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domingo, 30 de outubro de 2011

OKAMIDEN!

Escrito e editado por: Mr.Gameworld

Gênero: Ação/Aventura
Plataforma: Nintendo DS
Ano de Lançamento: 2011
Produtora: Clover Studios

Revisão: graças ao sucesso incrível que Okami (clique para ler a review) alcançou desde seu lançamento no PS2, a produtora Clover Studio resolveu dar continuidade ao game com Okamiden. O jogo pode não ter ganhado a mesma fama, mas conseguiu cumprir com perfeição seu objetivo, que era de justamente criar uma história 100% nova, trazendo ainda mais conteúdo aos ligados na bela mitologia do Japão. A história é uma continuação direta do primeiro jogo, tendo inicio após seus eventos finais. Portanto, ATENÇÃO! Se você não jogou Okami, poderá encontrar Spoilers no texto escondido pelo botão abaixo! Clicar e ler o restante desse tópico é um risco seu!

Jogabilidade: Okamiden tem uma jogabilidade muito semelhante a do game original. Os combates funcionam da mesma forma, com possibilidades de combos ou ataques especiais do Pincel Celestial, que lias permanece com funções semelhantes (mas evidentemente, é usado através da caneta Stylus do Nintendo DS, como não poderia ser diferente). Porem, a grande alteração na jogabilidade de Okamiden fica por conta dos companheiros de Chibiterasu. Diferentemente de Issun, Kuni, por exemplo, não ajuda simplesmente dando dicas de como seguir no game. Ele também contribui (e muito) para sua evolução na aventura. Basicamente todos os companheiros que você conseguirá durante sua jornada podem passar por lugares onde Chibiterasu não pode. Um exemplo: em pontes feitas de rochas rachadas é impossível passar com Chibiterasu e Kuni juntos, pois eles pesam demais. A solução então é guiar somente Kuni para o outro lado (através do pincel celestial, traçando uma linha que representará sua trajetória) para achar uma solução necessária (normalmente são mecanismos que devem ser acionados por seu companheiro, como botões no solo). Alem disso, obviamente os companheiros também ajudam nos combates, sendo que cada um deles executa um tipo de ataque diferente, tornando  único o momento de cada um! Outra inovação é a possibilidade de ajudar na evolução de um vilarejo chamando os personagens encontrados pelos mapas para povoá-lo, tendo como prêmio novos itens e até mesmo habilidades do pincel celestial! No mais, você pode esperar todos os elementos de exploração e ação que fizeram a enorme fama de um dos maiores sucessos do Playstation 2!

Pros: o game foi uma bela continuação para Okami, seguindo e complementando sua historia com um enredo consistente e digno, contrariando o que parecia um fim definitivo ao término da aventura de Amaterasu; os gráficos são muito bons e seguem a mesma fórmula única do game anterior, num belíssimo estilo de pintura em movimento; o Gameplay apresenta sidequests interessantes, como por exemplo, ajudar no crescimento do vilarejo Yakushi, que por sua vez gera mais sidequests vindas dos NPCs que passam a habitar a localidade; a aventura é bem longa, tendo diversos momentos de muita diversão, com a exploração ampla já presenciada em Okami; o sistema de ajudantes de Chibiterasu foi uma ideia sensacional, dando um tom diferente ao game (além de proporcionar enigmas interessantes, que dependem das habilidades de cada ajudante), tonando cada trecho bem diferente do outro, pois cada um dos companheiros tem habilidades muito próprias, tanto em combates como fora deles; as Boss Battles históricas e extremamente interativas do game original foram trazidas com tudo para Okamiden também! 

Contras: exatamente como em Okami, o game faz uma confusão com as técnicas do pincel celestial, reconhecendo erroneamente o desenho feito na tela e acionando uma técnica diferente da desejada; o mapa é um pouco limitado se comparado com o de Okami. Ainda que bem amplo, o jogador pode sentir falta de uma maior complexidade, como as águas, que não chegam a ser amplamente exploradas aqui. 

Screenshots:











Trailer:


Considerações Finais: Okamiden é um jogo muito bom! Sinceramente não esperava muito dele, pois inicialmente pensei que uma continuação de Okami não teria muito sentido. Porem, eu estava errado e me surpreendi muito, pois a historia foi muito bem desenvolvida e encaixada na do primeiro game! Uma nova trama altamente envolvente foi criada, sendo que nada se mostra deslocado dos fatos que antes foram apresentados (tudo isso por um motivo que também surpreende. Mas isso você somente descobrirá quando jogar!). Se você gostou de Okami, corra para jogar Okamiden! Garanto que não vai se decepcionar! Foi uma grande surpresa para mim e certamente será também para você! Um game sensacional! E não esqueça de ler minha review sobre Okami (só clicar), para relembrar esse histórico game!


domingo, 23 de outubro de 2011

STAR OCEAN / STAR OCEAN: FIRST DEPARTURE!

Escrito e editado por: Mr.Gameworld

Gênero: RPG
Plataforma: Super Nintendo, PSP
Ano de Lançamento: 1996, 2007
Produtora: Enix/Tri-Ace, SquareEnix
Revisão: em 1996 a antiga Enix (hoje SquareEnix), em parceria com a Tri-Ace, fez historia no SNES lançando Star Ocean. O game apresentava gráficos incríveis para a sua época, sendo considerado por muitos um dos mais fortes candidatos aos melhores gráficos do Super Nintendo. Isso é facilmente explicado pelo fato da Enix ter feito o game chegar ao limite do cartucho de SNES, com uma capacidade de 48Megabits (resultando em uma definição vista em poucos jogos de sua geração). A historia de Star Ocean tem inicio no subdesenvolvido planeta Roak, com Ratix, Milly e Dorn, que juntos formam um grupo chamado Brigada Clatos (responsável por manter a segurança do vilarejo Clatos). Certo dia uma carta chega a Clatos, alertando sobre uma terrível doença que se espalhava rapidamente, tendo sua origem no vilarejo Cool. O poderoso curandeiro de Clatos (e pai de Milly) parte para Cool com o objetivo de descobrir uma cura para a doença que transforma os infectados em pedra. Milly, preocupada com seu pai, decide fugir à noite para ir atrás dele. Dorn e Ratix correm para tentar impedi-la, mas acabam encontrando-a somente em Cool. A doença já havia se espalhado. A única esperança estava em uma flor que nascia apenas no topo do mais perigoso monte do continente: o Monte Metox. Os heróis partem em busca da flor em uma tentativa desesperada de salvar os infectados. Porem, o grupo encontra dois terráqueos, que revelam que a cura através da flor era apenas um mito. Os viajantes se apresentam como Ronixis Kenny e Iria Silvestoli e oferecem sua ajuda. Uma nova esperança surge: ir à busca da origem da doença em Roak de 300 anos atrás através de uma viagem temporal! Assim, uma excelente história cheia de surpresas está para começar! Alem da versão de SNES, em 2007 foi lançado para PSP Star Ocean: First Departure, sendo um Remake do original de 1996, com um estilo gráfico muito semelhante ao visto em Star Ocean: The Second Story (segundo game da franquia e clássico do PSX, que você também confere aqui no Blog clicando no link)!

