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domingo, 29 de julho de 2012

GRAND THEFT AUTO: VICE CITY!

Escrito e editado por: Edu-jb

Gênero: Ação
Plataforma: Playstation 2, Xbox, PC
Ano de Lançamento: 2002
Produtora: Rockstar North
Revisão: depois que GTA III modificou permanentemente a maneira de produzir jogos de ação, a Rockstar passou a investir pesado em jogos do estilo. Assim, o quarto lançamento da série foi produzido nos mesmos moldes do anterior. Se GTA III havia se baseado amplamente em The Godfather, a grande inspiração de Vice City foi o filme Scarface, além de certos locais da série Miami Vice. Ambientado na cidade de mesmo nome (inspirada em Miami), o game se passa em meados dos anos 80, cheio de referências à tecnologia, moda e música da época. O personagem principal do jogo é o ítalo-americano Tommy Vercetti, liberado após 15 anos na penitenciária por trabalhar para a família Forelli de Liberty City. Temendo os problemas que Tommy poderia causar, o chefe dos Forelli, Sonny, decide enviá-lo em uma perigosa negociação com o cartel de Vice City. Ao chegar na cidade acaba sendo emboscado e tem seu dinheiro roubado. Agora Tommy e seu amigo, o covarde Ken Rosemberg, devem descobrir quem ordenou o roubo e achar uma forma de pagar o poderoso coronel Diaz, o maior chefe da Máfia Colombiana. Inicima então pequenos trabalhos em busca de informação e aliados nessa perigosa negociação. Em seu caminho, Tommy se envolverá com a mafia cubana, haitiana, italiana, recebendo ajuda de Lance Vance, piloto do helicóptero que os carregava no momento da emboscada, e do Coronel Cortez, um importante traficante que logo fica amigo de Tommy. GTA Vice City foge bastante do clima sério criado por seu antecessor, tendo um roteiro ainda mais humorístico e descontraído. O personagem principal tem várias decisões ao longo do jogo, diferente de Claude, que praticamente apenas seguia o que lhe era dito. O jogo fez muito sucesso por conseguir expandir ainda mais as possibilidades da série, sendo por muito tempo o mais vendido do PS2, superado posteriormente por outro lançamento da Rockstar, GTA San Andreas (clique no nome para ver a nossa review), o atual primeiro colocado.

Jogabilidade: não sofreu alterações em relação ao apresentado em GTA III. A alavanca da esquerda controla o personagem enquanto a da direita move a câmera, obrigatoriamente em visão primeira pessoa. Círculo aciona o ataque, com os punhos ou arma equipada, X corre, quadrado salta e triângulo faz o personagem entrar em veículos. L2 e R2 selecionam as armas, R1 mira e L1 centraliza a câmera. Quando se está dentro de carros e barcos, o X acelera e o quadrado freia. Já para helicópteros, uma inovação do jogo, X e Quadrado alteram altitude e a alavanca da esquerda movimenta para frente. O jogo possui apenas um modo de início, sem opções de dificuldade. Os famosos colecionáveis seguem presentes, com saltos únicos, rampage e pacotes secretos. Entre as novidades do jogo temos as propriedades que podem ser adquiridas. Algumas servem para moradia, ainda que seja impossível entrar na maioria delas, havendo possibilidade de salvar e, em algumas, guardar um veículo na garagem. Outras propriedades tem fins de negócios, sendo necessário realizar uma série de missões extras para que elas gerem uma quantidade de dinheiro que pode ser coletado. Em comparação ao anterior, o game conta com mais veículos, armas e a possibilidade de trocar de roupa. A água segue sendo fatal ao personagem. Os gráficos foram bastante melhorados, especialmente no que se refere a cores e sombras. As rádios (um tanto pobres em GTA III) foram muito melhoradas, apresentando diversas estações com músicas capazes de agradar praticamente qualquer gosto, destaque para o Hard Rock/Heavy Metal  e o Poprock/New Wave, como não poderia deixar de ser em um jogo ambientado nos anos 80. A cidade de Vice City é composta por duas grandes ilhas (leste e oeste), unidas por pontes e pequenas ilhas. Como sempre, o jogador começa de um lado (leste) e só poderá visitar todos os pontos da cidade conforme avança nas missões principais.

Pros: o jogo consegue retratar perfeitamente uma cidade litorânea americana nos anos 80, seja pela arquitetura, vestimentas, carros e clima. A diversão é garantida para fãs dos grandes filmes policial e de máfia, com muito tiroteio, explosão, perseguição de carros e fugas. Além disso, como normalmente ocorre na série, o roteiro é bem desenvolvido, com muitas revelações e conspirações. Os extras tornam o jogo muito grande, possuindo ainda um nível de dificuldade mais acessível que o anterior, além de recompensas melhores. A Trilha Sonora é muito bem escolhida e composta pelos grandes clássicos dos anos 80, como Ozzy, Iron Maiden, Dave Lee Roth, Judas Priest, Twisted Sisters, Anthrax, Slayer, Megadeth, Genesis, Duran Duran, Mr. Mister, INXS, Yes, Michael Jackson entre muitos outros sucessos. Por fim, as citações ao filme Scarface são claríssimas, tanto pelo roteiro quanto pelo cenário (comparem a Mansão de Diaz com a Mansão de Montana).

Contras: a jogabilidade se torna complicada em alguns momentos pela incapacidade de mover a câmera enquanto anda, uma vez que ela é sempre utilizada em visão primeira pessoa. As ruas de Vice City são muito estreitas, o que dificulta bastante as corridas. O fato de a água ser mortal a Tommy atrapalha muito quando se está em uma cidade litorânea. Além disso, a troca de roupas, uma excelente ideia, foi mal aproveitada já que não é possível trocá-las em casa, é necessário ir a lojas a cada vez que se deseja alterar o visual.

