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segunda-feira, 28 de maio de 2012

SILENT HILL: SHATTERED MEMORIES!

Escrito e editado por: Mr. Gameworld & Edu-jb

Gênero: Survival Horror
Plataforma: Nintendo Wii, Playstation 2, Playstation Portable
Ano de Lançamento: 2009
Produtora: Konami

Revisão: Shattered Memories é o sétimo título da série Silent Hill, lançado para Wii em dezembro de 2009 e para ps2 e Psp em janeiro de 2010. Logo ao ser anunciado o jogo gerou muita expectativa por ter vazado que seria ambientado no mesmo momento que o primeiro jogo de 1999. Essa expectativa transformou-se em apreensão quando foi considerado que seria um remake e, mais adiante, uma nova versão para os fatos ocorridos em SH1 (afinal mexer em um jogo tão clássico é sempre algo complicado). A ideia para o jogo surgiu após o criticado filme Silent Hill de 2006, em uma tentativa de aproximar o filme do jogo, ideia que foi abandonada. O jogo inicia em uma sessão de terapia em que o personagem principal precisa responder a alguns questionamentos feitos pelo psiquiatra e deve lembrar do ocorrido em Silent Hill, na ocasião em que Harry Mason e sua filha Cheryl visitavam a cidade durante as férias. O jogo a partir daí constantemente se alterna entre as sessões de terapia e o jogo em si, controlando Harry e interagindo com alguns personagens importantes do primeiro jogo, como a policial Cybil Bennet, a enfermeira Lisa Garland e também Dahlia Gillespie, revisitando também alguns dos clássicos cenários do primeiro jogo como a escola e o hospital. Shattered Memories apresenta uma jogabilidade inovadora em relação aos jogos anteriores da série, mas isso não foi o suficiente para agradar os fãs (especialmente os mais antigos e radicais). Mesmo assim o jogo foi consideravelmente bem recebido pela crítica como uma interessante forma de reimaginar os eventos do primeiro jogo.

Jogabilidade: logo que você começar seu Gameplay em Shattered Memories, já começará a perceber as peculiaridades do game. Primeiramente, exatamente como o Edu-Jb escreveu logo acima, você logo no inicio terá de entrar na pele do personagem principal em uma terapia. Nela, muitos detalhes sobre ele começarão a ser abordados, normalmente envolvendo perguntas ou jogos de lógica que podem ser respondidos de formas diferentes (sendo que muitas dessas decisões podem levar o game para rumos, diálogos e finais diferentes). Fora da terapia é onde a ação do jogo realmente ocorre, sendo que ela também é muito diferente da vista em outros games da serie. Logo de cara você irá reparar que a visão do jogo segue a tendência conhecida como "Over-The-Shoulders" (ou seja: uma visão ligeiramente próxima das costas do personagem, com um foco mais especifico). Um dos analógicos moverá o personagem, sendo que o outro movimenta a lanterna. Alias, a lanterna aqui é um item especialmente fundamental. Ela será extremamente necessária para as explorações, sendo que Shattered Memories tem um foco muito maior em observar atentamente os cenários (por isso mesmo da visão mais focada, ao invés da tradicional, mais ampla). Alias, a exploração de um modo geral ocorre de uma forma simplesmente sensacional. Ao longo dos cenários você eventualmente encontrará objetos com os quais você poderá (e deverá) interagir de uma forma muito peculiar. Por exemplo: se você encontra uma porta trancada com correntes ou outras trancas (ou até mesmo portas de correr ou gavetas de móveis), você deverá abri-las manualmente, encontrando com o cursor o ponto especifico para destravá-las. Além disso, você terá a sua disposição um celular, que permite receber mensagens, visualizar os mapas (que contam com um GPS), tirar fotos que podem ser salvas em seu Memory Card e, como não poderia ser diferente, fazer ligações. Agora, um detalhe importante: aqui, os monstros aparecerão apenas em momentos chamados de "Nightmare". Neles você deverá seguir para um ponto especifico do mapa, sendo que a geografia dele se modifica drasticamente (assim sendo necessário encontrar uma rota muito especifica). Em meio a isso, os monstros aparecerão, sendo que você não terá nenhuma arma para matá-los, tendo apenas que correr para seu destino sem pensar muito! E só para deixar claro: na versão de Wii, tudo que é feito através do analógico é substituído pelo Wii-Mote.