Jogabilidade: Star Ocean faz uma mistura característica entre os RPGs tradicionais e os Action RPGs, até mesmo dificultando uma classificação exata em alguma das duas subdivisões do gênero. Nas batalhas você assume o controle de um personagem. É possível trocar o personagem que está sendo controlado. Todos os demais serão controlados pela inteligência artificial do game. Porem, é possível acessar o menu de magias mesmo dos personagem controlados pela máquina, o que ajuda bastante a determinar ações mais especificas por parte do grupo. E para ajudar mais, existe ainda um recurso de configurar as estratégias dos seus personagens, determinando ações diversas, como partir para o front dos combates ou manter-se mais afastado do resto do grupo, atacando de longe e evitando maiores danos. Os ataques normais são executados imediatamente com o apertar de um botão, assim como as técnicas especiais (que podem ser distribuídas nos botões R e L). Além disso, você poderá andar livremente na tela de combate para se distanciar ou se aproximar dos inimigos, o que dá uma ação bem maior às batalhas. Há ainda um sistema muito interessante nas armas do game: você pode criar ou modificar armas com o uso de itens específicos, além das habilidades necessárias para fazer isso. É possível criar armas realmente poderosas! Porem, existem três pontos fundamentais para sua arma ideal ser criada com sucesso: 1) o Level da habilidade correspondente (ele pode ser aumentado com o uso dos Skill Points adquiridos a cada level do seu personagem); 2) Os talentos (que determinam se seus personagens são bons ou não na criação/customização, ou em qualquer outra habilidade); 3) Sorte! Muita sorte! Por isso, antes de fazer uma tentativa, salve! Se der errado, carregue e tente novamente! Além da criação e customização de armas, os Skills/Talentos de seus personagens também proporcionam outras habilidades, como copiar itens, compor e executar músicas através de vários instrumentos musicais (que fazem batalhas especiais aparecerem, com possibilidade de Drops raríssimos e/ou únicos), cozinhar para gerar itens de cura, entre muitas outras! Vale ainda lembrar de um conceito muito importante no game: existe uma quantidade grande de personagens que podem se tornar membro do grupo. Porém, não existe espaço para todos eles. Sendo assim, o jogo se utiliza de um sistema onde adquirir um personagem especifico pode significar automaticamente não ter mais a chance de adquirir outro especifico. Sendo assim, é importante um planejamento para adquirir os que melhor fecham com seu estilo de jogo (para isso, deixarei um detonado interessante ao final do texto).

Pros: os gráficos são impressionantes, sendo que na versão original levaram o SNES à suas capacidades máximas, com um belo jogo de cores incomuns para sua geração; excelente trabalho na dublagem dos personagens durante os combates, onde eles costumam dizer os nomes de seus ataques/magias (que diga-se de passagem que são muitos!) quando esses são executados (alias, mais um ponto revolucionário, pois dublagens nos RPGs dos 16Bits era algo realmente raro); a jogabilidade é extremamente divertida e inovadora, impecável para quem gosta de RPGs intensos; o roteiro é maravilhoso, com temas interessantíssimos (que misturam perfeitamente as mais avançadas tecnologias e teorias cientificas com temas religiosos e medievais, tudo com um excelente motivo); a trilha sonora é perfeita; os personagens são muito interessantes, todos com seus estilos próprios de luta e participação bastante ativa no enredo (independente de quais você escolher); a inteligência artificial do seu grupo pode ser customizada com diferentes táticas, sendo que o AI costuma fazer um bom trabalho em boa parte dos casos, respondendo bem às expectativas dos jogadores; o sistema de criação de itens (ainda que extremamente complicado, como veremos abaixo), proporciona centenas de possibilidades de bons itens/equipamentos, sem contar as outras habilidades já citadas mais acima, que completam ainda mais o jogo!

Contras: o sistema random de criação de armas é um verdadeiro teste de paciência! Você precisará basicamente de sorte e certamente reiniciar o game várias e várias vezes. Isso ocorre porque quando você tenta criar a arma que deseja, existe um resultado de sucesso e outro de fracasso (gerando um item que serve apenas como lixo, não tendo nem sequer preço na venda de itens). E não preciso nem dizer que, se a questão for as armas finais (fundamentais para o término da aventura), as chances de sucesso são consideravelmente menores do que na criação de uma arma mais simples. Mas eu garanto à você: os resultados valem realmente muito a pena!

Screenshots (SNES):












Trailer (SNES):

Screenshots (PSP):









Trailer:


Considerações Finais: Esse é o meu RPG favorito da era Super Nintendo, sem dúvida alguma. Mas independentemente de preferências, Star Ocean é um verdadeiro clássico dos RPGs. O storyline é genial, os gráficos são incríveis para a sua época e a trilha sonora é simplesmente perfeita! Além disso, o game estreou diversos elementos peculiares, que mais tarde se tornariam os conceitos principais para a criação dos demais títulos da série, que se seguiu por mais três gerações (contando com a atual). Um jogo acima de tudo revolucionário, recheado de características que vão além do que era mais comum no SNES. E quanto a First Departure, sem dúvida foi um Remake perfeito! Trazendo um novo estilo gráfico, o game reformulou o original, mas conseguiu manter tudo que havia nele, contando com a mesma jogabilidade e os mesmos conceitos gerais! Ambos valem muito serem jogados, por todos os fãs de RPGs clássicos, marcantes e que tiveram uma enorme parcela de responsabilidade na evolução do estilo! Recomendadíssimo! Não deixem de jogar! Comentem! Até mais pessoal! E não deixem de conferir também minha review de Star Ocean: The Second Story (basta clicar)! Nos vemos por lá!

P.S.: Caso você queira um bom detonado para planejar melhor seu grupo, suas habilidades e Skills, aqui está um: http://shrines.rpgclassics.com/snes/so1/. 


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

CASTLEVANIA: SYMPHONY OF THE NIGHT!