Screenshots:
 



Trailer:


Considerações Finais: GTA Vice City é um dos grandes jogos da franquia, segue tendo muita qualidade mesmo após o lançamento de vários  títulos mais avançados. Fãs do estilo que possuem forte ligação com a tecnologia/moda/música dos anos 80 encontrarão nele um excelente e envolvente game. O sucesso do jogo colocou a Rockstar entre as grandes produtoras da nova geração, se especializando em jogos de ação no estilo "mundo livre", como vemos nos demais jogos da série GTA, Bully, Manhunt, L.A. Noire, Max Payne, entre outros. Acabou por ser relançado mais tarde em um pacote junto com GTA III, no chamado GTA Double Pack, lançado para o Xbox. Então era isso! Deixem seus mullets, coloquem suas jaquetas com ombreiras e não deixem de conferir este excelente jogo!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

LEGEND OF DRAGOON!

Escrito por: Time Keeper
Postado por: Mr.Gameworld


Gênero: RPG
Plataforma: PS1
Ano de lançamento: 2000
Produtora: Sony

Revisão: Hoje trago aos fãs de RPG mais um prato cheio! Falo de um jogo que veio no finalzinho da vida do Ps1, junto com outros grandes RPGs (dentre os quais posso citar Chrono Cross e Xenogears, que com certeza terão seu espaço aqui no Pretty Cool Games), e facilmente é considerado como favorito por alguns jogadores do gênero. Talvez esse brilhante resultado se deva ao fato de o título ter sido desenvolvido por 3 anos até finalmente ser lançado em 1999 (no Japão). Mas vamos então conhecer um pouco a história do jogo. O enredo se passa pelo mundo de Endiness, mais precisamente nas terras de Serdio. Nesse lugar, existem dois reinos, o de Sandora e o de Bale. Essas civilizações viviam em um acordo de paz, até que o reino de Sandora descobre um meio de utilizar o poder de um dragão que habita Serdio. Rapidamente eles decidem atacar um vilarejo chamado Seles, quebrando qualquer acordo de paz estabelecido. Na ordem de retirada do ataque, o jovem Dart, o personagem principal, estava quase de chegada a vila, após ter viajado por 5 anos. Dart encontra alguns soldados de Sandora que prontamente tentam intimidá-lo, mas ele reage em defesa. O que iria ser um combate acaba sendo interrompido com a chegada inusitada do dragão, fazendo todos fugir. O dragão decide perseguir Dart e a coisa vai ficando feia até que ele é salvo por uma misteriosa mulher. Os dois conversam um pouco, mas Dart parte imediatamente ao vilarejo depois de saber que ele sofreu um ataque. Você toma o controle do personagem e defende a vila de alguns soldados remanescentes. Dart descobre que o ataque em Seles aconteceu com o único objetivo de raptar uma garota chamada Shana, sua amiga de infância.  Porque o objetivo do ataque era raptar apenas uma pessoa? Por que logo Shana? Tome as dúvidas de Dart para si e embarque nessa fabulosa trama!

Jogabilidade: Legend of Dragoon abrange elementos comuns do tradicional RPG. Existem as random battles (batalhas ativadas aleatoriamente pelo cenário), porém, em casos especiais, o jogo pode utilizar um sistema em que você precisa entrar em contato com os oponentes para começar a batalha. Durante a batalha, em que cada um tem sua vez, você pode atacar, defender, utilizar itens ou correr. Um dos grandes diferenciais do jogo em quesitos de Jogabilidade é o fato de que você executa sequências de golpes quando ataca, são as chamadas additions. Cada personagem possui suas sequências, e elas não são simplesmente pra olhar. Seus personagens dependem da sua ajuda para executar corretamente essas sequências. É preciso que se aperte X a cada golpe, e O em certas sequências, onde o inimigo ameaça um contra-ataque. A cada ataque, aparecem dois quadrados, um fixo e um que vai diminuindo. Eles indicam o momento certo para apertar o botão, o qual seria a hora em que os dois quadrados se encaixam perfeitamente. Parece difícil, mas com prática as coisas melhoram, trust me. A defesa no jogo segue com um toque especial. Ao defender, seu personagem ganha 10% do seu HP, além de reduzir pela metade qualquer tipo de dano. Os itens são muito importantes nesse jogo, por serem a forma mais fácil e rápida de garantir seu HP. Existem também itens de ataque que dependem do jogador para causar um bom dano. Simplesmente use o item e aperte X adoidado. O jogo lhe oferece a possibilidade de utilizar o poder dos dragões, através de um jeito que se entende ao jogar melhor o jogo. Para usar os incríveis poderes dos dragões, você precisa acumular no mínimo 100 pontos de SP, que fica disponível para ser adquirido a partir de uma parte do jogo. Não é difícil acumulá-lo, pois o SP é obtido através de ataques, principalmente os bem sucedidos (sequências completadas). Durante o uso desses poderes, você pode utilizar um tipo de sequência própria dos dragões, ou utilizar mágicas. Qualquer uma dessas ações custa 100 SP. A forma de executar o D-attack é diferente das additions. Aparece um círculo no canto da tela com um ponteiro que começa a girar quando você aperta X. Pense nesse círculo como um relógio. Toda vez que o ponteiro chegar a 12 horas, deve-se apertar X para garantir um ataque. O ponteiro gira até que se aperte X cinco vezes, mas se algo der errado antes, ele para e o personagem ataca conforme o número de acertos. Até hoje eu sempre atraso na hora de apertar essa 5ª vez, acertando algumas vezes, mas acredito que seja apenas uma má insistência da minha parte. A D-magic segue os conformes tradicionais dos RPGs, apenas escolhendo e vendo a animação.

Prós: Um gráfico interessante, que aborda muito bem detalhes nos personagens e nos cenários, sem contar que as animações dos ataques em geral seguem um ótimo padrão. Uma OST que atende em todos os aspectos o jogo, em minha opinião. São músicas que criam o clima que cada cenário precisa, não só nas viagens pelo mundo ou nas conversas, mas também nas batalhas, principalmente contra bosses. O jogo conta com uma história maravilhosa, que aborda toda uma sequência de elementos míticos responsáveis pelo surgimento das coisas, e também expõe a passagem das civilizações antigas até as atuais nos termos do jogo. Além disso, o contexto político também fica em conhecimento do jogador, dando um sentido a mais para os acontecimentos. Para completar as coisas, o enredo possui sua forma de motivar o jogador de uma forma incrível, contando com cenas bem comoventes e controvérsias na história. O sistema de additions foi quase que completamente bem aceito pelos jogadores, onde você sente uma participação melhor na batalha, e nunca se enjoa de usar os combos.

