediantes (what the hell...) e expressão dos personagens dá muito a impressão que são "atores ruins" (ponto negativo também para a dublagem). A mudança no foco da exploração do jogo e a ausência doa enigmas clássicos geralmente é motivo de reclamação por parte dos fãs mais tradicionais, além da ausência de chefes (o que é MUITO relativo). Por último, os fantasmas aleatórios, interessantíssimos, podem ser mais um fator de frustração, já que alguns são raríssimos (o do telefone e o do retrato por exemplo), enquanto outros aparecem até 4 vezes na mesma jogada.

Screenshots:











Trailer:

Considerações Finais: Silent Hill 4 é uma grande mudança de foco na série. Boatos de Internet (até onde sei apenas boatos) dizem que ele deveria ser um jogo à parte chamado The Room e que o título Silent Hill foi incluído de última hora para aumentar as vendas. Não sei se é verdade, mas não seria surpresa. A história por vezes até tenta forçar  uma relação com os anteriores, mas é algo bem fraco. Tamanha mudança dividiu público e crítica.  Alguns o consideram inovador e divertido enquanto outros praticamente acham um insulto à série. Eu fico com os primeiros, considero The Room um bom jogo de terror, com vários momentos interessantes e perturbadores, mas com sérios problemas na jogabilidade e com um enredo mais simples e direto. Tal roteiro torna as jogadas sequentes cada vez mais fracas, diferente do que ocorre nos outros em que a cada vez que se completa se descobre coisas novas. Mas fãs da série e do estilo não podem deixar de conferir mais um dos grandes (e extintos?) bons jogos de terror que povoavam amplamente a quinta e a sexta geração.


7 comentários:

  1. Muito boa a review. E esse game, é difícil falar dele. Ele foi um daqueles que marcou muito um momento divertido da minha vida. Inclusive, quando jogamos ele mais de uma vez, as outras pareceram melhores que a primeira, justamente pelos raros fatos random que podem ocorrer (indo além dos fantasmas... mas nada de Spoilers por aqui). Mas concordo plenamente contigo: a característica de "quanto mais se joga, mais se descobre" foi um pouco (ou bastante) deixada de lado nesse especificamente, pois o que tem para se descobrir do enredo em si (e o que está subentendido nele) se descobre de primeira, no primeiro gameplay. Mas o fato é que realmente eu acho esse game sensacional, com todas as letras. Mas é difícil dizer que ele é tão marcante quanto a trilogia mais clássica. De uma forma ou de outro, vale a pena, para TODOS que curtem Silent Hill e, diria eu, mais ainda para os fãs de um bom game de terror, perturbador e interessante como esse! E quanto a "extinção" dos games de terror, logo quando meu novo PC estiver na mão, te provo que está errado com algumas review por aqui XD heheheheheheheheh.Abração Edu! Parabéns pela review! Até mais o/

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    1. A parte da extinção foi uma brincadeira, lógico. Mas é inegável que o número foi muito reduzido. Dos Survival clássicos apenas Silent Hill e Fatal Frame seguem no mesmo estilo. Os demais é discutível. Mas esse não é o foco.

      Realmente esse game é muito marcante, para nós principalmente já que ficávamos "caçando" as assombrações. O que era frustrante pelas malditas rachaduras na parede da sala, hehehe... Esse game se tornou polêmico por mudar coisas clássicas da série. Isso é sempre complicado, mas mesmo um super conservador como eu tem que admitir que não seria possível fazer vários jogos iguais ao primeiro. As coisas precisam mudar às vezes. Na verdade, esse jogo seria muito próximo da perfeição pra mim se não fosse a maldita AI. Sério, você não sabe o que é "burrice artificial" até jogar esse jogo. Tu lembra bem, da última vez inclusive por pouco não fizemos o final ruim. A coisa foi tensa, hehehehe...

      De fato um jogo recomendado a qualquer fã de Survival. Eu digo mais, é um excelente jogo para introdução à série, para entender melhor o que esperar dos demais jogos, justamente por ter um roteiro que garante todas as respostas. Sei lá, imagino que um cara que inicia na série pelo 2, por exemplo, deve ficar pensando "Hã?" quando termina, hehehe...

      Abração.

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  2. Verdade, cara. Essa coletânea perdeu a ótima oportunidade de lançar este jogo e principalmente o SH original. Quem sabe um dia? Mas graças aos emuladores, hoje o ps2 está disponível pra muita gente. Abraço.

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  3. Jogo d terror pra mim é um jogo em primeira pessoa (pra dar aquele medo como se fosse vc lá) e mostrasse outras pessoas mortas no chão ou do nada tu ta andando num lugar do jogo e cai uma cabeça duma portinha do teto enrolada numa corrente cheia d sangue, uma mensagem de sangue na parede dizendo "entrar pode ser fácil sair nunca acontecerá !!!" e dai depois que vc ver essa mensagem vc ver uma pessoa correndo em sua direção (td isso num corredor macabro) dizendo "fuja fuja!!!" e depois algo arrastando ela pelo pé e depois te perseguindo... Ai ai isso q é jogo de dar medo n é pessoal?

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  4. ola boa noite eu quria dizer a eileen foi para cama com eu HENRY e disse ela que e FAULSA E PORCA , NOJATA , ELA E UMA PRITITUA

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