Escrito e editado por: Mr.Gameworld

Gênero: Ação/Aventura, Side-Scrolling
Plataforma: Playstation, Sega Saturn, PSP
Ano de Lançamento: 1997, 1998, 2007
Produtora: Konami
Revisão: considerado por alguns (muitos, alias) o melhor Castlevania já lançado, Symphony Of The Night sem dúvida nenhuma foi no mínimo o mais importante game da série. Digo isso porque ele marcou a chegada de diversos elementos que mudariam o rumo da Konami na produção dos Castlevania: refiro-me aos famosos elementos de RPG (que definiram dentro da franquia o estilo que muitos costumam chamar de "Castlevania pós Symphony Of The Night")! Lançado em uma época onde o 2D já começava a sumir devido as novas tecnologias que surgiam, o jogo contém história e tradição também por isso! Mas agora, vamos conhecer um pouco do enredo antes de seguirmos com mais detalhes gerais? A historia do game tem inicio exatamente nos eventos finais de Castlevania: Dracula X (confira minha review!), mostrando a batalha e a vitória de Richter Belmont e Maria Renard contra Dracula (no ano de 1792). Cinco anos se passam e o castelo de Dracula reaparece. Porem, diferentemente de como havia acontecido diversas vezes no passado, não havia nenhum Belmont para derrotar o Conde, pois Richter havia desaparecido sem deixar pistas de seu paradeiro após o combate há cinco anos. Eis que Alucard  (filho de Dracula) decide acordar de seu sono profundo para ir atrás dos servos de seu pai. Chegando ao castelo Alucard descobre que Maria Renard também estava lá à procura de Richter. Maria e Alucard então se unem para descobrir o que se passava dentro do Castlevania e alem disso, colocar um ponto final nos planos dos seguidores de Dracula,  que sob a liderança de um velho conhecido, pretendem trazer seu mestre de volta a vida com seus poderes máximos. Castlevania: Symphony Of The Night também teve uma versão para Sega Saturn (de 1998), onde havia uma localidade nova no mapa do castelo, dois Familiars exclusivos, alem de ser possível jogar também com Maria Renard (lembrando os velhos tempos de Rondo Of Blood). Porem, essa versão não teve uma tradução para o Inglês. Por fim, o jogo foi trazido como conteúdo desbloqueável no PSP em Dracula X: Chronicles (de 2007), também com Maria como personagem jogável e ainda com alguns novos efeitos sonoros.

Jogabilidade: como eu havia dito antes, Symphony Of The Night trouxe a série muitos novos elementos. Primeiramente, o cenário foi completamente alterado em relação aos Castlevania anteriores. O seu destino não está apenas em uma direção. Os cenários são abertos e podem ser explorados por completo (lembrando talvez o que a série Metroid já havia feito, desde seu primeiro lançamento). Não existem mais fases, mas sim diferentes localidades do castelo, que juntas formam um ciclo que será fechado e o jogador poderá retornar a qualquer ponto quando bem quiser. Alucard terá um mapa gigantesco para explorar, que conta com paredes e solos falsos,  itens secretos e muitos outros detalhes que complementam o processo de exploração. Alias, o sistema de itens também foi uma inovação que chegou com tudo, sendo que Alucard não tem uma arma fixa como os Belmonts. É possível usar diversas armas que são encontradas no castelo ou compradas (no Shop localizado na Biblioteca), que variam desde espadas até cajados, alem de outros equipamentos como armaduras, escudos e anéis que dão atributos extras (muitos dos itens também serão adquiridos através do famoso sistema de Drop dos RPGs). Outro ponto interessante é o fato de Alucard ganhar Level durante sua aventura, assim aumentando seus status básicos. Algumas magias podem ser executadas através de comandos específicos ou com o uso de itens e armas especificas. Existem ainda as transformações de Lobo, Névoa e Morcego, cada uma dando acesso a locais específicos (sendo que Upgrades para as transformações também serão adquiridos, aumentando sua efetividade). Alucard também contará com a ajuda dos Familiars, que são pequenos seres com diferentes habilidades e características, que ganham Level individualmente (tornando-se cada vez mais poderosos e úteis). Há também itens de Upgrade chamados de Life Max Up e Heart Max Up, que aumentam a vida e o número de corações, sendo que todos os chefes darão um Life Max Up após serem derrotados (os demais Life Max Up e os Heart Max Up serão encontrados ao longo dos mapas, muito em locais secretos). Os corações têm a mesma finalidade dos Castlevania mais clássicos: são consumidos pelo uso das Sub-Weapons, que seguem com o mesmo estilo tradicional de uso, exatamente como nos demais games. Como eu havia dito, Castlevania: Symphony Of The Night de uma forma geral abriu as portas para entrada de novos elementos nos games da série, que seriam utilizados em todos (ou praticamente todos) os games seguintes, mesmo que com alterações muito significativas. Uma verdadeira revolução na franquia!

Pros: excelentes gráficos, com um clima muito seu, que marcaram em uma geração onde o 2D começava a perder suas forças (o que tornou esse game um símbolo de sua época, servindo inclusive de guia para outras produções posteriores da série); trilha sonora exemplar, com canções que completam a ambientação de cada localidade dos mapas, fazendo história na vida dos Gamers (quem não sente arrepios até hoje, só de lembrar de Dracula's Castle?); boas dublagens nas vozes dos personagens, que mostram diálogos magistrais, dignos de serem decorados; mapa enorme à ser explorado, com centenas de passagem secretas que proporcionam uma exploração complexa, que acima de tudo motiva o jogador a jogar mais e mais para descobrir todos os segredos do Castlevania (rumo a máxima porcentagem do jogo); uma quantidade absurda de armas, equipamentos e itens estão disponíveis para Alucard, incluindo armaduras, mantos, escudos, espadas (pequenas e gigantes), maças, cajados, facas, luvas e muito mais;  os cenários são todos muito bem desenvolvidos, assim como todos os inimigos (que alias são muitos. Até aqui, certamente disparado o maior Bestiary da série!) e mais ainda os chefes, que sempre mostram uma surpresa para o jogador; o clima do jogo passa um ar sombrio, vampiresco, que é trazido por todo o conjunto da obra, inclusive pelo enredo, que é bastante envolvente (com alguns questionamentos interessantes sobre o próprio Dracula).

Contras: os extras poderiam ter sido mais bem elaborados. O Gameplay com Richter Belmont (disponível após terminar o game com Alucard), por exemplo, é extremamente vago, sendo na verdade uma repetição do jogo de Alucard, sem uma historia especifica. Não é difícil pensar no quanto isso poderia ser melhor, gerando ainda mais roteiro para o jogo.

Screenshots:











Trailer:


Considerações Finais: Castlevania: Symphony Of The Night é um game que marcou a vida de quase a totalidade das pessoas que tiveram um PSX. O jogo foi um dos maiores sucessos de sua geração, tendo feito também a série Castlevania alcançar um número muito maior de fãs (pois muitos tiveram acesso à ela somente aqui, logo se interessando em buscar os demais games, mais antigos). Uma obra de poucos defeitos, que em nada deixa a desejar, trazendo uma revolução geral para o modo de produção tradicional da Konami, tornando-se um novo ponto de inspiração para os demais maravilhosos Castlevania. Muitas características de RPGs unidas com um muito bem elaborado sistema de exploração, incontáveis itens e equipamentos, inimigos que não acabam mais e um enredo envolvente que trás devolta um dos protagonistas mais amados pelos fãs, resultaram em um dos melhores games da franquia... e dos videogames! Se você ainda não jogou (possivelmente tendo vivido em uma caverna nos últimos 14 anos, sem nenhuma tecnologia por perto!), não deixe passar mais tempo! Symphony Of The Night é obrigatório, e garantia de satisfação! Em breve, mais Castlevania para vocês! Abraço a todos!


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

VAGRANT STORY!