Contras: O fato de a defesa restaurar 10% do HP torna o uso dela meio apelativo. Você pode chegar a precisar da utilização de itens de cura apenas nos bosses. As magias são bem limitadas, dá pra contar nos dedos a variedade. Fora que não podem ser muito utilizadas. O fato de você não poder retornar da dungeon final após pisar nela incomodou muitos colecionadores de itens também. Outro problema no jogo é o fato de cada CD (esqueci-me de comentar que são 4 CD’s) possui um número de cidades acessíveis no seu banco de dados, fazendo com que seja preciso trocar de CD para visitar algumas cidades. Não sei se realmente não dava pra encaixar todos os cenários em todos os jogos.

Screenshots:











Trailer:


Considerações Finais: É um jogo altamente recomendado. Quase que a totalidade de jogadores do gênero sentiram-se satisfeitos com esse jogo. Lembro-me dos tempos em que peguei esse jogo emprestado (o cara só tinha os 2 primeiros CD’s). Todos os dias a Kombi da escola ficava atrasando pra chegar por que eu queria achar um save pra não perder meu progresso. Nem imaginem como fiquei quando terminei o CD 2 e não tinha o 3 e 4. Na época dei 35 reais numa loja pra comprar os 4 (nada que eu me arrependa). Enfim, é um jogo mais do que necessário no arsenal de um jogador de RPGs! See you around.


domingo, 22 de julho de 2012

TENCHU: STEALTH ASSASSINS!

Escrito e editado por: Edu-jb

Gênero: Ação/espionagem
Plataforma: Playstation
Ano de Lançamento: 1998
Produtora: Acquire/Activision

Revisão: os ninja povoam os jogos de videogame desde os anos 80, ainda no NES. Nessa época, Ninja Gaiden talvez tenha sido o maior sucesso deste gênero. No entanto, foi apenas na quinta geração, no Playstation, que surgiu um grande nome capaz de simular a movimentação e os combates da época dos ninja: Tenchu. Apesar de não haver compromisso histórico, o jogo se passa durante a Era Sengoku (1467-1573), um período feudal em que grandes senhores da guerra (daymio) disputavam o domínio militar do país. Entre as muitas forças empregadas na batalha, estes espiões representavam um importante recurso, seja para assassinato, seja para reconhecimento e informações. Na história do jogo, o clã Azuma há muito tempo serve o clã Gohda, que domina um vasto território. O maligno Lord Mei-Oh pretende destruir Gohda com auxílio de seu servo demoníaco Onikage. No início do jogo você poderá escolher entre dois ninja (que não poderão ser alternados durante o jogo): Rikimaru, mais forte e com sequências curtas, armado com uma tradicional ninjaken;  e Ayane, mais ágil, com sequências longas, armada com duas tanto. Além de suas armas principais (que não podem ser alteradas), vários itens podem ser levados para as missões. Esses itens são ganhos conforme a progressão do jogo, que inicia com missões simples, como punir um mercador inescrupuloso, e segue com missões de infiltração muito complexas, em prédios repletos de inimigos e armadilhas, além de grandes boss battles. Tenchu foi um jogo de muito sucesso principalmente por conseguir transpor a realidade ninja para um jogo, em especial nos movimentos de assassinato (stealth kill).

Jogabilidade: segue o padrão 3D de movimentação, similar a Tomb Raider. O direcional (ou alavanca nos controles mais avançados) move o personagem, sendo que para cima e para baixo fazem seu ninja andar para frente e para trás respectivamente. Esquerda e direita mudam a direção enquanto o personagem se desloca. Quadrado ataca com a arma principal, triângulo usa os itens especiais, X salta, círculo abaixa, R1 aciona a visão em primeira pessoa e L1 mira no adversário. Segurando o direcional para trás aciona a defesa com a espada. Os itens são selecionados com R2 e L2. Entre os muitos itens utilizados, a corda com gancho é obrigatória, auxiliando seu personagem a escalar grandes prédios e assim passar despercebido por guardas e sentinelas. Entre os outros itens vale lembrar das ervas de cura, dos shuriken, dos makibishi, das bombas de pólvora e de fumaça, da armadura, entre alguns outros. Esses itens podem ser ganhos ao progredir o jogo e, alguns, ao passar das fases com o rank máximo, Grand Master (conseguido ao vencer a maioria dos oponentes com stealth kill). O stealth kill funciona de forma bem simples, basta pressionar quadrado pelas costas de um oponente distraído. Para saber se o oponente está distraído ou alerta é possível utilizar um tipo de radar no canto inferior esquerdo da tela que permite avaliar o Ki do oponente mais próximo, assim como perceber a que distância ele está. Um inimigo em alerta (após ter visto o personagem ou ver um aliado morto) não pode receber stealth kill. Após ser visto é possível fugir ou despistar os oponentes. Essa tática é consideravelmente mais "saudável" do que enfrentar muitos homens de uma vez só, o que é quase garantia de morte.

Pros: a jogabilidade é histórica, responsável pela implementação de muitos fatores em jogos ninja futuros e stealth em geral. Os gráficos talvez não impressionem (podem ser até considerados ruins por alguns), mas a qualidade empregada na hora de produzir os cenários e as roupas (típicas do Japão medieval) com certeza vão agradar aqueles mais fanáticos pela cultura japonesa. As lutas, apesar de difíceis, são muito realistas, sendo virtualmente impossível (ou muito difícil) resistir a um grande número de oponentes. Isso diferencia Tenchu da maioria dos jogos de ação similares, não é mais um daqueles que o personagem usa uma grande arma que acerta cinco ou seis oponentes ao mesmo tempo, cada inimigo deve ser combatido separadamente. As armadilhas nos cenários mais avançados são geniais, exigindo táticas avançadas para superá-las sem ser visto pelos guardas. Além disso, a trilha sonora é precisa, com muitos sons do Japão medieval e a dublagem é muito bem feita, destaque, claro, para a original japonesa.