Pros: os gráficos são sensacionais em todas as versões; o clima de tensão durante o game é bastante elevado (em minha modesta opinião, mais fora dos Nightmares do que dentro deles); a trilha sonora é excelente, ajudando bastante a tornar o game assustador; a jogabilidade apresenta uma serie de pontos que mostram uma interatividade vista em poucos games. O celular é um grande exemplo disso, sendo que ele simula o uso real do aparelho, sendo possivel até mesmo ligar para QUALQUER número encontrado em banners, placas, flyers, etc (inclusive, quase todos dão resultados, nem que seja apenas por mensagens pré-gravadas de atendimento eletrônico); a interatividade com os objetos do ambiente é muito interessante, exigindo do jogador muita atenção para tudo que é encontrado (inclusive alguns objetos opcionais podem alterar alguns pontos do game, mesmo que pouco); os enigmas são todos muito bem bolados; durante algumas conversas que ocorrem ao longo da aventura, o jogador pode controlar a visão do personagem, o que dá a impressão de constantemente estar de fato no papel dele; cada atitude durante a jogatina e cada resposta durante a terapia pode resultar em um final diferente. Assim, o jogo lhe da a oportunidade de encarnar o personagem conforme achar mais adequado.

Contras: é complicado falar diretamente de alguns contras do jogo respeitando a regra do blog em não dar Spoilers. Por isso, me limito a dizer que a tal "reimaginação" idealizada pela Konami decepciona a quase totalidade dos fãs mais radicais e ainda boa parte dos liberais, já que guarda pouca relação com o roteiro do primeiro jogo, ainda que se utilize dele para construir sua base e até nos principais eventos. A ação do jogo é quase zero, ficando restrita aos Nightmares, lugares onde só é possível andar em frente e fugir dos inimigos, o que representa muito mais um teste à paciência do que um desafio aos jogadores. Para um jogo originalmente da sétima geração ele é bastante curto, sendo necessário em média oito horas para completá-lo, o que dá pouco mais que o necessário para o original do psx. Além disso, os acima referidos itens opcionais permitem interação e a modificação da personalidade de Harry, mas na verdade isso altera em muito pouco ou nada o enredo principal e o final, contrariando a tendência dos demais jogos da série Silent Hill em conter finais totalmente diferentes.

Screenshots:




Trailer:



Considerações Finais: Silent Hill: Shattered Memories apresentou conceitos de jogabilidade que proporcionaram uma experiência incomum, bem além do que qualquer outro jogo da série havia feito até hoje. O gameplay é favorecido por uma série de qualidades, como a constante interação na terapia, as inúmeras possibilidades que o celular nos dá, a interação com os objetos e cenários (em um processo manual muito interessante), etc. Nesse aspecto o game deixa a desejar realmente em pouquíssimos pontos. Porém, como um Silent Hill, ele pode decepcionar muitas pessoas que seguem a serie há muitos anos. Como já havíamos dito, mexer com um game absolutamente clássico (o primeiro e mais importante da série) é algo complicado demais. Talvez tenha sido uma ideia interessante da Konami "reimaginar" o game original se pensarmos em Silent Hill: Shattered Memories como algo à parte, mas em uma visão geral da série, o game tende a ser mais uma decepção do que uma satisfação para os fãs. Mesmo assim é um jogo que merece atenção de quem curte a série, afinal, apresenta uma jogabilidade interessante, um clima sinistro e uma história envolvente e absolutamente surpreendente. Deixem seus comentários!



14 comentários:

  1. Tá ai. Fiquei com vontade de jogar.
    Dos gamse de Survival Horror, a série Silent Hill é uma das melhores que já vi (Ganhando de Resident Evil em léguas).

    Abrir as portas e dar de cara com um bixo feioso realmente dar nos nervos.