Escrito e editado por: Mr.Gameworld

Gênero: Action RPG
Plataforma: Playstation
Ano de Lançamento: 2000
Produtora: SquareSoft
Revisão: Vagrant Story foi mais um dos grandes RPGs lançados pela SquareSoft. Apresentando um sistema de combates completamente diferente do que tradicionalmente era visto, o game foi um dos últimos lançamentos no PSX, e foi produzido praticamente pela mesma equipe que havia produzido Final Fantasy Tactics (em 1997) e mais tarde produziria Final Fantasy XII (em 2006), todos apresentando o lendário trio Minagawa, Yoshida e Matsuno. A recepção ao lançamento foi variada, pois o game não ganhou exatamente muita fama, mas sim respeito por parte daqueles que conseguiram captar sua complexidade. Isso veremos mais adiante. O enredo do jogo se passa em Leá Monde (uma belíssima cidade, que no passado foi palco de catástrofes que desestabilizaram seus solos). Em meio a uma guerra baseada em interesses políticos e especialmente religiosos que ocorria no Reino de Valedia, o agente Ashley Riot da organização Valedian Knights Of Peace (VKP) é mandado em uma missão para investigar Sidney Losstarot (líder de um misterioso culto) e seu envolvimento com o Duque do Parlamento Valediano. Em meio a sua missão, Ashley se encontra com sua nova companheira, Callo Merlose, e descobre que os soldados do Cardinal também estavam atrás de Sidney (porem sem a aprovação dos VKP).  Ao encontrar seu alvo, Ashley é atacado por um Dragão Wyvern, invocado pelo próprio Sidney para garantir sua fuga. Após derrotar o inimigo, Ashley e Merlose partem para Leá Monde. Porem, Ashley decide seguir sozinho na missão de encontrar novamente Sidney. Através de uma assombrosa passagem subterrânea, o agente descobre que a perdida Leá Monde era um território envolvido por uma poderosa forma de magia negra. Agora Ashley deve sobreviver, para só assim, descobrir os planos de Sidney e todos os envolvidos em seu culto, e alem disso, desvendar os significados por trás de antigas memórias de um passado que o atormenta! Prepare-se para um dos melhores e mais desafiadores games de RPG! Recomendadíssimo pelo Mr.Gameworld!

Jogabilidade: em Vagrant Story não existem novas telas para os combates. Existe uma área de ataque, que varia conforme a arma que você está utilizando (crossbow, espadas, machados, etc). Se um inimigo estiver dentro da área de ataque você poderá acertá-lo em vários pontos de seu corpo (braços, pernas, tórax, cabeça, etc), sendo que um deles sempre será o ponto fraco. Cada inimigo tem um ponto fraco diferente, e é sempre importante descobri-los para levar as batalhas com mais facilidade. Alem dos ataques normais, existem também os combos, que ficam disponível conforme Ashley evolui. Os novos ataques aprendidos devem ser distribuídos nos botões do controle (através do menu Chain Abilities), formando assim uma possibilidade de Combo. Para executar os combos, basta acertar o tempo de apertar o próximo botão determinado na sequencia (o momento certo é indicado por uma exclamação em cima de Ashley), o que gerará um golpe seguido ao anterior. Os combos podem ser infinitos, pois enquanto você estiver acertando o tempo e executando os ataques, o inimigo não poderá se mover e nem atacar. Fora os combos, Ashley terá a sua deposição magias, tanto de ataque quando de suporte, e também as Break Arts (poderosos ataques que mudam conforme o tipo de arma que você esta utilizando). Todas as armas têm seus Status próprios, independentes dos Status de Ashley. As barras encontradas na tela dos Status das armas indicam sua efetividade contra as raças dos inimigos. Basicamente, quanto mais inimigos de uma determinada raça você matar, mais a efetividade contra essa raça irá subir, porem, normalmente baixando as demais. Para isso existem os Workshops, onde você pode adicionar atributos à suas armas e usar pedras mágicas para aumentar a efetividade contra alguma raça, além criar novas armas (com o uso de diversos acessórios que potencializam seus atributos), assim dando origem a armas com efetividades mais balanceadas. Durante os combates existe um sistema chamado RISK. Sempre que você atacar seu inimigo, a barra de RISK irá aumentar um pouco, e quanto maior o RISK estiver, mais dano o inimigo dará em você, assim como menos dano você dará nele! Existem basicamente duas formas de baixar o RISK: 1) guardando suas armas, saindo do Battle Mode, o que faz o RISK baixar e o HP/MP aumentar gradativamente. 2) usando itens específicos, adquiridos por meio de Drop dos inimigos ou encontrados em baús de itens, que costumam ser bem comuns. Sempre é importante administrar seu RISK, especialmente em combates contra chefes, onde qualquer ataque pode ser fatal (sem exageros, quis dizer fatais mesmo)! O uso de combos de uma maneira sábia pode ser a chave para a vitória!

Pros: excelentes gráficos, muito citados como um dos top do PSX, tendo praticamente fechado sua era com chave de ouro; o storyline é excelente, abordando uma serie de questões conspiratórias (além da grande exploração de temas do Ocultismo e Religiões Pagãs), que garantem uma grande imersão do jogador nas histórias mostradas ao longo das várias CutScenes, tudo isso com um clima próprio do game (que se mostra sempre obscuro, com um ar que o deixa até mesmo com um pé no Terror); jogabilidade inovadora, com batalhas estratégicas e exploração constante, contando ainda com a possibilidade de personalizar Ashley com diversos tipos de artes de combate e equipamentos; sistema de mapas muito bem produzido, com visualizações de fácil entendimento; uma enorme quantidade de inimigos e chefes estão presentes em Leá Monde. Todos os territórios (alias, muito diversos também, com ambientações marcadas sempre por gráficos sensacionais) estão lotados de inimigos diferentes, cada um com suas fraquezas, o que exige sempre táticas diversificadas; a trilha sonora é muito boa, normalmente composta de ruídos. Mas o ponto forte está mesmo nos temas de Boss Battles, que como se não fossem épicas por si só (afinal, quem jogou deve lembrar do quão incrível é enfrentar Dragões, Dullahans, Golens e outros seres mitológicos), se tornam ainda mais com canções tão bem compostas ao fundo!

Contras: aqui eu devo citar o motivo de alguns (isso não me inclui, de forma alguma!) não terem se empolgado muito com Vagrant Story. O sistema de RISK torna o game difícil, exigindo um nível de paciência elevado! Com o RISK alto, os danos se tornam baixíssimos, tornando as batalhas contra alguns chefes (especialmente) muito trabalhosas e demoradas, se você não tiver a total certeza do que está fazendo. Além disso, o sistema de armas é complicado, podendo gerar frustrações caso não se entenda que a lógica de uma arma poderosa é simples: quanto mais se usa, mais se tem poder! Sem entender esse principio básico, até mesmo a criação de armas pode se tornar uma decepção.