Contras: a jogabilidade, apesar de bem inovadora, tem lá seus defeitos, sendo às vezes difícil de se adaptar. O maior defeito (corrigido nas versões futuras) é a defesa ser acionada segurando para trás, a que torna muito imprecisa. O jogo apresenta vários bugs (como paredes que simplesmente somem), o que pode obrigar o jogador a ter que repetir algumas missões. Além disso, algumas cenas de stealth kill são demasiadamente longas, o que pode fazer com que algum outro guarda veja seu personagem enquanto ele realiza os movimentos.

Screenshots:











Trailer:


Considerações Finais: Tenchu é um dos grandes jogos do PSX, no que representa uma das melhores (melhor para mim) série de ninja já produzida. A jogabilidade, os itens, os cenários, a música, tudo colabora para uma ambientação perfeita no Japão do século XVI. Além disso, o game contém um bom nível de desafio, tendo mais de um nível de dificuldade, além do extra de completar as missões no rank Grand Master. Após o sucesso deste jogo, algumas sequências foram criadas, uma delas ainda no psx (conforme falaremos em breve).  Recomendo a série a todos que puderem jogá-la, em especial àqueles que são fãs da cultura japonesa e ninja.

sábado, 21 de julho de 2012

JOGOS NÃO RECOMENDADOS (PARTE 1)!


Olá pessoal! Aqui no PrettyCoolGames.Blogspot costumamos falar e até indicar jogos baseado em nossa experiência. Dessa vez trazemos uma série com uma proposta diferente. Jogos que não recomendamos. Serão sempre dois jogos diferentes mas com algo em comum. Hoje comentaremos sobre dois jogos sobre demoníacos heróis dos quadrinhos. Como quase tudo neste blog, os textos abaixo refletem a opinião dos autores. Portanto nada é absoluto. Quem eventualmente curtir algum dos jogos referidos agora ou no futuro, fique à vontade para discordar nos comentários. Sempre com educação, é claro, afinal essa é a norma mais importante do blog (e da vida). O objetivo do texto é ser até certo ponto humorístico, portanto pedimos que considerem isso antes de criticar. Aceitamos sugestões!


SPAWN: THE ETERNAL! 
Spawn é o herói mais famoso da Image Comics. E de uma coisa você pode ter a total certeza: os videogames não contribuíram praticamente nada para isso. Ao contrário de outros heróis que tiveram produções fantásticas nos videogames, totalmente fieis às HQs, Spawn teve alguns games fracos e sem sentido. E o mais evidente sem dúvida é Spawn: The Eternal (lançado para o PSX) que hoje trago até vocês como “Não Recomendado!”. Os motivos são tantos que não sei nem como começar. Mas vamos discutir primeiramente a jogabilidade e os gráficos, que serão as primeiras coisas que vocês notarão quando ligarem o videogame com esse jogo (ou melhor: NÃO FAÇAM ISSO!). A jogabilidade é inovadora, sem dúvida. Mas nesse caso, a inovação foi uma das responsáveis por estragar parte do game. Basicamente, fora das lutas, você controlará Spawn em uma visão 3D bem tradicional, posicionada nas costas do protagonista. Já aqui poderia citar um ponto negativo: a imprecisão absurda dos movimentos fará com que você sinta vontade de arrancar os cabelos em meio às quedas que terá em cenário que exigem uma exploração mais complexa, com saltos por plataformas, por exemplo. Com mínimos toques no direcional de seu JoyStick, Spawn fará movimentos tão estranhos que você ficará até perdido (ainda mais que o ajuste da câmera também não ajuda muito). Para se virar para outro lado então... O personagem demora a ponto de irritar o jogador com algumas horas de jogo. Já nos combates, o jogo muda completamente, apresentando uma visão de jogos Luta (?), lateral, semelhante à vista em títulos como Virtua Fighter, Tekken e Soul Edge. Um ponto negativo? Simples: os comandos são tão estranhos e os golpes físicos de Spawn tão ridículos, que um simples marginal de rua é capaz de dar uma surra no poderosíssimo Soldado do Inferno! Você pode usar magias, mas essas são demoradas para carregar/executar e gastam os conhecidos 9:9:9:9, o limite do poder de Spawn, estipulado por Malebolgia. Agora vamos aos gráficos: não precisaria nem dizer que eles são muito ruins, pois basta você olhar as Screenshots abaixo e/ou ver o Trailer que já terá percebido isso. Mas esse é o menor dos problemas. O maior deles é mesmo a quantidade de Bugs que tornam a aventura ainda mais sem graça. Os cenários somem, as câmeras fazem Spawn entrar nas paredes, os inimigos são jogados nos cenários de forma estranha. Por vezes os Bugs são tão doidos que você cai de um penhasco e pergunta para simesmo: “O que diabos aconteceu aqui?!”. Além disso, o game é tão pobre em detalhes que é até difícil reconhecer os Chefes, vilões famosos de Spawn (metade deles eu não teria reconhecido se não tivesse olhado uma Boss Guide na internet. A outra metade, não reconheci nem mesmo com a Boss Guide...). Por falar em chefes, muitos deles nem se quer são vilões de verdade, mas sim personagens inventados, sem nenhuma historia por trás. Alias, o enredo do game envolve pontos estranhos das HQs, fazendo uma mistura de historias sem boas explicações. Leu todo o texto? Não precisa de mais motivos para não jogar essa... coisa... não é mesmo? Para resumir tudo que foi dito até agora em pouquíssimas palavras, digo apenas que Spawn: The Eternal é um game fraco em todos os aspectos que definem uma obra como bem feita. Além disso, a dificuldade irritante do jogo deixa QUALQUER UM com um tédio inexplicável! Então, você admirador do Spawn, não comenta o meu mesmo erro! Fique longe desse jogo, pois depois do lançamento de Spawn: Armaggedon (clique aqui para ler minha review), você certamente tem algo bem melhor para jogar!
(Texto escrito por Mr.Gameworld)

Screenshots:











Trailer:


GHOST RIDER!