    Boa Review, (:

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    1. Grande Juão Lucas. Sem dúvida Silent Hill é uma serie sensacional dos games de terror (apesar de eu ter uma grande preferencia por Resident Evil e Fatal Frame). E Shattered Memories é um game muito interessante. Porém, como a nossa review já deixou claro, depende muito do ponto de vista do jogador. Para os fãs mais fanaticos do primeiro game, pode ser que algumas decepções apareçam pelo caminho. Mas vale a pena! Garanto à você! Um abraço brother! Volte sempre e sinta-se em casa!

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    2. é isso aí, Juão, concordo plenamente. Silent Hill é o melhor survival já criado, em outras séries sempre há jogos bons mas elas invariavelmente se perdem e viram outra coisa. É certo que se tu gosta do original este dificilmente ficará entre os teus favoritos. Mas isso não quer dizer que não deve jogá-lo. Na real, esquecendo o roteiro, este poderia ser um dos meus favoritos, hahahaha. Bom, tem que jogar para tirar as conclusões.

      Abraço

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    3. Acho que "melhor Survival já criado" é algo MUITO relativo. Além disso, a questão das series se perderem TAMBEM é muito relativo, pois nem sempre "mudanças" representam "se perder". Tudo isso depende uncicamente do ponto de vista do jogador. Ou seja: nada é fato, mas sim gosto (preferencias). E voltando ao Silent Hill, aconselho mesmo Shattered Memories. Mesmo sendo um grande fã de Silent Hill 1, acho que a experiência de jogar Shattered Memories é valida para qualquer gamer (seja ele mais conservador ou liberal tratando-se do SH original). As conclusões de cada um só serão tiradas assim, exatamante como disse o Edu logo acima. Um abraço a ambos os amigos! Até mais!

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    4. É claro que essa de "melhor survival já criado" é a minha opinião, concorde ou não. E é ÓBVIO que é relativo. Sobre os survivals que se perdem me refiro que cada vez mais eles se afastam daquele modelo terror/exploração/enigmas que iniciou nos anos 90 e se tornam algo diferente. Alguns gamers devem gostar, logicamente, mas eu prefiro o esquema antigo, motivo pelo qual prefiro Silent Hill. Fora o roteiro, é claro. Portanto sim, é evidentemente uma questão de gosto. Eu disse o meu.

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  2. Esse é um daqueles jogos que tem mais emoção se jogar de madrugada, embora (confesso) que nunca joguei ele, nem mesmo de dia. Nunca fui fã de jogos de tiro, mas esse dai parece mais com um filme de terror onde você é a próxima vitima.

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    1. Bah, se tu não gosta de jogos de tiro esse foi feito pra ti. É um jogo de muita exploração e pouco combate, como acredito que os survival devam ser. Se tu concorda, confere! Aliás recomendo também os demais jogos da série, todos exigem mais raciocínio que habilidade. Abraço.

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    2. Tá ai Cow Azure! Esse game é um Survival Horror para quem não gosta de muitos tiros. Como a review (e o Edu, agora no comentário) disse, esse jogo é realmente focado na exploração e no raciocíneo. Portanto, certo que você vai gostar (assim como os demais Silent Hill)! E sim: zerei ele em algumas madrugadas... e parece zilhões de vezes mais assutador! Abraço e até mais! Volte sempre e fique a vonatde para comentar quando quiser!

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    3. Uma vez eu e um amigo jogamos, so para passar o tempo, o Silent Hill Origins para o ps2 (de dia, claro), e notei que o foco é mesmo o raciocineo, apesar de termos que matar aqueles "enfermeiras" com uma barras de ferro, porém nem sai do hospital e depois disso nunca mais joguei. De toda forma, valeu pela dica, quando tiver a oportunidade de jogar, eu irei.

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    4. Não tem o que agradecer. Estamos aqui para isso ^^ Até mais! Abraço!