Screenshots:










Trailer:


Considerações Finais: Vagrant Story foi um excelente game, porem, pouco reconhecido. Talvez não exatamente pouco reconhecido, pois na verdade ele ganhou um número relativamente alto de fãs. Seria mais correto dizer que foi mal compreendido (tratando-se mais especificamente das massas Gamers). Eu particularmente o considero um dos melhores RPGs de PSX, assim como acredito que muito também. Entretanto, o clima de total desafio passado por alguns pontos que compõem o game, como os labirintos cheios de armadilhas e caminhos temporariamente sem volta e o sistema de RISK (especialmente), talvez tenham sido alguns fatores que afastaram alguns jogadores menos pacientes. Mas à esses, eu digo simplesmente algumas poucas palavras: tentem mais uma vez, deem mais uma chance à esse grandioso game da SquareSoft! Nada mais do que um pouco de estudo será necessário para você entender verdadeiramente como a aventura funciona, podendo assim somente curtir esse clássico, que ficou marcado para aqueles que assim como eu, o apreciam muito (em todos os quesitos de avaliação)! Não percam essa obra prima dos RPGs do Playstation, que sem dúvida é uma das melhores opções para qualquer fã do gênero (mesmo que desafios iniciais tenham de ser superados)! Um forte abraço à todos os leitores e até mais! Nos vemos por aqui, Game-Maníacos! 


sexta-feira, 14 de outubro de 2011

LEGACY OF KAIN: SOUL REAVER!

Escrito e editado por: Mr.Gameworld

Gênero: Ação/Aventura
Plataforma: Windows/Playstation/Dreamcast
Ano de Lançamento: 1999/2000
Produtora: Crystal Dynamics/Eidos
Revisão: Soul Reaver teve seu lançamento em 1999 para PC e PSX, seguido da versão de Dreamcast em 2000. O game foi um sucesso na época,  sendo reconhecido até hoje como um dos mais influentes de seu gênero. Além de ter introduzindo aos games de Ação/Aventura conceitos hoje muito conhecidos, com exploração e sistema de Puzzles característicos, Soul Reaver ainda conta com um enredo extremamente complexo e profundo (sem dúvida um dos pontos mais altos do jogo). Agora, vamos justamente à ele: após fatos ocorridos no passado, o Reino de Nosgoth passou a ser dividido entre humanos e vampiros. Porém, os vampiros tinham o domínio de tudo, transformando os humanos em seus servos (fora alguns rebeldes que insistiam em lutar). No topo do Império estava o mais poderoso e evoluído vampiro: o Imperador Kain (que teve sua história introduzida em Blood Omen). Para dar força ao seu Império, Kain criou como seguidores seis Tenentes Vampiros, que por sua vez eram lideres de seus respectivos clãs. Para Kain era inadmissível que algum de seus seguidores se tornasse mais evoluído do que ele. Porem, certo dia o Tenente Raziel se aproxima do trono do Imperador para lhe mostrar uma nova etapa do processo evolutivo dos vampiros: suas asas, que imediatamente causam inveja em Kain, que  sem piedade as arranca. Raziel é condenado a sofrer a tortura do mundo espiritual, sendo jogado no gigantesco abismo que dividia os vários territórios de Nosgoth. Apos sentir a dor das águas queimando seu corpo (uma das grandes fraquezas dos vampiros terrestres), Raziel chega ao fim do abismo. Em meio às sombras do Plano Espiritual, ele passa a se comunicar com uma entidade conhecida como "O Deus Ancião", que se manifesta apenas através de sua voz, incentivando Raziel a vingar-se de Kain (além de lhe conceder a capacidade de retornar ao Plano Material). Agora cabe a você guiar o "Arrebatador de Almas" para o sucesso em sua difícil missão: retornar ao mundo material, conseguir o poder máximo para superar seu criador Kain e só assim alcançar a tão esperada vingança por todo o sofrimento que lhe foi dado injustamente!

Jogabilidade: a jogabilidade de Soul Reaver é muito interessante! Em meio aos imensos cenários do game, existem muitos itens e passagens secretas, que trazem ao Gameplay um clima de exploração muito mais complexo em comparação à outros games de sua época. Não é difícil perceber alguns elementos que com o tempo se tornaram muito familiares nos games de Ação/Aventura (especialmente na geração Playstation 2): Raziel conta com ambientes repletos de escaladas, Puzzles a serem superados, plataformas a serem alcançadas, cavernas a serem exploradas e Boss Battles  para completar cada área principal da história, tudo isso em ambientes muito amplos. Para tornar suas buscas ainda mais interessantes, os dois planos citados acima (Material e Espiritual) por si só se tornam enigmas: certas localidades podem ter sua geografia e arquitetura drasticamente alteradas na mudança de um plano para o outro, sendo assim necessário estar atento para tais mudança, intercalando entre os dois planos para encontrar as soluções para o seguimento do jogo. Além disso, alguns Puzzles de arrastar e organizar blocos (comuns em outros famosos títulos, como God Of War, por exemplo) também aparecem muito por aqui, das mais variadas formas, tudo de maneira muito bem pensada. Já nos combates, Raziel conta inicialmente com suas garras, com as quais uma sequencia básica de três ataques pode ser executada através do botão Quadrado. No Plano Espiritual, os inimigos mortos deixam suas almas vagando, que podem ser devoradas por Raziel para recuperar sua energia. Já no Plano Material (onde os inimigos são bem mais fortes), é necessário ter algum tipo de arma para realmente executar seus adversários. Algumas armas serão encontradas em seu caminho, sendo elas lanças e tochas! De posse de uma lança, por exemplo, você deverá bater em seus inimigos até deixá-los tontos. Quando isso ocorrer, basta apertar o botão Triângulo para empalá-los, assim os fazendo definitivamente morrer e deixar suas almas (vale lembrar que é possível retirar a lança do corpo para seguir usando-a). Já com as tochas, é necessário acendê-las nas fogueiras que eventualmente são encontradas. Estando acesas, o processo é semelhante ao citado com as lanças (deixar os vampiros tontos e queimá-los, também com o Triângulo). Caso você não encontre nenhuma arma, é possível usar os próprios cenários a seu favor: as águas, por exemplo, tem grande poder contra os vampiros terrestres! Basta arremessá-los nas águas e eles estarão mortos! Outros objetos como as fogueiras ou as estacas de paredes ou portões também podem servir! Mas isso são preocupações do inicio do game, pois com o passar do tempo, você terá ainda poderosas magias e uma arma fixa (que tem seu uso dependente da vida de Raziel, que deve estar cheia)! Sem dúvida, uma jogabilidade cheia de peculiaridades, onde o raciocínio é sempre necessário!

Pros: os gráficos são excelentes em todos os lançamentos (muitas vezes lembrados com um dos melhores de seu gênero na época); a trilha sonora é impecável, com canções que potencializam o clima obscuro do jogo; jogabilidade muito interessante, envolvida por muitos detalhes característicos que foram levados para uma geração inteira, com conceitos de exploração que se tornaram lei nos games de Ação/Aventura; a inteligência artificial chama a atenção, talvez não tanto com os vampiros, mas com os humanos. Basta um minimo deslize no território deles e sua cabeça será caçada para o resto do jogo; o clima da aventura é sombrio e perturbador de uma forma muito sua, gerando uma sensação de tensão e expectativa no jogador (você saberá do que eu estou falando quando chegar nos domínios de Zephon); o enredo é excelente, conseguindo ser profundo mesmo utilizando-se de um tema que de certa forma é previsível. Mas a forma com que ele foi explorado retira Soul Reaver dos clichês; as Boss Battles são estratégicas e todas muito marcantes; a exploração em ambientes de campo aberto é tão extensa que parece impressionante para sua época. Existe uma infinidade de lugares que podem ser alcançados através de novas habilidades que são adquiridas pelo protagonista, sendo esse também um ponto muito positivo para o Gameplay (é realmente gratificante ver Raziel evoluir ao longo das várias horas de jogo).