Depois do sucesso dos filmes do Homem-Aranha e dos X-Men, a Marvel resolveu investir pesado com filmes de vários de seus heróis. No entanto, o fez sem muitos critérios. Foram muitos filmes medíocres que geraram, claro, adaptações medíocres para os videogames. Das muitas que eu poderia citar, destaco o Motoqueiro Fantasma. Nos quadrinhos, a reencarnação do demônio Zarathos arrasa vilões, guiado pelo espírito da vingança. Mesmo assim, o herói nunca atingiu grande reconhecimento pelo seu enredo limitado e sua revista própria, quando não estava cancelada, nunca alcançou sucesso, deixando para o herói um papel secundário na história de alguém. Imaginar um filme deste personagem é estranho. Um jogo então... pior ainda! O jogo tem uma perspectiva nada original, usa câmera fixa, o personagem se move livremente pelo cenário, realizando alguns saltos e enfrentando muitos inimigos, que podem ser dilacerados em grandes sequências envolvendo dois botões. Ao morrer, os monstros liberam pontos vermelhos que servem como experiência para comprar habilidades e golpes, sendo que a quantidade de golpes que você acerta em sequência nos inimigos garante pontuação extra. Você pode estar pensando: "peraí, eu já vi um jogo assim". Exatamente, caro amigo. Ghost Rider é uma descarada cópia de God of War. Apresenta apenas uma diferença: é muito ruim! O leitor de HQs mais atento pode estar agora se perguntando: "mas o MOTOQUEIRO Fantasma não vai realizar missões de moto?". Sim, ele vai. No entanto, o que poderia ser aproveitado em um estilo mundo livre é na verdade usado como um game de corrida de obstáculos, muito similar aos do tempo do Snes. Não é possível manobrar ou parar a moto, ela anda sempre para frente, e tudo que você faz é "driblar" os obstáculos, que são praticamente sempre os mesmos em ordem alternada, além é claro de enfrentar alguns demônios babacas. As boss battles representam mais uma frustrada tentativa de plágio. São repetitivas e envolvem poderes elementais que sinceramente não sei de onde saíram, além, é claro, de sequências específicas. Além disso, as opções de unlockable são tão limitadas que mesmo que você dê sequências muito curtas (ganhando assim pouca experiência), você terá todas as habilidades rapidamente. O que fazer com o que resta? Há opções maravilhosas, como screenshots do filme e trailers. Só faltou mesmo uma entrevista com o Nicholas Cage para completar o pacote. Ao terminar o jogo você assiste a um final sem pé nem cabeça que faz os mais velhos lembrar com saudade dos finais 2D do NES. Enfim. Honestamente sinto estar sendo redundante. Afinal, criticar um jogo adaptado de um filme do Motoqueiro Fantasma estrelado pelo Nicholas Cage... sinceramente, alguém esperava que fosse diferente?
(Texto escrito por Edu-Jb)

Screenshots:











Trailer:


Assinado: Equipe PrettyCoolGames.Blogspot


quinta-feira, 19 de julho de 2012

RESIDENT EVIL 2!

Escrito e editado por: Mr.Gameworld

Gênero: Survival Horror
Plataforma: Playstation, Nintendo 64, Windows, DreamCast, GameCube
Ano de Lançamento: 1998, 2000, 2003
Produtora: Capcom
Revisão: aproveitando o sucesso do primeiro Resident Evil (clique para ler minha review), não muito tempo depois a Capcom lançou o segundo game da franquia, intitulado Resident Evil 2. Com diversas melhorias nos conceitos apresentados no primeiro game, Resident Evil 2 (inicialmente lançado para PSX) foi sucesso total de vendas e critica, não demorando para ganhar versões para PC, Nintendo 64, e mais tarde DreamCast e GameCube. A historia do game se inicia em Raccoon City, seis meses após os fatos ocorridos na missão do Time Alpha. Leon S. Kennedy está em seu primeiro dia de trabalho como policial da R.P.D. (Raccoon Police Department). Enquanto isso, Claire Redfield, irmã de Chris Reddfield, está à procura de seu irmão que havia sumido do mapa, deixando pistas que levavam para a pacata cidade. Porém, algo de muito estranho ocorria no local: todos os moradores haviam se tornado Zumbis, o que indicava claros indícios de contaminação pelo conhecido T-Virus. Leon e Claire se encontram em meio ao caos que as ruas da cidade haviam se tornado. Pegando uma viatura da policia, os dois partem em direção a Delegacia, onde supostamente estariam seguros. Porém, no meio do percurso, um caminhão desgovernado (dirigido por um caminhoneiro que havia sido atacado por Zumbis) surge de atrás do carro da dupla. Como se não bastasse, um Zumbi estava no banco de trás, o que faz Leon perder o controle do veiculo, batendo logo em seguida. Vendo que o caminhão ia se chocar com o carro em poucos segundos, Claire e Leon saltam para fora dele. A batida causa uma grande explosão que separa os protagonistas um para cada lado da rodovia. Agora, o objetivo dos dois é chegar ao Departamento de Polícia. Mas isso será apenas o inicio de uma aventura que apresentará muitas surpresas para os jogadores, que conhecerão novas B.O.W.s (Biological Organic Weapons) da Umbrella Corporation, como o temido T-103 (vulgo Mr.X), um novo projeto que logo será testado em Raccoon City e se tornará um verdadeiro pesadelo para você! Então, prepare-se para saber um pouco mais dos planos da Umbrella e conhecer personagens famosas como Ada Wong e Sherry Birkin, por exemplo,  nesse game que para muitos dos fãs é um dos melhores da série!