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  3. Um amigo meu estava me falando sobre esse Silent Hill, e ele gostou muito.
    Eu joguei o 1° Silent Hill, e achei esse jogo interessante, mas não sou fããããã fããã da série a ponto de acompanhar todos os jogos e etc. Só que mesmo eu sendo fã de algo, eu avalio uma "inovação" por seus elementos únicos, ao invez de comparar com o jogo que foi base do ramake, ou os antigos jogos da série.
    Não vou ficar rotulando esse e outros jogos de Survival Horror pondo uns em cima de outros '-' Cada um explora seus pontos e fazem com que se tornem únicos, sendo assim agradando mais a uns do que a outros.
    Mas bem, eu achei super fascinante a forma desse jogo de se desenvolver, é de uma forma que eu nunca tinha visto antes. O jogo lhe da um poder de decisão grande sobre as coisas, isso é um chamativo enorme para meu estilo de jogo.
    Agora o fato de você não poder se defender complica xD Acho que já comentei isso. Eu tenho que ter alguma forma de me defender XD
    Mas é tentador jogar esse jogo :D
    Achei interessante o trabalho em conjunto de vocês para a review :D Parabéns :D

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    1. Ok... acho que sua frase sobre "não colocar um Survival em cima do outro e não compará-los por eles serem diferentes" e tudo mais, foi por conta do pequeno "desentendimento" que eu e o Edu tivemos logo acima. Se for isso, ignore, pois essas discussões bobas sempre surgem entre amigos de verdade. Eu penso justamente como você: os Survival são tão diferentes entre si que cada um tem suas qualidades e pontos para agradarem quem quer ser agradado. Eu por exemplo, tenho minhas preferencias, mas elas são bem misturadas entre Resident Evil, Fatal Frame, Haunting Ground e Silent Hill (games de terror pelos quais sou compeltamente fascinado). Quanto ao Shattered Memories, ele é um game incrivel. A forma com que o enredo se desenrola e a jogabilidade acontece, são de prender qualquer um. E se você não é preso aos demais games da série, creio que seria uma opção melhor ainda (infelizmente, tanto eu quanto o Edu-Jb tivemos lá nossas decepções, não por questão de comparação com o game original, mas por um fato especifico que você entenderá apenas jogando). Abraço Time Keeper! Até mais!

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    2. Discussão? Que discussão? QUEM TÁ DISCUTINDO AQUI?

      hehehe... Como o mr. Gameworld disse, nos conhecemos há muito tempo e discutimos o tempo todo sobre os mais variados temas. Só acho que nunca tinha acontecido "aqui". E discordamos de muito, o que é bom porque um acrescenta coisas ao outro (Van Halen por exemplo). Mas voltando ao jogo, eu admito que sou chato e acho sim que alguns survival são superiores a outros pela questão de gosto. Prefiro o terror psicológico que o terror de morrer a qualquer momento. E nesse ponto Silent Hill é incrível. Recomendo este e todos os outros. Na verdade em todos as tuas atitudes alteram o enredo e principalmente o final. Aliás nesse sentido o 2 é mestre.

      Abraço.

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    3. Na verdade sendo discussão ou não, para se comparar coisas é preciso que elas estejam em condições iguais, sabe? Aprendi isso a pouco tempo. Por exemplo (um meio doido), você só pode compar uma banana com uma maça, no quesito: quantidade de vitamina A, se elas estiverem inseridas em um ambiente com a mesma temperatura, precisam ter sido retiradas da planta no mesmo tempo, também precisam ter sido plantadas no mesmo solo, para que as condições sejam as mesmas, fora aquela história de "tempo de fruta tal", mas isso não sei se é verdade. Então, só pra fazer essa comparação e dizer de fato que uma tem mais, menos, ou iguala com a outra tem toda essa burocracia, se não tiver, podem apontar que houve erro na comparação. Bem, cada jogo tem seus elementos, os jogadores tem mais ou menos afinidade com eles.
      To vendo que vou acabar virando aqueles caras que amam falar de algo e não se tocam que tem que parar '-'
      Agora voltando ao jogo, ele é muito diferente dos que já vi, isso me interessa muito. Fora os pontos que apontei. Uma pena que os fãs mais apegados tenham criticado =/ Isso pode fazer com que eles não se arrisquem a fazer outro jogo assim, pelo menos em estilo remake. Vários finais são coisas muito interessantes também. Agora a quantidade de jogos que tenho que jogar é imensa D: Ainda tenho que jogar o Radiant e tudo.

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