Contras: um ponto da jogabilidade deixou muito a desejar: o vôo de Raziel! Não estou querendo dizer que o vôo deveria ter mais distância, mas sim mais precisão. Parece haver um intervalo entre o momento que você aperta o botão para o momento que Raziel de fato abre as asas. Resultado: em alguns pontos, se você não calcular bem a distância do local que deseja alcançar, prepare-se para subir tudo novamente (não vou mentir: as vezes isso é um teste de paciência)!

Screenshots:











Trailer:


Considerações Finais: Legacy Of Kain: Soul Reaver é para mim um dos melhores games de Ação/Aventura de todos os tempos. E para muitos mais, é também um dos mais inovadores, tendo introduzido ao mundo dos games uma série de ideias que alterariam os rumos das produções de seu gênero.  É difícil não perceber elementos de Soul Reaver em outros títulos que o seguiram, especialmente na outra geração, já no Playstation 2 (onde os games de Ação/Aventura, especialmente os mais voltados ao Hack N' Slash, alcançaram um alto cargo de respeito). Não é a toa que esse game esteve estampado em muitas revistas e outras mídias de games por muitos e muitos anos, tendo se tornado um dos maiores sucessos da era PSX (quase que um símbolo de sua geração), acarretando em excelentes continuações que em breve estarão aqui pelo Blog também. Se você ainda não experimentou essa sensacional aventura nos territórios assustadores de Nosgoth, onde você poderá presenciar um Gameplay repleto de possibilidades, com combates e Puzzles que forçam uma boa dose de raciocínio, não perca mais tempo! Corra para seu videogame (ou PC) e jogue-o! O Mr.Gameworld garante à você que não vai se arrepender! Um forte abraço a todos! Nos vemos logo mais!


quarta-feira, 12 de outubro de 2011

SECRET OF MANA!

Escrito e editado por: Mr.Gameworld

Gênero: Action RPG
Plataforma: Super Nintendo
Ano de Lançamento: 1993
Produtora: SquareSoft
Revisão: hoje trago à vocês um clássico de uma não menos clássica série de RPGs. Secret Of Mana foi o nome dado nos EUA para o segundo Seiken Densetsu, lançado para SNES em 1993 (responsável por abrir as portas do sucesso mundial da série). Inicialmente você assume o papel do garoto Randi, que certo dia resolve se aventurar com seus amigos em uma ponte localizada acima de uma cachoeira aos arredores de seu vilarejo. Em um momento de distração, Randi desliza e acaba caindo da ponte. Tentando achar um caminho de volta para o vilarejo, o menino começa a ouvir uma misteriosa voz a lhe chamar. Seguindo o som, o garoto encontra uma espada cravada em uma rocha (exatamente de onde a voz vinha). O espírito da espada manda Randi retirá-la da rocha. Com a poderosa arma em mãos, o menino retorna ao seu vilarejo, onde é recebido de uma forma que não esperava: seus amigos se espantam com a espada e avisam ao patriarca, que o expulsa da vila, dizendo-lhe que ele era o responsável pelo recente aparecimento dos monstros que foram aprisionados pelo poder da espada que ele havia retirado da rocha. Após salvar um de seus amigos de um monstro e conhecer os poderes da Espada de Mana, Randi vai embora, sem escolha. Logo o menino descobre que deve visitar Water Palace, para falar com a sábia Luka (uma sacerdotisa, profunda conhecedora dos poderes de Mana) para descobrir toda a verdade a respeito da espada. Em Water Palace, Randi descobre através de Luka seu verdadeiro destino: recuperar o poder da Espada de Mana que estava sendo absorvido pelos monstros, encontrar os Espíritos de Mana e com a ajuda deles derrotar as criaturas malignas de uma vez por todas, para trazer a paz para o mundo. Um clássico do SNES que você não pode perder! Um dos grandes nomes dos RPGs de sua época!

Jogabilidade: Secret Of Mana é um Action RPG onde você tem um grupo de três personagens, sendo um controlado por você (que pode ser trocado pelos outros dois) e os dois restantes controlados pela inteligência artificial. Os ataques acontecem em tempo real e você poderá usar golpes físicos ou magias. Existe uma grande variedade de armas no game: espadas, lanças, machados, chicotes, arcos, boomerangs e luvas. Todas elas podem ser usadas por qualquer um dos três personagens, e contam com um sistema de Level muito interessante: quanto mais você usar uma arma, mais poderosa ela ficará, ganhando também uma barra extra que se carregada ao completo, faz com que seu personagem execute um ataque que causa no mínimo o dobro do dano base. Já as magias são adquiridas através dos Espíritos de Mana que você encontra ao longo do jogo, sendo que cada um deles fornece magias especificas com características de seu elemento representante (que podem ser magias de proteção, Boosts de Status, de ataque ou de cura). É possível acessar o menu de magias também dos personagens que não estão sendo controlados por você, fazendo com que eles utilizem magias ao invés de ataques físicos (isso serve de grande ajuda durante os combates contra inimigos mais poderosos). Vale lembrar que todas as magias também têm um Level, que aumenta conforme elas são utilizadas, aumentando seu poder/eficiência. Obviamente, alguns itens poderão ser usados para ajudar em sua jornada, sendo que você poderá levar uma variedade não muito grande de itens com você, além de cada espécie ter um número bastante limitado em seu inventário (por isso, sempre é bom fazer uma boa administração dos itens, levando com você somente os realmente úteis, como itens de curar de MP/HP e os de ressurreição). Como em muitos outros Action RPGs, o mapa do jogo é inteiro, contando com Dungeons e cidades, onde por sua vez, os Shops são encontrados, onde você poderá comprar novos equipamentos para seu grupo. Com o tempo, para agilizar as andanças pelos cenários, você encontrará alguns canhões que jogam os protagonistas para outro ponto pré-determinado do mapa.

Pros: gráficos muito atrativos, de design muito característico, marcantes para usa época; bom roteiro, que ganha sua mágica através de sua simplicidade; trilha sonora excelente; grande variedade de armas e magias, que podem ser usadas por qualquer personagem (e podem ser evoluídas  através de um sistema interessante que motiva seu uso); os mapas são muito grandes, cheios de localidades, sempre marcados por belas cores e uma grande variedade de inimigos; a jogabilidade é cativante e proporciona horas e horas de diversão, com boas buscas pelos cenários, combates em um sistema de batalhas objetivo e interessante e rapidez no acesso de itens nos menus (além do fato de que é possível continuar atacando enquanto se invoca uma magia, o que aumenta ainda mais a fluidez do Gameplay); Boss Battles desafiadoras, que exigem estratégias bem elaboradas na administração do grupo em um trabalho de equipe, sendo que de certa forma você pode também comandar seus companheiros quase que simultaneamente com seu personagem principal; com a ajuda do acessório Super Multitap (que adiciona mais controles no SNES), é possível jogar com mais dois amigos no modo Multiplayer, cada um controlando um dos personagens do grupo. Algo até mesmo incomum para a época!