Jogabilidade: a jogabilidade de Resident Evil 2 traz os mesmos elementos do primeiro game, a começar pela movimentação que permanece praticamente a mesma, onde esquerda e direita do direcional fazem o personagem se virar, enquanto frente e trás o fazem caminhar para tais direções. O inventário também tem as mesmas funções do visto em seu antecessor, onde você poderá examinar seus itens, equipar suas armas e administrar suas ervas. Alias, as já conhecidas ervas continuam existindo, sendo que mais uma vez a fusão delas se faz muito necessária para uma cura mais eficiente de ferimentos (especialmente a combinação Verde + Vermelha, que como sabemos, é uma salvadora de vidas!). Os baús das salas de Save, que servem como deposito de itens, também serão encontrados aqui, para novamente facilitarem as coisas. As grandes novidades do game começam a surgir na exploração, sendo que aqui você terá uma Raccoon City inteira para conhecer! Tal conceito traz uma sensação de mais complexidade e liberdade  para o game, com cenários mais amplos e localidades diversas, que obviamente apresentam uma linha já conhecida de resolução de Puzzles e busca por itens (com diversos perigos no caminho, que dessa vez estão bem maiores, alias, graças à alguns novos inimigos). Além disso, um fato muito interessante deve ser citado: o Storyilne do jogo é dividido em quatro possibilidades. Basicamente o game tem 2 CDs, sendo que cada um deles indica um “cenário” representado por um dos protagonistas. É possível começar por qualquer um dos CDs, sendo que se você terminar o game com um e carregar o mesmo save com o outro, uma historia completamente diferente (na perspectiva do outro personagem) será vista. Portanto, as quatro possibilidades citadas anteriormente são: Claire A, Claire B, Leon A e Leon B. Assim, será possível optar por quais eventos você deseja ver com determinado personagem, sendo que hoje a ordem aceita pela Capcom é Claire A e Leon B, apesar de alguns questionamentos ainda surgirem (especialmente após o lançamento de Resident Evil: Darkside Chronicles, de Nintendo Wii, que revisitou os eventos de Raccoon City), fazendo muito acreditarem que ambas as possibilidades poderiam ser levadas em conta, como fatos que separadamente deveriam ser encaixados.

Pros: os gráficos são bem melhores que os do primeiro game, especialmente no que diz respeito aos personagens, que agora tem um design mais detalhado e nítido, bem mais natural (com um belo uso dos polígonos de sua época); o enredo é muito bom, adicionando novos personagens e novos monstros que geram curiosidades nos jogadores, definindo esse como um dos mais bem pensados Storylines da série, tanto que rendeu alguns outros games baseados nele; para a sorte de todos nós, as CutScenes em forma de filme (muito mal produzidas no jogo anterior) não existem mais, o que deu um ar bem mais sério para aventura. Elas foram substituídas pelos tradicionais gráficos CGI (no padrão PSX), que alias são excelentes, mostrando mais dos personagens; a ideia de colocar o clima terror da série nas ruas de uma cidade inteira foi genial. Isso ajudou a tornar o game consideravelmente mais longo e complexo que seu antecessor (fato esse que é potencializado pelos dois CDs, que deram uma longevidade ainda muito maior à ele!), além de trazer uma sensação de liberdade para a exploração; as armas são todas muito bem desenvolvidas em seu funcionamento, sonoridade, etc. Além disso, aqui entra uma proposta muito boa: os Upgrades que melhoram algumas armas, dando à elas mais poder de fogo, mais velocidade ou menos recuo através de novas peças que podem ser fundidas, gerando quase que uma nova arma (o que seria visto também nos games posteriores, até mesmo no famigerado Resident Evil 4!).

Contras: para um game onde o número de monstros em uma mesma tela cresceu bastante (além de alguns inimigos que sozinhos já podem gerar alguns problemas), poderíamos dizer que a jogabilidade um tanto quanto "travada" do primeiro jogo poderia ter sido melhorada. Os movimentos lentos do personagem e a mira imprecisa podem gerar alguns danos indesejados em alguns pontos da jogatina!

Screenshots:











Trailer:


Considerações Finais: Eu particularmente tenho Resident Evil 2 como um dos meus games favoritos da série e dos Survival Horrors como um todo! E não somente isso, pois esse foi um dos games que fez Resident Evil se tornar possivelmente minha franquia de Survival Horror favorita (hoje competindo com Fatal Frame, mas isso é assunto para outra review). Deixando os gostos de lado e partindo para uma conclusão baseada em fatos, poderia facilmente dizer, sem medo de errar, que Resident Evil 2 foi provavelmente um dos mais importantes games desse grande nome da Capcom, pois criou quase uma nova subdivisão dentro da série, sendo que seus fatos estão ligados a outros games (direta ou indiretamente), com algumas revisões interessantíssima! Um game espetacular! Impossível gostar de Survival Horror no estilo clássico e não gostar dessa grande obra, que marcou muitos e muitos Gamers mais das antigas! Então, se não jogou ainda, corra para fazer isso! Certamente com uma Raccoon City lotada de Armas Biológicas da Umbrella Corporation para atormentar você (com destaque para um dos vilões mais temidos dos videogames, T-103), emoção é o que você terá de sobra! Um forte abraço à todos os leitores! Até a próxima postagem! E não deixem de ler minha review sobre Resident Evil 3: Nemesis (mais um sucesso absoluto do PSX)!


domingo, 15 de julho de 2012

UCHUU KEIJI TAMASHII!

Escrito e editado por: Edu-jb

Gênero: Ação
Plataforma: Playstation 2
Ano de Lançamento: 2006
Produtora: Bandai
Revisão: Uchuu Keiji Tamashii (algo como Espírito dos Policiais do Espaço) é um jogo exclusivo de PS2 que retrata a série de TV dos detetives do espaço Gyaban, Sharivan e Shaider. Antes de dar prosseguimento à nossa review, acho que cabe uma explicação. Muito antes de Os Cavaleiros do Zodíaco liderar a invasão dos animes no Brasil em 1994, as produções japonesas já dominavam a infância do pessoal nos anos 80 com seriados estrelados por atores, conhecidos como Tokusatsu. O primeiro Tokusatsu foi National Kid de 1960, ainda que alguns atribuam o "título" ao primeiro filme da série Gojira de 1954, mas essa discussão não cabe aqui. Este estilo tem vários gêneros, entre eles o mais famoso talvez seja o Metal Hero, um estilo onde o herói ganha poderes ao vestir um tipo de armadura. Os mais famosos representantes são Jaspion e Jiraiya, ambos de muito sucesso por aqui e ainda exibidos em alguns canais (no sul pelo menos). Pois este gênero surgiu justamente com Uchuu Keiji Gyaban, criado pela Toei Company em 82, o primeiro da trilogia dos Policiais do Espaço. No Brasil a série chegou a ser exibida pela Rede Globo com o nome de Space Cop Gavan. Sharivan por sua vez foi exibido pela Bandeirantes e Record, e Shaider pela Globo e Gazeta. Gyaban contava a hitória do oficial Takeshi Ichijoji, que combatia a Organização Criminosa Makuu, que escravizava povos por planetas em que passava. Sharivan é sua continuação direta e conta as aventuras de Den Iga após Takeshi partir da Terra. Já Shaider narra os eventos do terceiro policial, Dai Sawamura, o novo guardião da Terra. Após Shaider foi produzida a série Jaspion, que apesar da clara inspiração não apresentava nenhuma semelhança em relação a roteiro ou continuidade. Terminadas as explicações (ao pessoal mais novo) vamos a review. Este jogo é dedicado a estas importantes séries no Japão e reúne os três policiais do espaço em uma mesma aventura. Ele é dividido em dois momentos. No primeiro, retrata fielmente os mais relevantes episódios da série original de Gyaban, com os mesmos cenários, monstros e cenas. Já a segunda parte ele segue um roteiro original, onde Gyaban se alia a Sharivan e Shaider para combater um novo e poderoso inimigo. O jogo foi lançado exclusivamente no Japão, tendo alcançado pouca popularidade mesmo por lá.

Jogabilidade: o jogo segue bem o padrão beat'em up 3D, sendo quadrado e triângulo os botões principais envolvidos nos ataques, enquanto X salta e círculo agarra. As lutas seguem cinematics muito bem feitas, sendo que na primeira parte são mescladas com cenas do seriado original, o que é especialmente legal porque os atores (destaque para Keiji Ohba - Gyaban) são excelentes lutadores. Como é tradicional, o personagem começa em sua forma normal e pode se transformar conforme uma sequência de botões é entrada de maneira correta. As cenas de tranformação são extremamente semelhantes às da série original. Não há muita variação entre as fases, mudando mesmo apenas o inimigo e o cenário. A trilha sonora é exatamente a mesma dos seriados originais, interpretada por Akira Kushida, cantor da trilha de diversos outros tokusatsu (Jiraiya, Jiban, etc.). O trabalho de dublagem é muito bem feito, conta com trechos tirados do seriado original e na segunda parte com os atores principais da série, Keiji Ohba (Gyaban), Hiroshi Watari (Sharivan) e praticamente todo o elenco de apoio. A única ausência foi Hiroshi Tsuburaya, o Shaider, que já havia falecido. Além do modo story existe o versus, onde é possível confrontar os personagens da série, e o Survival, onde se deve vencer monstros em determinado tempo.

Pros: certamente a maior qualidade deste jogo é o seu excelente trabalho de adaptação, contando com as músicas originais das séries, os mesmos atores (à exceção do já citado), as mesmas cenas de transformação, o mesmo enredo e até o mesmo clima de efeitos especiais dos anos 80. Além disso conta com gráficos bons e cinematics reproduzidos fielmente. A jogabilidade é simples e de fácil adaptação.

Contras: o jogo é curto e muito limitado. Todo o foco foi na tentativa de relembrar exatamente o clima das três séries, deixando questões como interatividade e diversidade de lado. Dessa forma, o jogo é muito pouco atrativo para quem jamais assistiu às séries e mesmo para quem assistiu, dependendo do grau de tolerância, poderá não gostar pelas grandes limitações e repetições.

Screenshots:




Trailer:


Considerações Finais: para fãs de Tokusatsu, esse jogo deve relembrar muitas cenas épicas destas importantes séries. Todo o trabalho de adaptação foi minuciosamente bem elaborado justamente com esse objetivo. Quem duvida assista ao video acima (recomendo para todos que assistiram às séries) ou compare a primeira fase do jogo com o primeiro episódio de Gyaban. Entretanto, quem nunca acompanhou nada do gênero dificilmente encontrará motivação em um game tão repetitivo. Portanto, recomendo o jogo ao pessoal mais antigo e que via a série na TV, os demais não acharão muitos atrativos para jogá-lo. Um detalhe interessante é que a atriz Machiko Soga (que interpretou Aracnin Morgana em Jiraiya e a Imperatriz Pandora em Spielvan) dublou uma personagem inspirada nela na parte "fictícia" do jogo, sendo este na verdade seu último trabalho. Soga faleceu em maio de 2006 por câncer de pâncreas. Outro detalhe interessante é que assim como o lendário Metalder, Spielvan, Zyuranger (e tantos outros Tokusatsu do estilo Super Sentai), Uchuu Keiji Shaider também foi "assassinado" pela produtora americana Saban, especialista em violar séries japonesas com estranhas fusões, distorção de roteiro e inclusão de elenco americano, como ocorreu em Power Rangers e VR Troopers. O mais estranho pra mim é que isso deu certo...


sexta-feira, 13 de julho de 2012

ROCK & ROLL RACING!