Contras: como eu disse antes, as magias evoluem e aumentam seus danos conforme são usadas. Ou seja: a menos que você realmente queira MUITO evoluir todas as magias de ataque (mesmo as menos efetivas), você acabará usando poucas delas, pois as outras que foram utilizadas em menor escala, causarão um dano ridículo contra inimigos mais evoluídos (e tendo em vista os altos danos de outras que são mais utilizadas, o trabalho de evoluir as que ficaram para trás acaba não compensando muito). Isso acaba por tirar um pouco da inicialmente grande quantidade de magias.

Screenshots:











Trailer:


Considerações Finais: Secret Of Mana é um excelente RPG! Um clássico que marcou a chegada da série Seiken Densetsu ao SNES, que inclusive foi o responsável por mostrar a "Série Mana" para o mundo (sendo que o primeiro game, lançado para Gameboy em 1991, só foi ter uma versão nos EUA em 1998). Graças ao seu sucesso novos títulos continuaram sendo lançados, tornando Seiken Densetsu uma das mais respeitadas séries de RPGs já lançadas! Sem sombra de dúvida, um jogo que entra fácil na extensa lista de RPGs históricos e extremamente marcantes dos 16Bits! Não deixe de jogar Secret Of Mana! E não esqueça de conferir também minha review do terceiro game da franquia, Seiken Densetsu 3 (também lançado para Super Nintendo, popularmente conhecido como Secret Of Mana 2. Para ler minha review, basta clicar no link)! Um fortíssimo abraço à todos ligados aqui no Blog! Nos vemos na próxima postagem! Até mais!


terça-feira, 11 de outubro de 2011

A COMPLICADA EMULAÇÃO DE SEGA SATURN!

ATENÇÃO! No Brasil, segundo a Lei de Programa de Computador nº 9.609/98 (que tem relação direta com questões de proteção de direitos autorais), as ROMs e ISOs baixadas da internet devem servir unicamente como teste ou como uma cópia de segurança do jogo original (já adquirido pelo jogador). Sendo assim, com este aviso dado, a equipe do PrettyCoolGames não se responsabiliza pelo uso indevido do conteúdo aqui apresentado!


Eu não pensaria duas vezes antes de dizer que de todos os emuladores, um dos mais complicados é o SSF do Sega Saturn. Na verdade eu devo lembrar aos leitores que o SSF ainda não é um emulador completo. Ele está sempre sendo atualizado com algumas melhorias. Porem, nenhuma das versões lançadas até hoje parece ser 100% funcional (inclusive as mais antigas parecem funcionar melhor do que as mais recentes). Mas de todos os emuladores de Sega Saturn lançados até hoje, o SSF é o que tem compatibilidade com o maior número de games. Porem é também o que mais exige de sua maquina:

-512 de memória RAM (recomendado ter mais);
-Processador com no mínimo 2GHz (com menos será quase impossível faze-lo funcionar);
-DirectX atualizado.

Ainda sim são requisitos básicos para os padrões modernos, como você pode ver acima. Mas infelizmente, na emulação de Sega Saturn tudo parece ser relativo. Vou dar algumas dicas básicas que podem ajudar.

-Baixe os arquivos BIOS e o Emulador. Apos a conclusão do Download, descompacte o emulador. Uma pasta será criada com o nome dele. Dentro dela você deverá criar uma pasta chamada BIOS, onde você deverá descompactar o arquivo Zip(rar) das BIOS. Quatro novos arquivos Zip irão aparecer. Extraia-os também para dentro da mesma pasta (BIOS). Dentro da pasta do SSF, execute o arquivo .exe de mesmo nome. Assim que a janela do emulador abrir, você deverá selecionar as BIOS para fazê-lo funcionar. Para isso basta acessar o menu Option > Option  e lá, onde está escrito Saturn BIOS você deve procurar e selecionar o arquivo Sega_101 (para rodar jogos Japoneses), Sega_100 (para jogos Americanos) ou EURO (para jogos Europeus). Onde está escrito ST-V BIOS, procure e selecione o arquivo stv110. Alem disso, na ultima opção da mesma tela você deverá alterar a Área do game que você quer jogar. A Área selecionada deve corresponder com a BIOS. Por exemplo: se ela for Japan, sua BIOS deverá ser Sega_101 (BIOS dos games Japoneses). Por fim, caso você não tenha os jogos de Sega Saturn e pretende jogar por uma ISO baixada na internet, baixe o programa Daemon Tools e ainda no Options do emulador selecione em CD Drive a opção DTSOFT BDROM.

-Assim que essas configurações estiverem prontas, clique em OK. A seguinte mensagem irá aparecer: SSF:????????????. Essa é a forma estranha que o emulador tem de dizer que você deve reiniciá-lo para as alterações serem aplicadas. Então, acesse o menu File > Exit. Com o Daemon Tools instalado no seu computador e uma ISO de Sega Saturn baixada e descompactada, execute o Daemon Tools, feche-o e acesse-o pelo seu ícone no canto direito da barra de tarefas do Windows, clicando com o botão direito do mouse. Na janela que se abriu, acesse Dispositivos Virtuais > Dispositivo 0:[F:] Sem Mídia > Montar Imagem e por lá selecione a ISO desejada. A imagem estará montada no Drive Virtual do Daemon Tools. 

-Abra o emulador novamente. Dessa vez uma nova tela se abrirá. Nela você deverá ajustar data e hora e clicar em exit logo abaixo. O próximo passo é selecionar a linguagem, clicando em exit logo em seguida. Se depois de fazer isso uma tela com vários ícones aparecer, feche o emulador e abra novamente. O game deverá começar a rodar.
*Importante: a maioria dos tutoriais dizem que na hora de selecionar a BIOS, os arquivos selecionados devem estar descompactados. Porem, para mim eles não funcionaram e as ISOs não rodaram.
*Solução: use os arquivos BIOS ainda compactados (JAP_BiosSaturn, Euro_BiosSaturn, US_BiosSaturn, STV_bios).

-Ainda é possivel jogar com o próprio CD de Sega Saturn. Para fazer isso, o esquema é exatamente o mesmo mas excluindo a parte do Daemon Tools, pois ele não será necessário nesse caso, sendo que você estará utilizando o Drive do seu PC mesmo.

-Para configurar o controle acesse novamente o menu Options > Options e nas várias abas selecione Controller. Em Port1 deixe selecionado Direct Conection e clique em Redefine logo abaixo. Uma pequena janela irá se abrir pedindo para você clicar nos botões do controle. Configure conforme sua preferência. Clique em OK (caso a mensagem SSF:????????????? aparecer novamente, feche o emulador e abra novamente).