Escrito e editado por: Edu-jb

Gênero: Corrida/Ação
Ano de Lançamento: 1993
Plataforma: Super Nintendo, Mega Drive, Gameboy Advance
Produtora: Blizzard Entertainment
Revisão: comemorando hoje o Dia Mundial do Rock (27 anos do Live Aid de 1985, pra quem não sabe) e a Semana Especial do Rock no PrettyCoolGames, trazemos um clássico dos videogames e também do rock para vocês! Nos anos 90 muitos bons jogos de corrida foram lançados para a geração 16 bits, como Top Gear, Indycar Challenge, Grand Prix, entre outros. Em 1993 a Blizzard lançou um jogo com uma proposta diferente. Além de vencer os oponentes na corrida, o jogador tinha a possibilidade de usar armamentos como bombas, mísseis e minas, sendo possível destruir os adversários, com uma jogabilidade muito mais voltada para a ação do que propriamente para as manobras. Além disso o game foi amplamente influenciado pelo Hard Rock, seja pela trilha sonora ou pela aparência de seus participantes, com destaque para  os corredores Snake Sanders, inspirado no vocalista do Whitesnake David Coverdale, e Jake Badlands, baseado em Jake E. Lee, guitarrista da Badlands (e do Ozzy Osbourne mais antigamente), além de outros nomes cuja inspiração não é confirmada mas a semelhança é clara (Cyberhawk é muito semelhante ao personagem que aparece na capa de "Screaming for Vengeance" do Judas Priest). A história girava em torno de um torneio galático de corrida, disputado em planetas bizarros, sempre com condições atmosféricas desfavoráveis. Rock & Roll Racing marcou época como um dos mais originais e divertidos  jogos do SNES e do Mega Drive, capaz de agradar fãs de corrida ao mesmo tempo que agrada aqueles que jamais haviam jogado nada do estilo.

Jogabilidade: o game usa uma câmera fixa e a movimentação do carro se dá pelo direcional. O B acelera enquanto X, Y e A utilizam as armas previamente equipadas. A jogabilidade é muito baseada no lançamento anterior da produtora, RPM Racing, que nunca alcançou grande sucesso por gráficos e som de baixa qualidade. Em R&R Racing há dois modos principais. O multiplayer permite jogar contra um amigo e mais dois corredores, Shred e o chefe responsável pelo planeta escolhido (Viper Mackay[gan], Grinder X19, Ragewortt, Roadkill Kelly, Butcher Icebone e J.B. Slash). No single player é possível escolher entre 7 corredores, cada um com seus atributos e qualidades, como o terráqueo Snake Sanders e o asgardiano Olaf, do jogo Lost Vikings. Serão  disputadas provas em um planeta hostil, sendo seis ao todo. Cada planeta tem um chefe (os mesmo citados acima). Além destes, dois corredores padrão, Shred e Rip, completam o quadro. Para progredir de planeta é necessário ser o primeiro colocado no ranking após todas as corridas serem realizadas duas vezes. Prêmio em dinheiro e pontos é dado aos corredores após a corrida conforme colocação, do primeiro ao terceiro. Na fase preparatória é possível usar o dinheiro para comprar itens para o carro, como armamentos, pneus, lataria e diversas outras opções, entre elas trocar a cor e o modelo do veículos. Como o nome sugere, a trilha sonora é composta por grandes clássicos do hard rock/heavy metal, contando com versões de Paranoid (Black Sabbath), Highway Star (Deep Purple), Bad to the Bones (George Thorogood) e Born to be Wild (Steppenwolves) na versão do Snes, além de Radar Love do Golden Earring na versão de Mega Drive. O jogo apresenta três níveis de dificuldade, variando também a cena final que aparece. O jogo conta ainda com o narrador Loudmouth Larry (Larry Huffman), que garante o humor do jogo.

Pros: muitos jogos divertidos foram lançados nesta geração mas me atrevo a dizer que este é o campeão. A maneira única com que se pilota os veículos, a possibilidade de explodir os oponentes, as arriscadas armadilhas, enfim, tudo colabora para agradar fãs de jogos de corrida e também aqueles que detestam o estilo (como eu). A trilha sonora dispensa qualquer comentário, composta por clássicos dos anos 60, 70 e 80, verdadeiros hinos do hard, sendo jogo talvez o contato inicial de videogame e rock, algo muito presente hoje em uma série de títulos (conforme citamos em nossa postagem especial). Os três níveis de dificuldade garantem a diversão do jogador iniciante e o desafio dos mais experientes. Por último, a narração de Loudmouth garante momentos hilários, mesmo com o sistema de vozes deficitário dos consoles 16 bits (Viper is about to blow).

Contras: o jogo pode se tornar repetitivo se você ficar trancado muito tempo em um mesmo planeta. Os carros são legais mas são sempre uma versão melhorada do anterior, então mesmo que você goste de um modelo provavelmente precisará trocar para conseguir completar o jogo.

Screenshots:












Trailer:


Considerações Finais: Rock & Roll Racing é um jogo lendário para muitos gamers das antigas, efetivamente marcando época. Permanece até hoje como um jogo único, um projeto que infelizmente se perdeu no tempo. Uma continuação até foi lançada para psx, mas ficou bem longe do sucesso e da qualidade deste jogo. Certamente um dos games que eu mais gostaria de ver uma continuação na geração atual. Aos fãs, recomendo um replay deste magnífico e inesquecível game. Liguem os motores e aumentem o volume dos seus amplificadores até o limite!



Então é isso pessoal! Feliz Dia do Rock para todos os Rokeiros Gamers em geral que acompanham o PrettyCoolGames.Blogspot! Espero que tenham gostado dessa postagem que trouxe recordações de um dos games mais Rock N' Roll de todos os tempos! E que os Deuses do Rock abençoem vocês! Até mais pessoal!




Mensagem Póstuma: No último dia 16 de julho de 2012 faleceu Jon Lord, famoso por ser um dos membros fundadores do Deep Purple, além de uma importante carreira solo e participação no Whitesnake. Lord lutava contra um câncer localizado no pâncreas desde 2011 e faleceu devido a embolia pulmonar. Uma grande perda para os fãs de rock. Quem não conhece, clique aqui para ouvir o clássico Highway Star ao vivo em 1972, destaque para o genial solo de teclado de Lord.


Equipe do PrettyCoolGames.Blogspot.com