Como eu havia dito no inicio da postagem, emular Sega Saturn é realmente complicado. Você poderá encontrar diversos erros durante os games. Mas infelizmente é a única forma de jogar os clássicos do videogame da Sega sem ter o videogame em si. Mesmo com seus defeitos, o SSF é o melhor emulador de Sega Saturn desenvolvido até hoje. Qualquer problema sinta-se a vontade para pedir ajuda aqui. Caso eu não saiba a solução, talvez alguém possa saber. Vamos compartilhar conhecimentos! Abraço a todos!

DOWNLOAD: SSF Página Oficial!
DOWNLOAD: Daemon Tools!


domingo, 9 de outubro de 2011

CASTLEVANIA: DRACULA X!

Escrito e editado por: Mr.Gameworld

Gênero: Ação/Aventura, Side-Scrolling 
Plataforma: PC Engine, Super Nintendo, PSP
Ano de Lançamento: 1993, 2007
Produtora: Konami
Revisão: como todos bem sabemos, Castlevania é uma das séries mais famosas dos videogames, que foi sucesso desde seu primeiro lançamento ainda nos anos 80. Entre grandes sucessos da franquia está Dracula X, que acabou tendo diversas versões para diferentes plataformas. Talvez  o mais conhecido tenha sido Dracula X do SNES, mas o projeto inicial partiu na verdade do game Dracula X: Rondo Of Blood (que acabou tendo limitação em seu alcance por nunca ter ganhado uma versão em Inglês, ficando apenas no Japão). Mais recentemente a mesma historia ganhou uma versão para PSP chamada Dracula X: Chronicles, que também foi alvo de criticas muito positivas e teve uma boa aceitação por parte dos fãs, especialmente pelo seu estilo gráfico que chamou muito a atenção da mídia logo nos seus primeiros anúncios.  De uma forma geral, todos os games com o titulo "Dracula X" contam o mesmo Storyline, porém com algumas poucas diferenças em seu desenrolar. Pois bem: 100 anos se passam após a vitória do caçador de vampiros Simon Belmont, que conseguiu banir do mundo o Conde Dracula e suas forças malignas em sua última jornada. Dracula retorna ao mundo através de um ritual de sacrifício e captura algumas jovens moças para mantê-las como prisioneiras nos calabouços do Castlevania. Entre elas estava a namorada de Richter, Annette, e sua irmã mais nova, Maria Renard (já conhecida pelos jogadores de outro Castlevania, que na época tinha apenas 12 anos de idade). Richter Belmont então parte para sua missão, armado com o lendário Vampire Killer (o chicote passado de geração em geração pelos Belmont, que guardava os poderes sagrados do clã), com o objetivo de derrotar o imortal Conde por mais uma vez e resgatar Annette e sua irmã Maria, livrando também o mundo da maldição de Dracula. Vale a pena lembrar que as versões Dracula X: Rondo Of Blood e Dracula X: Chronicles (já citadas acima) contêm um enredo mais completo, com fatos que se ligam diretamente com Castlevania: Symphony Of The Night. A versão de SNES é mais resumida, não deixando tão explícitos tais fatos e ligações.

Jogabilidade: Dracula X em todas as suas versões têm como base o estilo clássico da série: você controlará seu personagem num plano 2D, onde terá de enfrentar diversos inimigos e obstáculos (como plataformas distantes, cercadas de buracos). Será possível controlar dois personagens diferentes: Richter e Maria. No controle de Richter, sua arma será o chicote, sendo que você terá também as clássicas Sub-Weapons, que contam com um poderoso especial que causa grandes danos (e também grande consumo de corações). Já controlando Maria, você terá a ajuda de alguns animais, sendo que o ataque básico da jovem é uma pomba que voa em direção aos inimigos, retornando para ela logo em seguida (os demais seres funcionam como as Sub-Weapons de Richter, gerando diferentes resultados). Além disso, a velocidade de Maria é muito maior que a de Richter, além de seus saltos terem uma precisão mais exata. No final de cada fase você terá de encarar uma Boss Battle e ao longo do game você terá diferentes caminhos a seguir, sendo possível optar por qual achar melhor trilhar. De resto, se você jogou os Castlevania mais antigos, deve imaginar mais ou menos como as coisas funcionarão em Dracula X, pois sua jogabilidade segue mesmo as tradições em quase todos os aspectos. Vale lembrar que a personagem Maria não está disponível como jogável na versão de SNES.

Pros: bons gráficos em todas as suas versões (chamando mais atenção em Dracula X: Chronicles, onde o até então incomum estilo 3D Side-Scrolling foi utilizado); a possibilidade de escolher mais de um caminho tornou o game muito interessante, assim como controlar mais de um personagem, o que causa uma boa variação no jogo; o enredo é muito bem desenvolvido (especialmente nas versões de PC Engine PSP), trazendo grande satisfação para quem procura as origens do famosíssimo Symphony Of The Night, clássico do PSX; além do Storyline, alguns outros elementos familiares começaram a surgir aqui (inclusive você irá reconhecer boa parte dos inimigos, sendo que muitos deles foram levados para outros títulos da franquia). Um desses elementos é o fato do game começar a mostrar cenários mais amplos, de exploração mais irregular, indicando talvez o protótipo do novo processo de criação na série; o jogo tem uma dificuldade bastante balanceada, não sendo nem fácil e nem extremamente difícil; a versão de PSP trouxe boas animações  para contar o enredo, dando um clima mais interessante e bem mais chamativo para a obra.

Contras: podemos citar como um contra o problema encontrado em praticamente todos os Castlevania mais antigos (fato esse é percebido em menor escala no Remake de PSP): a jogabilidade atrapalha um pouco na hora de pular de buracos ou escapar de ataques poderosos dos inimigos. Isso ocorre pela tradicional imprecisão e lentidão dos movimentos dos protagonistas (aqui Richter, na verdade, pois Maria  se salva nessa história).

Screenshots (PC):













Trailer (PC):















Screenshots (PSP):









Trailer (PSP):


Considerações Finais: Dracula X é um grande game, especialmente por ter ajudado a moldar novos elementos que serviriam de base para os próximos Castlevania. Todas as versões do game merecem ser jogadas (mesmo que para boa parte dos fãs, e talvez até mesmo para a Konami, Rondo Of Blood/Chronicles seja oficialmente o quinto Castlevania). Simplesmente clássicos imperdíveis, que mostrarão o que viria a se tornar um dos games mais idolatrados dentro da série. Particularmente, meu Castlevania favorito do estilo mais tradicional, por conta de muitos motivos! Quem ainda não jogou, jogue!  Vale cada segundo! Não esqueçam de deixar seus comentários! E antes de me despedir, deixarei o link para a minha review de Castlevania: Symphony Of The Night (que está ai no nome. Só clicar e você estará na página!). Então é isso pessoal! Até mais!  Nos vemos por aqui!